Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.
“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”
TweetarO Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. E um dos efeitos negativos do uso indiscriminado desses produtos é a quantidade de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que consumimos. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divullgou os resultados de uma pesquisa que apontou os alimentos mais perigosos para o consumo humano, devido à contaminação excessiva por agrotóxicos.
Considerando-se as amostras analisadas pela ANVISA, foi encontrada grande quantidade de amostras contaminadas com endossulfam (pepino e pimentão), acefato (cebola e cenoura) e com metamidofós (pimentão, tomate, alface e cebola). A própria agência informa que tais substâncias são proibidas em vários países do mundo, que têm sido reavaliadas pela ANVISA e já tiveram indicação de banimento do Brasil por serem ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer.
Eis a lista de alimentos cujo consumo apresenta maior risco de contaminação, a partir da percentagem das amostras contaminadas por agrotóxicos que foram analisadas pela ANVISA:
Dê preferência aos alimentos que apresentam uma menor dose de agrotóxicos, fertilizantes e hormônios de crescimento. Conheça aqueles em que a quantidade desses aditivos está nas alturas e também os que apresentam teores tão baixos de insumos químicos que não chegam a prejudicar a saúde:
Bem Pouco -
Feijão, folhas em geral, caqui, pitanga, abacate, acerola, jabuticaba, coco, mexerica, nêspera -- pois é, a casca não protege esses vegetais. Por ter um ciclo curto de cultivo, esses alimentos recebem menos pulverizações com agrotóxicos . Animais: Peixes marinhos.
Dose Mediana -
Arroz, beterraba, cenoura, alho, banana, manga, abacaxi, melancia, laranja, mamão formosa, maracujá. Todos têm ciclo de vida intermediário e recebem doses maiores de substâncias nocivas. Animais: Carne bovina, peixes de água doce. Bovinos e peixes criados em lagos são tratados com drogas veterinárias e hormônios de crescimento.
Uma Bomba -
Pimentão, tomate, berinjela, pepino, abobrinha, morango, goiaba, uva, maçã, pêssego, mamão papaia, figo, pêra, melão, nectarina. O cultivo dessas frutas e hortaliças requer cuidado especial, já que são muito frágeis e vulneráveis ao ataque de pragas. Daí a necessidade de defensivos. Animais: Frangocriado de maneira intensiva, fica confinado e recebe doses enormes de hormônios e antibióticos)
A alternativa mais eficaz para evitar a ingestão de resíduos de agrotóxicos é o consumo de orgânicos. Uma solução intermediária é a eliminação de possíveis resíduos de agrotóxicos.
Hortaliças, Legumes e Frutas
1. Lave frutas e verduras em água corrente por pelo menos um minuto, esfregando com uma esponja ou escova; 2. Tire as folhas externas das verduras e descasque as frutas, que são as partes que concentram mais agrotóxico; 3. Diversifique os vegetais consumidos no dia a dia, pois isso reduz a ingestão de quantidades maiores de um mesmo agrotóxico; 4. Como alguns pesticidas são utilizados na fase final da maturação do alimento, reduza o risco comprando frutas e legumes mais verdes, e espere alguns dias antes de consumi-los.
No caso de alimentos de origem animal, que podem sofrer contaminação por agrotóxicos tanto pela água quanto pela comida que ingerem, sugere-se retirar a gordura aparente, já que algumas dessas substâncias são armazenadas no tecido gorduroso.
Muitos agrotóxicos são tóxicos e o armazenamento de agrotóxicos em massa podem representar significativos riscos ambientais e/ou à saúde, particularmente no caso de derramamentos acidentais. Em muitos países, o uso de agrotóxicos é altamente regulamentado. Autorizações emitidas pelo governo aprovando a compra e uso de agrotóxicos pode ser necessária. Penalidades significativas pode resultar da utilização indevida, incluindo armazenamento inadequado, resultando em derramamento. Nas fazendas, são exigidas instalações de armazenamento e rotulagem adequada, equipamentos de limpeza e procedimentos de emergência, e equipamentos de segurança e procedimentos para manuseio, aplicação e disposição são muitas vezes sujeitas a normas e regulamentos obrigatórios. Normalmente, os regulamentos são realizados através do processo de registro.
Existem cerca de 15.000 formulações para 400 agrotóxicos diferentes, sendo que cerca de 8.000 encontram-se licenciadas no Brasil, que é o MAIOR consumidor de agrotóxicos no mundo, segundo a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Existem uma série de possibilidade de classificação dos agrotóxicos, as principais dizem respeito ao seu tipo, sua classe toxicológica e sua composição. Os agrotóxicos de uso agrícola podem ser classificados de acordo com o seu tipo em:
Inseticidas: combatem as pragas, matando-as por contato e ingestão;
Fungicidas: agem sobre os fungos impedindo a germinação, colonização ou erradicando o patógeno dos tecidos das plantas;e não prolonga sua vida.
