MISSÃO:

Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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sábado, 5 de novembro de 2011

TUDO SOBRE O CAFÉ... OU QUASE!



café é uma bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. É servido tradicionalmente quente, mas também pode ser consumido gelado. O café é um estimulante, por possuir cafeína — geralmente 80 a 140 mg para cada 207 mL dependendo do método de preparação.
Em alguns períodos da década de 1980, o café era a segunda mercadoria mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo. Este dado estatístico ainda é amplamente citado, mas tem sido impreciso por cerca de duas décadas, devido à queda do preço do café durante a crise do produto na década de 1990, reduzindo o valor total de suas exportações. Em 2003, o café foi o sétimo produto agrícola de exportação mais importante em termos de valor, atrás de culturas como trigomilho e soja. Minas Gerais é o Estado com Maior produção de Café do Brasil.


História
A história do café começou no século IX. O café é originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa. Mas, ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa — local de origem da planta —, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho", devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.
 Corre uma lenda sobre as origens do café contando que, num dado momento do século III d. C., um   pastor de cabras, chamado Kaldi, certa noite ficou ansioso quando suas cabras não retornaram ao rebanho. Quando saiu para procurá-las, encontrou-as saltitando próximo a um arbusto cujos frutos estavam mastigando e que obviamente foi o que lhes deu a estranha energia que Kaldi nunca vira  antes. Dizem que ele mesmo experimentou os frutos e descobriu que eles o enchiam de energia, como aconteceu com o seu rebanho.  Kaldi evidentemente, levou essa maravilhosa "dádiva divina" ao mosteiro local, mas as reações não foram favoráveis e ele ateou fogo nos frutos, dizendo serem "obra do demônio". O aroma exalado pelos frutos torrados nas chamas atraiu todos os monges para descobrir o que estava causando aquele maravilhoso perfume e os grãos de café foram rastelados das cinzas e recolhidos. O abade mudou de idéia, sugeriu que os grãos fossem esmagados na água para ver que tipo de infusão eles davam, e os monges logo descobriram que o preparado os mantinha acordados durante as rezas e períodos de meditação. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um monastério a outro e, assim, aos poucos espalharam-se por todo mundo.
Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e no século XVI o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez na Pérsia.
Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue (ou ainda qah'wa). Enquanto na língua turco otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era "vinho". A classificação Coffea arabica foi dada pelo naturalista Lineu.
O café no entanto teve inimigos mesmo entre os árabes, que consideravam suas propriedades contrárias às leis do profeta Maomé. No entanto, logo o café venceu essas resistências e até os doutores maometanos aderiram à bebida para favorecer a digestão, alegrar o espírito e afastar o sono, segundo os escritores da época.

Na Ásia e África


Em 1475 surge em Constantinopla a primeira loja de café, produto que para se espalhar pelo mundo se beneficiou, primeiro, da expansão do Islamismo e, em uma segunda fase, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.
Por volta de 1570, o café foi introduzido em VenezaItália, mas a bebida, considerada maometana, era proibida aos cristãos e somente foi liberada após o papa Clemente VIII provar o café.
Na Inglaterra, em 1652, foi aberta a primeira casa de café da Europa ocidental, seguindo-se a Itália dois anos depois. Em 1672 cabe a Paris inaugurar a sua primeira casa de café. Foi precisamente na França que, pela primeira vez, se adicionou açúcar ao café, o que aconteceu durante o reinado de Luís XIV, a quem haviam oferecido um cafeeiro em 1713.
Na sua peregrinação pelo mundo o café chegou a Java, alcançando posteriormente os Países Baixos e, graças ao dinamismo do comércio marítimo holandês executado pela Companhia das Índias Ocidentais, o café foi introduzido no Novo Mundo, espalhando-se nas GuianasMartinicaSão DomingosPorto Rico e CubaGabriel Mathien de Clieu, oficial francês, foi quem trouxe para a América os primeiros grãos.
Ingleses e portugueses tentaram a sua sorte nas zonas tropicais da Ásia e da África.
O café é, atualmente, a bebida artificial mais consumida no mundo, sendo servidas cerca de 400 bilhões de xícaras por ano. O tipo de café mais comum é o arábica, ocupando cerca de três quartos da produção mundial, seguido do robusta, que tem o dobro da cafeína contida no primeiro.

O café e a saúde




Por que o café faz bem?
O café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É nessa etapa também que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café. É toda essa composição que faz do café uma bebida natural e saudável.



A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos:

  • O consumo moderado de café (de três a quatro xícaras por dia) exerce efeito de prevenção de problemas tão diversos como o mal de Parkinson, a depressão, o diabetes, os cálculos biliares, o câncer de cólon e o consumo de drogas e álcool. Além disso melhora a atenção e, consequentemente, o desempenho escolar e a produtividade no trabalho.

  • Doenças como infarto, malformação fetal, câncer de mamaabortoúlcera gástrica ou qualquer outro tipo de câncer não estão associadas ao consumo moderado de cafeína. Segundo alguns estudos, o seu consumo poderá mesmo baixar o risco de câncer da próstata.
  • Melhora a taxa de oxigenação do sangue.
cafeína chega às células do corpo em menos de 20 minutos após a ingestão do café. No cérebro, a cafeína aumenta a influência do neurotransmissor dopamina.



Assim como o consumo de frutas e vegetais está relacionado com menor risco de câncer. O consumo diário e moderado de café (3 a 4 xícaras) está associado a uma menor incidência de câncer de cólon/reto, mama e fígado.

Pesquisas comprovam que o consumo diário e moderado de café previne uma série de doenças físicas e mentais.

Estudos epidemiológicos sugerem um papel protetor do consumo regular de café sobre as doenças de Parkinson e Alzheimer.

Pacientes asmáticos que tomam café apresentam menor incidência de crises, pois a cafeína presente no café possui efeito broncodilatador, que é benéfico em casos leves de asma.

Estudos recentes mostram que o consumo diário de até 6 xícaras de café pode prevenir o surgimento do diabetes no adulto.

Pesquisas mostram que o consumo diário e moderado de café previnem a depressão e o suicídio.

O café da manhã e na merenda escolar é a bebida mais indicada para estudantes de todos os níveis.

O alcoolismo se constitui na principal forma de toxicomania na atualidade. O consumo diário e moderado de café ajuda a prevenir o alcoolismo.

A sonolência causa mais mortes do que dirigir alcoolizado. Tomar uma ou duas xícaras de café e cochilar 15 minutos ajuda-nos a ficar mais tempo acordado e dirigir com segurança.

O café com leite é a bebida mais adequada para crianças e adolescentes pois, além de não causar obesidade, é nutritivo e mais saudável que qualquer bebida artificial existente.

O consumo moderado de cafeína não causa osteoporose nem aumenta o risco de fraturas, algo que pode até ser prevenido com duas a três xícaras diárias de café com leite.

A memória de momentos prazerosos está associada a cheiros agradáveis. O aroma do café domina qualquer ambiente. E quanto mais aromas agradáveis nosso cérebro recebe, melhor é o nosso humor.

Depois da água, o cafe é a bebida mais consumida em todo o mundo. Diariamente mais de UM BILHÃO de pessoas tomam café.

Café possui minerais como potássio, ferro e zinco, igual a todos os alimentos mais valorizados.

Por isso não esqueça:
Três a quatro xícaras de café ao dia prolongam seu prazer, sua alegria e sua vida !

 






Entre os malefícios causados pelo consumo excessivo de café podemos listar:
  • Ação diurética compulsivo causadora de perda de minerais e oligoelementos, aminoácidos e vitaminas essenciais.
  • Causa enfraquecimento do organismo através da perda de sódio, potássio, cálcio, zinco, magnésio, vitaminas A e C, bem como do complexo B.
  • Possui relação direta com a doença fibroquística (eventualmente precursora do “câncer da mama”).
  • Pode causar o aparecimento de polipos (primeiro estágio do câncer no aparelho digestivo), verrugas, psoríases e outras afecções dermatológicas.
  • Reduz a taxa de oxigenação dos neurônios.
  • Provoca uma maior secreção de ácido clorídrico, causando irritações nas mucosas intestinais que causam colites e ulcerações, principalmente para quem sofre de gastrite.
  • Sua ação é acidificante do sangue, propiciando o surgimento de leucorreias, cistites, colibaciloses e variados acessos fúngicos.

Café e composição química
O café não é só cafeína
           
A maioria das pessoas que bebem café diariamente ignora quais são as substâncias que estão presentes no café e pensa que o café contém apenas ou principalmente cafeína. Grande engano. O café possui apenas 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade. E estas outras substâncias podem até ser mais importantes do que a cafeína para o organismo humano.

O grão de café (café verde) possui além de uma grande variedade de minerais como potássio (K), magnésio (Mg), cálcio (Ca), sódio (Na), ferro (Fe), manganês (Mn), rubídio (Rb), zinco (Zn), Cobre (Cu), estrôncio (Sr), cromo (Cr), vanádio (V), bário (Ba), níquel (Ni), cobalto (Co), chumbo (Pb), molibdênio (Mo), titânio (Ti) e cádmio (Cd); aminoácidos como alanina, arginina, asparagina, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, lisina,metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, tirosina, valina; lipídeos como triglicerídeos e ácidos graxos livres , açúcares como sucrose, glicose, frutose, arabinose, galactose, maltose e polissacarídeos. Adicionalmente o café também possui uma vitamina do complexo B, a niacina (vitamina B3 , PP ou "Pelagra Preventing" do inglês) e, em maior quantidade que todos os demais componentes, os ácidos clorogênicos, na proporção de 7 a 10 %, isto é, 3 a 5 vezes mais que a cafeína.

Mas apenas a cafeína é termo-estável, isto é, não é destruída com a torrefação excessiva. As demais substâncias, como aminoácidos, açúcares, lipídeos, niacina e os ácidos clorogênicos, são preservadas, formadas ou mesmo destruídas durante o processo de torra.

A cafeína atua antagonizando os efeitos da adenosina, uma substância química do cérebro (neurotransmissor) que causa o sono e da microcirculação, onde melhora o fluxo sangüíneo. Os ácidos clorogênicos (7 -10 %) são polifenóis com ação antioxidante que no processo de torra forma quinídeos, os quais possuem um potente efeito antagonista opióide. Isto é bloqueiam no sistema límbico o desejo excessivo de auto-gratificação que leva o indivíduo insatisfeito a se deprimir e a consumir drogas como nicotina, álcool e mesmo as ilegais. Adicionalmente o quinídeos inibem a recaptação da adenosina (a qual atua por mais tempo), agindo assim de forma protetora contra os efeitos da cafeína nas células nervosas e melhorando a microcirculação. Por isto o consumo regular de uma planta como o café, na dose de 4 xícaras diárias, pode ajudar a prevenir a depressão e suas conseqüências, como o consumo de drogas, conforme dados de diversos estudos científicos modernos no Brasil e no exterior.

Estes resultados inéditos caracterizam porque a humanidade escolheu esta planta como bebida matinal para consumo logo ao acordar e para se manter desperta, ativa e de bom humor durante o dia: a cafeína estimula a vigília, a atenção, a concentração e a capacidade intelectual e os ácidos clorogênicos modulam o estado de humor, impedindo a depressão que leva ao consumo de drogas legais, como o álcool ou ilegais, como cocaína, maconha e outras. Por isto o consumo diário de café com ou sem leite em doses moderadas de até quatro xícaras diárias é recomendado para jovens e adultos de todo o mundo. A bebida, uma solução aquosa, não contém gorduras e proteínas, sendo destituída de valor calórico.

Composição Química do Café Verde
Fonte: Encyclopedia of Food Science, Technology and Nutrition - Academic Press, 1993

Substâncias Presentes no Grão de Café (conforme torra) e na Bebida
 Café é Rico em MineraisTeor Mineral por litro
(*) Bebidas isotônicas são quase iguais a solução caseira de Reidratação Oral (SRO), obtida com uma pitada de açúcar e outra de sal em um copo de água, acrescida de potássio.

Valor Nutricional

Valor nutricional por cada 100g
kJ2
Carbohidratos0
Gordura0,02 g
Gordura saturada0,02 g
Gordura trans0 g
Gordura monoinsaturada0,015 g
Gordura polinsaturada0,001 g
Água99,39 g
Proteínas0,12 g
Cafeína40 mg
Vitamina A0 ug
Betacaroteno0 ug
Vitamina B10,014 mg
Vitamina B20,076 mg
Vitamina B30,191 mg
Vitamina B50,254 mg
Vitamina B60,001 mg
Vitamina E0,01 mg
Vitamina K0,0001 mg
Cálcio2 mg
Ferro0,01 mg
Magnésio3 mg
Manganésio0,023 mg
Fósforo3 mg
Potássio49 mg
Sódio2 mg
Zinco0,02 mg