Herbicidas: agem sobre as ervas daninhas seja pré-emergência como pós-emergência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os efeitos tóxicos dessas substâncias em classe I (extremamente perigosos) até a classe IV (muito pouco perigosos). A maioria dos agrotóxicos de Classe I é proibida ou estritamente controlada não só no mundo industrializado mas tambem no Brasil, Argentina e outras potências agrícolas, embora possam não o ser em países emergentes onde os agrotóxicos de classe I estão, muitas vezes, livremente disponíveis em lugares que não têm os recursos para o uso de produtos mais seguros.
No Brasil, de acordo com o Decreto nº. 98.816/90, os agrotóxicos podem ser classificados conforme sua classe toxicológica, em:
Classe I - Extremamente tóxicos - Faixa vermelha
Classe II- Altamente tóxicos - Faixa Amarela
Classe III - Mediamente tóxicos - Faixa Azul
Classe IV - Pouco ou muito pouco tóxicos - Faixa Verde
Os organofosforados e carbamatos são inseticidas mais utilizados atualmente a também são absorvidos pelas vias oral, respiratória e dérmica. Seus efeitos são alteração do funcionamento dos músculos cérebro e glândulas.
As piretrinas são inseticidas naturais ou artificiais. São instáveis à luz e por isso não se prestam à agricultura. São usados em ambientes domésticos na forma de spray, espirais ou em tabletes que se dissolvem ao aquecimento. São substâncias alergizantes e desencadeiam crises de asma e bronquites em crianças.
O herbicida Paraquat oferece grande risco se mal utilizado. É um herbicida que mata a parte aérea de todos os tipos de plantas, não afetando seu sistema radicular. Porém, é um íon altamente instável que se decompoe rápidamente sem deixar resíduos. Na ausência de procedimentos regulamentares, contaminações com a substância determina lesões de Rim e se concentra nos Pulmões, causando fibrose irreversível.
Os principais clorofenóis são o 2.4-D e o 2.4.5-T, que são cancerígenos. O agente laranja, usado na Guerra do Vietnã, é uma mistura do2.4-D e do 2.4.5-T.
Informações Complementares -
Além dos dados acima, alguns pontos merecem ser levantados. Atualmente, 6 a 8 empresas detêm o oligopólio da produção de agrotóxicos no mundo. Em 1981 a Alemanha vendeu 2 fábricas de venenos para o Iraque matar os Curdos. O Tamarron matou 16 pessoas em 1 ano na Costa Rica. Milhares de jovens às vezes com menos de 18 anos, quimicamente são castrados pelo DDCT (Bromocloropropano), que foi parado de fabricar nos USA em 1970.
Na U.E. uma pessoa só pode comprar fosforados após um curso de 60 horas e receber carteira de autorização de usar o agrotóxico no município. Embora ainda não obrigatório no Brasil, tais cursos são frequentes no meio rural e contam com grande procura, onde só se pode comprar os produtos com um documento assinado por um agrônomo responsável. Boa parte das fábricas de agrotóxicos atualmente estão países do Terceiro mundo, notadamente China e India, embora a industria química europeia continue contribuindo com grande parcela do suprimento brasileiro. A política equivocada do governo brasileiro em não apoiar a autonomia industrial nacional em setores estratégicos leva o país a ser o maior importador do mundo de sais químicos, que depois são diluidos em soluções homologadas e transformados em agroquímicos. A legislação tributária isenta os agroquímicos de ICMS no Brasil da mesma forma que nos Estados Unidos e outros países.
O uso negligente de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e outras doenças. Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em consequência da manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Já foram registrados casos de transmissão de leucemia para o feto, por mulheres que estiveram em contato com agrotóxicos durante a gravidez.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso intenso de agrotóxicos levou à degradação dos recursos naturais - solo, água, flora e fauna -, em alguns casos de forma irreversível, levando a desequilíbrios biológicos e ecológicos.
Além de agredir o ambiente, a saúde também pode ser afetada pelo excesso destas substâncias. Quando mal utilizados, os agrotóxicos podem provocar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Na aguda, os sintomas surgem rapidamente. Na intoxicação subaguda, os sintomas aparecem aos poucos: dor de cabeça, dor de estômago e sonolência. Já a intoxicação crônica, pode surgir meses ou anos após a exposição e pode levar a paralisias e doenças, como o câncer.
Infelizmente, a ingestão de agrotóxicos é o método de suicídio mais comum mundialmente, respondendo por um terço de todos os suicídios, predominantemente na Ásia, a África, América Central e do Sul. Os casos fatais são altos, particularmente em áreas rurais. Essas substâncias são escolhidas devido ao fácil acesso.
O homem não deve agir como se fosse o dono, o explorador, do planeta, pois o ar que está fora é o mesmo que está dentro de nós. Do solo extraímos os nossos alimentos, tudo o que há nele é importante para todo o ser vivo. Sabemos que num corpo saudável os agentes patogênicos pouco se manifestam, assim plantas que crescem em solo e ambiente sadios terão menos doenças.
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