Café e dependência

O café não causa vício, mas sim um hábito saudável, como o exercício
Uma das principais críticas das pessoas que não gostam ou que ainda possuem preconceito contra o café é de que a bebida causa dependência. Talvez seja pela água que o café possui. Pois caso uma pessoa seja colocada numa sala com alimentos, mas sem água por uns poucos dias, ela reclamará a falta da água. E apresentará sinais de dependência da água. Boca seca, sede intensa, apatia, prostração e fraqueza são sinais iniciais da falta de água. A seguir podem surgir delírios, alucinações e alterações do comportamento. A pessoa lentamente fica confusa e perde a consciência. A seguir entra em coma e morre. A primeira coisa que cada ser humano faz ao nascer é se tornar dependente químico. Ao respirar pela primeira vez o recém nascido torna-se dependente do oxigênio para todas as atividades bioquímicas de seu organismo. A seguir torna-se dependente químico do mais nobre dos alimentos: o leite materno. E o amor e carinho da mãe, o qual traz prazer e proteção ao recém nascido. Mais tarde amplia esta dependência química para proteínas, glicídios, lipídeos, vitaminas e sais minerais. São substâncias vitais para o ser humano. E durante sua vida todo o ser humano torna-se dependente das reações químicas que ocorrem no seu cérebro causando prazer, alegria, felicidade e amor, decorrente de diversas coisas naturais como a família, amigos, trabalho.
Tudo que ocorre na nossa vida causa reações químicas no cérebro que são responsáveis pela alegria ou tristeza, prazer ou dor, bem como todas as outras emoções possíveis. E além de formas naturais de prazer, existem formas artificiais, como as drogas. O egoísmo humano ainda é um dos mais poderosos instintos, vinculado aqueles da sobrevivência, como nutrição e reprodução. Este instinto faz com que aqueles incapazes de lutar e obter sua felicidade de forma natural tentem conhecê-la pelo menos de forma temporária e artificial através do consumo de drogas. Por isto podemos nos tornar dependentes de coisas saudáveis, como água, leite, café e exercícios (hábitos saudáveis) ou dependentes químicos de substâncias que prejudicam a saúde (vício), como o tabaco, álcool e drogas ilegais.
Todo cérebro humano usa apenas 10 % de sua capacidade. Mas todo ser humano quer mais do que sua capacidade e além de sua vontade. Todo mundo que ser um super-homem (ou mulher-maravilha), ter um super-cérebro para obter um super-sucesso com uma super-fortuna e uma super-fama. Mas nesta busca poucos são os que chegam ao sucesso e muitos os que conhecem o fracasso, a frustração e daí, a depressão e o uso de álcool e outras drogas. A química cerebral que leva a depressão e ao uso compulsivo de drogas com perda do controle, criando a dependência, começou a ser compreendido apenas recentemente. O bombardeamento excessivo do cérebro por estas substâncias causa adaptações moleculares permanentes de diversos sistemas neuronais. Dentre as drogas que causam dependência, apenas os opióides e o álcool interagem com neurônios causando uma significativa dependência somática. Por outro lado, todas as drogas que causam dependência (nicotina, cocaína, álcool, maconha) parecem ativar e produzir alterações permanentes nos circuitos dopaminérgicos do sistema límbico que controlam a motivação e o comportamento.
Acredita-se que a principal via envolvida na origem da dependência a drogas parece ser a via dopaminérgica que se estende da área tegmental ventral, uma região de formação reticular mesencefálica que envia fibras para áreas telencefálicas pertencentes ao sistema límbico, como o núcleo amigdalóide, a área septal e o córtex do giro do cíngulo. Esta via mesolímbica também parece estar envolvida na motivação e comportamento necessário para a sobrevivência humana e para o processo reprodutivo, incluindo o próprio ato da reprodução.
O próprio processo de escolha e consumo de alimentos pode não ter sido uma forma específica de seleção no processo evolutivo. Talvez a ativação deste sistema mesolímbico dopaminérgico, alimentos (e drogas) podem levar a uma gratificação e condicionamento, fortalecendo mecanismos de memória e aprendizado. Quando algo estimula este sistema, imediatamente é reconhecido e lembrado vividamente, inclusive as circunstâncias que levam ao seu uso ou consumo.
A cocaína, a nicotina, os opióides e o etanol são todos originariamente subprodutos de plantas ou da fermentação natural e atuam como substâncias condicionantes e capazes de gerarem dependência porque mimetizam ou aumentam as ações dos neurotransmissores que atuam nos mecanismos de gratificação, prazer e aprendizado do ser humano. A cocaína inibe a recaptação da dopamina, aumentando sua duração e seus efeitos nas sinapses do sistema mesolímbico enquanto que a anfetamina libera a dopamina dos neurônios dopaminérgicos. Opióides como a morfina e a heroína mimetizam neurotransmissores opióides (encefalinas) que atuam diretamente no núcleo acumbens mas que podem também atuando de forma desinibitória na área tegmental ventral(VTA), favorecendo a liberação de dopamina. A nicotina mimetiza a ação de acetilcolina nos receptores nicotínicos centrais enquanto que o etanol possui um poderosos efeito facilitador nos receptores GABAérgicos. Embora as ações da nicotina e do etanol nos circuitos de gratificação do cérebro não sejam ainda completamente conhecidas, sabe-se que ambas as substâncias causam uma maior liberação de dopamina no núcleo acumbens e sistema límbico (ver Figura 1).
E este aumento dos níveis de dopamina pode ser inibido em diversas etapas, como através do uso de antagonistas de receptores opióides do sistema, como o naltrexone, o qual se constitui num novo avanço no tratamento do alcoolismo. Descobertas recentes em medicina caracterizaram que o ser humano, além de selecionar plantas (nicotina, cocaína, heroína, álcool) que estimulem esta forma de prazer no sistema límbico, também identificou plantas que podem estimular o córtex cerebral, aumentando a atenção e memória, além de bloquear a função exagerada do sistema límbico através deste sistema opióide, modulando ou interferindo no desejo de auto-gratificação que leva ao consumo de drogas. Isto explica porque o café é a planta mais consumida no mundo.
O problema é ser dependente de algo que prejudique a saúde - o vício (álcool, tabaco, drogas ilícitas). O que não é o caso do café, se ingerido em doses moderadas e de forma regular. Uma pessoa se torna dependente de algo prejudicial quando não consegue todos ou a maioria dos itens que causam a dependência saudável. O Quadro 1 apresenta as principais causas de dependência saudável ou prejudicial ao ser humano.
Figura 1 - Circuito de prazer/gratificação do cérebro 
Explicação - Figura 1
No sistema límbico existe uma rede de conexões entre células nervosas que liberam peptídeos endógenos (encefalinas, endorfinas), os quais regulam o teor final de dopamina, no núcleo acumbens. Esta via parece estar envolvida na motivação e comportamento necessário para a sobrevivência humana, incluindo o próprio ato da reprodução. Por exemplo, a escolha e o consumo de alimentos podem não ter sido selecionados de forma específica no processo evolutivo mas através da ativação do sistema límbico dopaminérgico, alimentos (e drogas) podem levar a uma gratificação e condicionamento, fortalecendo mecanismos de memória e aprendizado. Quando algo estimula este sistema, imediatamente é reconhecido e lembrado vividamente, inclusive as circunstâncias que levam ao seu uso ou consumo. A cocaína, a nicotina, os opióides e o etanol são todos originariamente subprodutos de plantas ou da fermentação natural, e atuam como substâncias condicionantes e capazes de gerarem dependência porque mimetizam ou aumentam as ações dos neurotransmissores que atuam nos mecanismos de gratificação, prazer e aprendizado do ser humano. A cocaína inibe a recaptação da dopamina, aumentando sua duração e seus efeitos nas sinapses do sistema mesolímbico, enquanto que a anfetamina libera a dopamina dos neurônios dopaminérgicos. Opióides como a morfina e a heroína mimetizam neurotransmissores opióides, que atuam diretamente no núcleo acumbens mas que podem também atuar de forma desinibitória no sistema límbico, favorecendo a liberação de dopamina. A nicotina simula a ação de acetilcolina nos receptores nicotínicos centrais, enquanto que o etanol possui um poderoso efeito facilitador nos receptores do aminoácido Gama-Amino-Butírico (GABA). A nicotina e o álcool causam uma maior liberação de dopamina no sistema límbico. E este aumento dos níveis de dopamina pode ser inibido em diversas etapas, como através do uso de antagonistas de receptores opióides. O remédio naltrexona, usado no tratamento do alcoolismo, atua bloqueando os receptores opióides no início do circuito de gratificação do sistema límbico e o fármaco bupropiona, usado no tratamento do tabagismo, atua no final do circuito aumentando os níveis de dopamina, modulando e suprimindo assim o desejo excessivo de prazer obtido através da nicotina, sendo um eficaz agente no controle do tabagismo (Adaptado de Hyman, 2001 e Messing, 2001).
Causas de dependência


Café e Atletas


Café, uma bebida natural, é a mais saudável para atletas
A prática de exercícios tornou-se uma rotina comum e saudável na sociedade moderna, sendo a corrida a forma mais comum. Outras atividades como natação, ciclismo, futebol, vôlei, basquete e esportes com raquetes (tenis, "squash") envolve um numero enorme de participantes. Este exercício soma-se ao gasto energético efetuado nos locais de trabalho do ser humano, sendo menor nas sociedades sedentárias. Antes da Revolução Industrial, o trabalho braçal humano era responsável por 30 % da energia gasta nas fabricas e no campo. Na atualidade, nos países ricos e nas camadas dominantes dos paises pobres, este gasto energético equivale a menos de 1%. Isto criou a forma sedentária de vida, algo recente na história da humanidade, acostumada a uma intensa atividade física em sua evolução. Um grande número de doenças podem ser influenciadas pelo exercício, como asma ou mesmo prevenidas em sua ocorrência, como problemas cardiovasculares.
O exercício pode ser dividido em isométrico e isotônico dependendo do tipo de atividade muscular realizada. Na contração isométrica ocorre um aumento na tensão muscular sem uma mudança significativa no comprimento da fibra muscular. Nenhum trabalho externo é realizado, mas energia é gasta de forma substancial, como no halterofilismo. Em contraste, o exercício isotônico envolve o encurtamento das fibras musculares com pouco aumento na tensão, como na natação, no ciclismo ou nas corridas. A maioria dos outros exercícios envolve elementos isotônicos e isométricos.
O exercício isométrico e o isotônico diferem substancialmente nos seus efeitos fisiológicos. O exercício isométrico aumenta a resistência vascular periférica de forma generalizada, ao mesmo tempo que causa um aumento na pressão sanguínea sistólica e diastólica com pouco aumento no volume sistólico e no debito cardíaco. No exercício isotônico, a resistência vascular periférica total cai, mas a freqüência e o debito cardíaco aumentam. A pressão sistólica aumenta significativamente, com pouca alteração da diastólica,o que causa um discreto aumento na pressão arterial media. O trabalho isométrico causa uma sobrecarga de pressão ao coração, enquanto que o exercício isotônico causa uma sobrecarga de volume. Os efeitos hemodinâmicos do exercício isométrico dependem de sua intensidade.Diferentes grupos musculares também causam diferentes alterações hemodinâmicos durante o exercício.
Atividades com os membros superiores causam um maior aumento na freqüência cardíaca e na pressão sanguínea do que atividades com os membros inferiores, para uma mesmo consumo de oxigênio ou idêntico trabalho realizado. O exercício isométrico aumenta a força e a massa muscular. Atletas competitivos podem ser bastante beneficiados pelos exercícios isométricos. Pacientes em reabilitação devido problemas musculoesqueléticos também podem ser beneficiados por exercícios isométricos para aumentarem sua força muscular, principalmente quando a imobilização articular limita exercícios dinâmicos. Entretanto, o exercício isométrico estático produz uma discreto condicionamento cardiovascular e as alterações circulatórias causadas pelo exercício isométrico podem ser prejudiciais ao paciente cardiopata. Por outro lado, o exercício isotônico dinâmico é mais benéfico e produz alterações cardiovasculares de adaptação úteis em atletas e em pacientes. Por isto, a melhor e mais saudável forma de exercício é a atividade dinâmica isotônica.
O exercício físico pode trazer grandes benefícios psicológicos ao ser humano, produzindo estimulação e relaxamento psíquico. Uma melhora do humor, da auto-estima e da capacidade de trabalho tem sido observada em pessoas saudáveis e em pessoas submetidas a reabilitação cardíaca. Exercícios agudos aliviam a ansiedade e a tensão, embora a duração seja temporária por 2 a 5 horas. A atividade física reduz o risco de aparecimento de depressão e a incidência de depressão em pacientes com predisposição para tal, além de haver uma melhor capacidade de adaptação ao estresse.
Durante o exercício físico ocorrem alterações nos níveis plasmáticos de monoaminas e de neuropeptídeos no sistema nervoso central, causando profundas mudanças nas funções neuroendócrinas. Inúmeras funções neurológicas, como respostas visuais evocadas, condução nervosa periférica e tempo de reação aumentam com um bom condicionamento físico, enquanto que os níveis de beta-endorfina plasmática aumentam no exercício aeróbico agudo. O treinamento físico também pode diminuir o catabolismo das endorfinas, sendo possível supor que as alterações nos níveis de peptídeos opióides endógenos mediados pelo exercício físico podem causar mudanças subjetivas e do humor do atleta, benéficas não apenas na atividade física, mas no perfil psicológico do individuo.
Corredores de maratona e atletas de outras formas de exercício intenso aumentam os níveis de endorfina no cérebro, criando uma forma de auto-gratificação interna ( "self-reward"). Isto faz com que o atleta treinado siga adiante ao atingir um ponto máximo de cansaço, que leva todas as pessoas sem treinamento a pararem por fadiga. Caso os atletas tomassem café diariamente durante os treinos, na dose mínima de 4 xícaras, é possível imaginar que os ácidos clorogênicos do café bloqueariam os receptores que são estimulados pelas endorfinas, peptídeos opióides cerebrais. Isto faria com que os neurônios do cérebro aumentassem sua descarga de endorfinas para trazer o estímulo necessário para o atleta prosseguir, atingindo a auto-gratificação num nível mais alto. Atletas assim treinados, teriam um cérebro trabalhando contra uma resistência a auto-gratificação. E quando esta resistência fosse retirada, certamente este cérebro estaria com uma maior capacidade de produzir a auto-gratificação. Deste forma, atletas treinados consumindo diariamente café, caso parassem de tomá-lo na véspera e nos dias de competição, poderiam ter sua performance aumentada de forma significativa, sem qualquer tipo de "doping ". Apenas aumentando, além da capacidade dos músculos, a capacidade do cérebro de prosseguir mais além.
Café e crianças
Café com leite é a bebida natural mais adequada para crianças 
Uma criança é a opinião de Deus de que o mundo deve prosseguir Toda criança é uma semente que se tiver boa saúde e receber uma boa educação, formará uma planta que jamais será destruída ou extirpada. Por isto deve ser assegurado pelos pais, sociedade e governos pelo menos dois direitos básicos a toda a criança: saúde e educação. A escola ao longo dos tempos vem se modificando. Na Grécia Antiga viveram alguns dos mais famosos cientistas, sábios e professores de nossa história que deixaram contribuições permanentes e importantes para os tempos modernos. Dentre os gregos que podiam pagar pelos estudos, os meninos freqüentavam a escola enquanto que as meninas aprendiam em casa. E os cidadãos comuns apreciavam muito as peças e as histórias escritas pelos seus poetas famosos. Cada estudante aprendia a ler, escrever, contar usando o ábaco, cantar e declamar poesias, memorizar os versos e fazer ginástica que incluía correr, pular, lutar e jogar dardo. Os professores gregos almejavam formar um indivíduo equilibrado com uma mente sã e um corpo sadio. O ideal de educação dos jovens gregos, embora permanecesse como meta para cada professor através dos tempos, infelizmente vem decaindo.
Na atualidade cada mestre atua da maneira que os pais na formação de cada criança para a obtenção de um indivíduo completo. Por isto são os professores que criam a verdadeira valorização da infância, pois caso uma criança não possua família, ela crescerá sob o cuidados dos educadores em cheches e orfanatos. Mas a grande maioria das crianças vive e se desenvolve entre o lar e a escola, o principal responsável pelo seu desenvolvimento intelectual e emocional. Nos tempos modernos a solidez e a estrutura das famílias diminuiu com os divórcios, separações e mães solteiras, sendo a escola muitas vezes o abrigo e o suporte sólido e receptivo destas crianças. As professoras cada vez mais assumem o papel de segunda ou mesmo única mãe, pois além de educadoras não só preocupadas com os conteúdos, elas também atuam na formação e orientação global das crianças. A professora primária é a lapidadora, ela faz o elo entre a família e a sociedade e é nesta ligação que está o primeiro ensaio de vida adulta da criança. Com esta função mais abrangente a preocupação da mestra vai além do apenas "ensinar/aprender", mas o "para que" aprender. Ela reforça os valores morais, sociais e intelectuais. Também é capaz de detectar melhor do que a mãe, pela observação aguçada, se alguma coisa não vai bem, como a falta de atenção, concentração e sinais de depressão através do comportamento e convívio escolar.
Felizmente a maioria das crianças do mundo possui na época mais crítica de suas vidas - a infância - o apoio e o convívio com dois tipos de mulheres que são as mais importantes de qualquer sociedade: a mãe e a professora. Pela importância de cada mãe e cada professora elas deveriam receber um reconhecimento muito especial, além de um maravilhoso salário. O ensino pode ser dispendioso, mas a ignorância é muito mais cara. Cabe às mães e às professoras zelarem pela saúde e bem estar das crianças sob seus cuidados, particularmente numa época onde a depressão e o consumo de drogas é uma ameaça global. Mães e professoras, conscientizadas e motivadas para lutarem contra estes problemas, podem atuar de forma definitiva nesta batalha onde a medicina já quase está se dando por vencida.
Enquanto que o preconceito contra o café faz com que as crianças tomem pouco ou mesmo não tomem café diariamente, puro ou com leite, o mesmo não acontece com outras bebidas. Hoje tomar refrigerantes ou sucos artificiais para saciar a sede é um hábito diário generalizado, em lugar de um simples copo de água. Estudos realizados por médicos ingleses detectaram que o consumo exagerado de refrigerantes por adolescentes prejudica a dentição e provocar problemas de comportamento além de afetar o crescimento e ajudar no aparecimento da obesidade. Em Los Angeles, o consumo de refrigerantes foi proibido em quase mil escolas, onde estudam quase um milhão de crianças e adolescentes, sendo permitido apenas o consumo de produtos naturais, como sucos e leite. Mas ao mesmo tempo, as crianças são erroneamente educadas de que o consumo de café pode ser prejudicial para a saúde, algo completamente errado e mesmo prejudicial a saúde infantil. Mas ao mesmo tempo as crianças são erroneamente educadas de que o consumo de café com leite pode ser prejudicial à saúde.
No passado era um hábito comum na merenda escolar o consumo de café com leite e pão com manteiga. Na atualidade substâncias artificiais como refrigerantes, sucos, isotônicos, biscoitos, balas, chicletes e derivados industrializados de amido, dentre inúmeros outros substituíram lentamente a saudável dupla. Pesquisas mostram que a dose ideal de café com leite a ser consumida diariamente é feita por uma minoria de crianças. Mas o consumo de álcool, tabaco e drogas ilegais aumenta entre crianças e jovens de todo o mundo, sendo que muitas vezes estes postos de venda se encontram nas esquinas e portas de suas próprias casas e escolas. O governo americano - NATIONAL DRUG SURVEY RESULTS RELEASED WITH NEW YOUTH PUBLIC EDUCATION MATERIALS - detectou que 1 em cada 4 americanos é diretamente afetado pelo problema do alcoolismo ou dependência a drogas e que 6 % dos jovens acima de 12 anos usam drogas. Pois o consumo diário e moderado de café é uma das mais eficazes e baratas armas para a prevenção do consumo de drogas entre os jovens.
Crianças também apresentam depressão, embora de forma menos freqüente e mais mascarada do que os adultos. Estas, deprimidas desde a infância serão adultos ainda mais deprimidos. A depressão na criança pode se manifestar de formas variadas, como sintomas asmáticos, extrema irritabilidade, mau humor, falta de atenção, agressividade, problemas da pele, obesidade, diarréias ou náuseas. Nesta fase o corpo pode sofrer mais que o cérebro devido a depressão. O fato de que o consumo regular e moderado de café possa melhorar a atenção, concentração e memória crianças e jovens torna quase que obrigatória a necessidade do seu consumo na merenda em todas as escolas. O café tomado logo na primeira hora após o despertar em casa suplementado pela xícara de café na escola, com ou sem leite pode trazer um grande benefício ao aprendizado e ao estado emocional das crianças. Por isto, elas com a ajuda dos responsáveis e interessados pela sua saúde mental e física precisam de orientação para hábitos salutares. Cabe às mães e às professoras conhecerem estas novas descobertas da medicina, combaterem o preconceito contra o café da mesma forma que lutam contra as drogas e conscientizarem todas as crianças e jovens da importância dos ideais gregos de mens sana in corpore sano.
A humanidade escolheu o café como bebida matinal porque ele estimula o sistema de vigília do cérebro humano. O consumo diário e moderado de café torna o cérebro mais atento e capaz de suas atividades intelectuais, diminui a incidência de apatia e depressão e estimula a memória, atenção e concentração, melhorando a atividade intelectual normal. Os adolescentes problemáticos são os que apresentam maior risco para o desenvolvimento de doenças mentais e problemas como depressão, suicídio e uso de álcool e outras drogas .O índice de depressão e suicídio tem aumentado entre os adolescentes nos últimos anos, variando entre 8 a 28 % dos adolescentes. O consumo de café não apenas é saudável e seguro para crianças, mas altamente benéfico para crianças e jovens (6-18 anos) problemáticos, ativos e agressivas justamente as que buscam o consumo de drogas. Por isto o consumo de café com leite pela manhã e na merenda escolar, com ou sem leite, não apenas é saudável, mas recomendando para todo aqueles em idade escolar.
Hoje em dia, o café é o segundo maior mercado mundial de produtos naturais, depois do petróleo. E o Brasil é o maior produtor mundial de café. Mas, em contraste com toda essa riqueza, na atualidade existem no Brasil milhões de brasileiros vivendo com fome, desnutridos e debilitados, sem saúde e vulneráveis a diversos tipos de doenças. E o quadro nutricional de crianças e adolescentes vem se agravando nos últimos anos. Em 1989 foi estimado que uma em cada três crianças brasileiras menores de cinco anos sofria de desnutrição, sendo que naquele ano foram gastos US$ 1,03 bilhão em programas nutricionais (Lima, 2002a). Em 1991 este valor foi diminuído, durante o governo Collor, para US$ 364 milhões e em 1992 foram liberados US$ 391 milhões, um valor irrisório se comparado ao US$ 1,27 bilhão gasto em 1987 e ao US$ 1,2 bilhão gasto em 1988.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar, que tem como meta a distribuição de uma refeição durante 200 dias ao ano para 29 milhões de crianças de 7 a 14 anos matriculadas nas escolas públicas, necessitando para tal de 460 mil toneladas de alimento, recebe anualmente recursos para adquirir apenas 135 mil toneladas por ano, menos de 1/3 das necessidades mínimas (Lima, 2002a). Para milhares de crianças brasileiras a primeira e muitas vezes a principal refeição do dia é uma mistura de café com farinha. Somada a força e a perseverança, estas crianças sobrevivem saudáveis e podem servir de exemplo para outras, ao vencerem na vida, apesar de tudo e de todos. Mas assegurar uma boa nutrição, principalmente a infantil é o maior compromisso social de toda nação.
O fato de que o consumo regular e moderado de café pode melhorar a atenção, concentração e memória de adultos e crianças torna quase que obrigatória a necessidade de que o café com ou sem leite faça parte da merenda escolar em todas as escolas diurnas. O café tomado logo na primeira hora após o despertar em casa suplementado pela xícara de café na escola pode trazer um grande benefício a crianças, adolescentes e jovens do Brasil e mesmo em todos os países do mundo.

Dose ideal de café para consumo diário 

Café em excesso


Café e cafeína não possuem riscos em doses moderadas
As críticas ao consumo de cafeína em quantidades moderadas são total e completamente infundadas, mas ainda arraigadas ao limitado conhecimento de pessoas desinformadas. Em quantidades moderadas - o equivalente a 400-500 mg/dia - dose de até 4 xícaras - a cafeína não é prejudicial a saúde humana, desde a gestação até o final da vida. A administração aguda de cafeína causa um aumento modesto da pressão sanguínea arterial, dos níveis de catecolaminas, da atividade de renina plasmática, dos níveis de ácidos graxos livres, da produção de urina e da secreção gástrica. Ela altera o espectro eletroencefalográfico, o humor e o padrão do sono em voluntários normais.
O consumo crônico de cafeína não possui efeitos na pressão sangüínea, nos níveis plasmáticos de catecolaminas, na atividade de renina plasmática, na concentração de colesterol no soro, nos níveis de glicose no sangue ou na produção de urina. A cafeína não está associada com o infarto do miocárdio, nem com o câncer do trato genitourinário inferior ou do pâncreas; com teratogenicidade ou doença fibrocística da mama. O papel da cafeína na produção de arritmias cardíacas ou de úlcera gástrica ou duodenal em pessoas normais também não foi confirmado, não havendo evidências de que a cafeína seja prejudicial ao ser humano sadio. Apesar do consumo de café e chá ser antigo, as pesquisas que avaliam os efeitos do café no homem são recentes. Cerca de uma centena de produtos químicos foi identificada no café, sendo algumas, como o ácido clorogênico, até mais abundantes que a cafeína. A cafeína é o elemento do café mais estudado até o momento e o principal responsável pelas propriedades estimulantes que deram a popularidade à bebida. Mas seu consumo moderado não é prejudicial ao organismo.
Por isto é possível afirmar, sem margem de erro, que a cafeína é uma substância bastante segura para o consumidor, mesmo em doses razoavelmente elevadas. Um limite máximo não prejudicial para a saúde humana está na faixa de 500 mg diários de cafeína, o que equivale a meio litro de café tomados em quatro doses divididas durante o dia. Algumas pessoas, consumidoras regulares, podem desenvolvem tolerância, fazendo uso de grandes doses sem qualquer sinal de toxicidade. O recorde mundial de consumo de café até o momento é de 215 xícaras grandes consumidas no espaço de 4 horas (DISCOVERY CHANNEL, Janeiro, 2004), sem problemas para a saúde do treinado consumidor (detentor de outros recordes de consumo de alimentos).
Tudo em excesso pode fazer mal. As vitaminas são substâncias orgânicas que em pequenas quantidades fazem parte de complexas reações bioquímicas do organismo. Devido a incapacidade do organismo de sintetizá-las normalmente, elas são obtidas da dieta e possibilitam ao indivíduo um funcionamento metabólico, crescimento e saúde normais. Mas o excesso de vitaminas pode causar doenças severas e incapacitantes.
Algumas vitaminas são bastante perigosas, devendo seu consumo ser feito apenas com orientação médica. A vitamina A (retinol) existe apenas em alguns alimentos de origem animal mas o organismo pode prescindir destes alimentos desde que exista ingestão adequada de frutas ou outros vegetais que contenham um pigmento, o caroteno. Uma dose elevada ou o uso de doses acima das necessidades diárias de vitamina A pode causar uma série de fenômenos, desde uma coloração amarelo-alaranjada da pele até fenômenos tóxicos, como irritabilidade, vômitos, cefaléia, pele seca, pruriginosa e descamativa, fraqueza e alterações psiquiátricas simulando depressão ou esquizofrenia. Sonolência, dores nos ossos e articulações, aumento do tamanho do fígado e do baço também podem ser observados com grandes doses da vitamina A.
Outras vitaminas que podem causar problemas em doses elevadas são a vitamina D (hipercalcemia e deposição de cálcio em vários tecidos do organismo como coração, artérias, rins. Ocorre anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, cefaléia e diurese intensa, fraqueza, depressão mental e diminuição da função renal, que evolui para a insuficiência e morte ). Outras vitaminas que podem causar problemas são a vitamina K pela via endovenosa e o consumo exagerado de vitamina C ( ácido ascórbico ), uma vitamina bastante popular mas que pode causar diarréia, náuseas, vômitos e também interferir na absorção de vitamina B 12, destruindo-a, podendo levar a sua deficiência se seu uso for prolongado. Por ser acidificante da urina, pode causar precipitação urinária de cristais de ácido úrico, oxalato ou cistina, levando a formação de cálculos. Cólica renal, sangramento e obstrução urinária com hidronefrose progressiva, associada a uma maior suscetibilidade a infecções pode ocorrer. Por isso é uma vitamina muito perigosa no uso indiscriminado.
O excesso de comida também pode fazer mal. Enquanto a fome é um problema nos países em desenvolvimento, a obesidade e doenças dela derivados, como diabetes, aterosclerose, hipertensão arterial , gota, câncer e outras, são cada vez mais comuns nos países ricos. Nos EUA cerca de 25% da população é obesa, principalmente da raça negra, sexo feminino e do grupo econômico mais baixo. A incidência da obesidade no Brasil é desconhecida, estimando-se em torno de 10% da população, embora mais de 50% das mulheres se preocupem com o tema. Certos tipos de câncer, como de cólon, reto e próstata no homem, de útero, trato biliar, mama e ovário em mulheres, bem como doenças tromboembólicas, doenças do tubo digestivo (litíase, esofagite de refluxo) e problemas cutâneos são mais comuns em obesos. Riscos cirúrgicos e obstétricos são também maiores, alem de anormalidades endócrinas.
O excesso de sal na comida também pode fazer mal. Dentre os inúmeros mecanismos atuantes e responsáveis pela hipertensão arterial sistêmica, que acomete em torno de 20% da população adulta do mundo moderno, acredita-se que exista uma incapacidade constitucional do indivíduo em excretar o cloreto de sódio, o que leva a um acúmulo de sódio, o qual é trocado por cálcio, que atua aumentando o tônus da musculatura lisa vascular. Estudos populacionais evidenciam que existe uma correlação entre a ingestão de sal e a pressão arterial. Mas a ingestão isolada de sal parece não ser um fator isolado para o aumento da pressão sangüínea arterial, havendo uma predisposição genética para este distúrbio. Logo, uma ingestão de sal em torno de 10 a 20 gramas diárias pode ser um fator desencadeante para indivíduos com hipertensão sensível ao sal, devendo haver uma diminuição na ingestão para teores nunca acima de 4 g diários. O excesso de gordura também faz mal. A aterosclerose está associada a presença de níveis elevados de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) no sangue, juntamente com a lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e em menor grau as lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).

Café e coração

Ao contrário do que se pensava, o consumo moderado de café pode fazer bem ao coração
Embora a mortalidade devido doenças cardiovasculares (DCV) venha caindo por conta do grande avanço no tratamento das síndromes coronárias agudas, pela educação da população sobre os fatores de risco e sua prevenção, além do tratamento médico mais agressivo, que possibilita a diminuição dos níveis elevados de colesterol e o melhor controle da hipertensão arterial, as DCV, lideradas pela doença aterosclerótica das coronárias (cardiopatia isquêmica), são ainda a principal causa de morte nos países industrializados. Estima-se que nos Estados Unidos mais de um milhão de pessoas morram anualmente devido a problemas cardiovasculares, sendo 50% devido a coronariopatias. Na década passada houve uma redução de 1/3 (34%) na mortalidade por DCV, sendo que em 25% dos casos tal redução deveu-se à prevenção primária, 30% à prevenção secundária e 45% ao melhor suporte terapêutico.
Muitos fatores de risco para a doença coronariana não são passíveis de modificação, mas alguns definitivamente podem ser excluídos através de modificações no estilo de vida do paciente, como a interrupção do tabagismo, o tratamento da dislipidemia e diminuição da pressão sanguínea arterial. O tratamento das anormalidades lipídicas retarda a progressão da aterosclerose e em alguns casos pode até ocorrer uma regressão do quadro. Mesmo na ausência de regressão, novas lesões ocorrem com mais raridade e a função endotelial pode ser preservada e os problemas coronarianos são reduzidos em sua incidência em pacientes com evidências clínicas de aterosclerose.
Um grande número de ensaios clínicos demonstrou a importância dos níveis elevados do colesterol LDL na patogenia da aterosclerose, bem como nos acidentes vasculares cerebrais e doença arterial periférica e o benefício substancial com o tratamento da hiperlipidemia. Ensaios clínicos também demonstraram um melhor prognóstico em pacientes que já apresentaram um infarto do miocárdio (prevenção secundária) e que são tratados com estatinas, mesmo quando possuem níveis prévios de colesterol considerados satisfatórios (colesterol LDL abaixo de 125 mg/dL). Independentemente da raça, idade ou presença de hipertensão ocorre uma redução da mortalidade em geral, incluindo por problemas cardiovasculares. Um tratamento agressivo visando a diminuição das hiperlipidemia deve ser implementada em todos os pacientes com dislipidemia e doença arterial coronariana ou doença vascular periférica. Existem evidências de que a redução do colesterol LDL pode prevenir eventos coronarianos e acidentes vasculares cerebrais em pacientes sem manifestações clínicas de aterosclerose (prevenção primária) e com níveis de colesterol lDL abaixo de 130 mg/dL.
A prevenção primária consiste na identificação e correção dos fatores de risco, por meio de mudanças no estilo de vida do indivíduo, para prevenir DCV em pessoas sem doença prévia. Esta etapa é feita através do esclarecimento e conscientização da população em geral e indivíduos em particular sobre os fatores de risco e como modificá-los. Isso é feito principalmente por associações médicas como a World Heart Federation (WHF), a American Heart Association (AHA) e, no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Mas cabe ao médico atuar de forma enérgica e educativa com seus pacientes para o controle desses fatores. Na prevenção primária deve ser feita a avaliação sobre o padrão de alimentação do indivíduo (ou da população), particularmente em relação ao consumo de alimentos com alto teor de gordura saturada de colesterol, além do consumo de frutas, verduras e legumes.
A dosagem do colesterol total e o HDL (do inglês High Density Lipoprotein) é recomendável em adultos a partir dos 20 anos da idade, com investigação anual dos fatores de risco. A orientação dietética (fase I da AHA) deve ser feita, sendo que a dieta deve incluir 30% das calorias totais como gorduras (até 10% como gordura saturada e menos de 300 mg de colesterol por dia), além de incluir o controle do peso e da atividade física. A fração LDL (do inglês Low Density Lipoprotein), deve ser dosada caso os níveis de colesterol total sejam maiores que 240 mg/dl (ou 200 mg/dl, se associado a dois ou mais fatores de risco ou quando o colesterol HDL estiver abaixo de 35 mg/dl).
Em indivíduos com colesterol HDL abaixo de 35 mg/dl deve ser observado o rigoroso controle do peso, aumento da atividade física e restrição ao tabagismo. Nos indivíduos com colesterol LDL superior a 160 mg/dl, com apenas um fator de risco ou acima de 130 mg/dl com dois fatores de risco, deve ser iniciada a dieta fase II da AHA com menos de 30% das calorias como gordura (menos de 7% como gordura saturada e menos de 200 mg diários de colesterol), além do controle do peso. A investigação de possíveis causas secundárias de hipercolesterolemia deve ser feita (função hepática, tireoideana e renal). A terapêutica farmacológica deve ser considerada quando o nível de colesterol LDL for superior a 160 mg/dl na presença de dois fatores de risco ou maior que 190 mg/dl em homens com menos de 35 anos de idade e mulheres na pré-menopausa.
A prevenção secundária é feita por meio da identificação e tratamento de pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, de pessoas com alto risco de apresentar DCV e tratamento de pacientes que apresentaram angina instável, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como pacientes submetidos a angioplastia ou cirurgia de revascularização. Os fatores de risco e sua relação com a intervenção e redução de risco foram divididos nas seguintes categorias pelo American College of Cardiology:
Categoria I: fatores de risco (FR) em que a intervenção comprovadamente reduz o risco de DCV: tabagismo, colesterol LDL elevado, dieta rica em colesterol, hipertrofia de ventrículo esquerdo, fatores trombogênicos.
Categoria II: FR em que a intervenção provavelmente reduz a DCV: diabetes, inatividade física, colesterol HDL baixo, triglicerídeos/partículas densas de colesterol LDL, obesidade, pós-menopausa.
Categoria III: FR associados com maior risco de aterosclerose, os quais, se modificados, podem reduzir a DCV: fatores psicossociais, lipoproteína A, homocisteína, estresse oxidativo, consumo de álcool.
Categoria IV: FR associados à DC mas que que não podem ser alterados: idade, sexo, história familiar.
Na prevenção secundária deve ser iniciada a fase II da dieta da AHA (menos de 30% das calorias como gordura com menos de 7% como gordura saturada e menos de 200 mg diários de colesterol), manter a fração de colesterol LDL abaixo de 100 mg/dl, usando medicamentos quando os níveis forem superiores a 130 mg/dl (ou entre 100 e 130 mg/dl, na ausência de resposta a dieta), manter o colesterol HDL acima de 35 mg/dl.
O tabagismo é o principal fator de risco para coronariopatia, sendo responsável por 20 a 30% das mortes por problemas coronarianos ou vasculares cerebrais, porém o risco diminui de forma significativa no primeiro ano após a interrupção do tabagismo, ficando próximo do normal após cinco anos e desaparecendo no período de dez anos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante fator de mortalidade por DCV (duas a quatro vezes maior em hipertensos em comparação com normotensos). Níveis elevados da pressão sanguínea sistólica acometem a função e vitalidade de órgãos como coração, cérebro e rins, enquanto níveis elevados da pressão diastólica atuam na gênese da arteriopatia periférica.
A prevenção primária e secundária da HAS deve ter como objetivo manter a pressão sanguínea arterial (PSA) abaixo de 140/90 mmHG, salvo casos específicos em que os níveis são menores (130/85 mmHg em pacientes diabéticos, com miocardiopatia e/ou nefropatia). O colesterol na fração LDL, junto com a lipoproteína a (Lpa), são importantes na origem da aterosclerose, enquanto o colesterol HDL tem papel protetor. Níveis de colesterol HDL abaixo de 35 mg/dl constituem um fator de risco independente para a DCV e níveis aumentados do colesterol LDL de 1% aumentam em 2 a 3% o risco de DCV. Diversos estudos epidemiológicos com medicamentos inibidores da enzima 3-hidroxi-3-metilgluraril coenzima A (HMG-CoA) do grupo das estatinas, como a sinvastatina (CLINFAR, LOVACOR, MIVALEN, SINVASCOR, VASLIP, ZOCOR) ou a pravastatina (MEVALOTIN, PRAVACOL), evidenciaram redução da mortalidade de 40 a 50% em pacientes com hipercolesterolemia.
&O uso das estatinas também está indicado após problemas coronarianos agudos como infarto. Na prevenção primária a meta deve ser manter o colesterol total abaixo de 200 mg/dl, o colesterol LDL abaixo de 160 mg/dl (associado a um fator de risco) e abaixo de 130 mg/dl (associado a dois ou mais fatores de risco). Na prevenção secundária o colesterol LDL deve ser mantido abaixo de 100 mg/dl e o colesterol HDL acima de 35 mg/dl. Os triglicerídeos devem estar sempre abaixo de 200 mg/dl. O diabetes melito é um fato de risco para a DCV, sendo que o tipo I (tipo juvenil ou insulino-dependente) está associado a alterações lipídicas, doença arterial aterosclerótica, hipertensão arterial e nefropatia diabética. O diabetes tipo II (tipo adulto) está associado a maior mortalidade cardiovascular, com maior risco de óbito ou reinfarto entre os pacientes com síndromes coronarianas agudas. Nesses pacientes o objetivo deve ser manter a glicemia de jejum mais próxima do normal possível, manter o colesterol LDL abaixo de 100 mg/dl e os triglicerídeos abaixo de 100 mg/dl.
O sedentarismo deve ser combatido e atividades físicas regulares diminuem o risco de DCV. A obesidade é um problema grave de saúde pública em sociedades ricas, que acomete adultos e crianças (pacientes potenciais no futuro). Seu controle deve ser feito por meio de dieta adequada e atividade física regular. A depressão é um fator independente de risco cardiovascular para homens e estudos modernos avaliam o papel protetor de medicamentos antidepressivos e hábitos alimentares. O consumo diário de doses moderadas (três a quatro xícaras ao dia) de café torrado adequadamente (café funcional nutracêutico) pode ser benéfico na prevenção da depressão/DCV por conter, em quantidades superiores às de cafeína (1-2%), compostos quinídeos derivados dos ácidos clorogênicos (2-4%) com ação antioxidante, além de potente ação antagonista opióide (tipo naltrexona) e efeito inibidor da recaptação de adenosina (tipo dipiridamole).
No passado um grande número de cardiologistas julgava que o café possuía apenas cafeína, desconhecendo que a bebida contém também maiores quantidades de sais minerais (2-4%), ácidos clorogênicos e quinídeos (2-4%), niacina ou vitamina PP (1%) além da cafeína (1-2%) e centenas de óleos voláteis responsáveis pelo aroma e sabor da bebida, característicos de cada região produtora e dos blends dos fabricantes. Na atualidade evidências científicas permitem classificar o café como uma planta funcional nutracêutica E novos estudos estão em andamento para avaliar o possível benefício de seu consumo na prevenção da depressão, tabagismo, alcoolismo e mesmo infarto do miocárdio. Por esse motivo o médico deve mudar seu preconceito em relação ao café, o qual considera possuir apenas cafeína, mas reconhecer que talvez possa até ser recomendado a seus pacientes (além do consumo próprio) desde que em quantidades moderadas (3-4 xícaras diárias).
Medicamentos podem ser usados na prevenção secundária após o infarto do miocárdio, como o ácido acetilsalicílico (iniciar e manter em todo paciente com IAM), beta-bloqueadores por um mínimo de dois anos após o IAM e inibidores da ECA desempenham um papel importante na redução da mortalidade pós-infarto. Somam-se a estes fármacos o uso das estatinas ou dos fibratos para reduzirem os níveis elevados do colesterol lDL, além dos medicamentos utilizados para o controle da hipertensão arterial. Ensaios clínicos demonstraram que em pacientes de alto risco com níveis médios de colesterol em torno de 192 mg/dL, o uso de pravastatina reduz a mortalidade por problemas coronarianos e infarto do miocárdio não fatal.
O tratamento de níveis baixos de colesterol HDL ou elevações da lipoproteína é mais difícil, mas o uso oral de altas doses de niacina (3 g/dia) pode ser eficaz. Um estudo com pacientes após infarto do miocárdio com níveis relativamente baixos de colesterol LDL detectou um aumento do colesterol HDL com o uso de gemfibrozila (GENFIBROZILA, LOPID) na dose de 600 mg 2 x dia e um prolongamento do intervalo de risco de um novo infarto. O valor da redução de níveis elevados de triglicerídeos é menos definido mas desde que a hipertrigliceridemia esta comumente associada com outras anormalidades do metabolismo lipídico, o tratamento com derivados do ácido fíbrico como o bezafibrato (CEDUR), ciprofibrato (OROXADIN), clofibrato (CLARIPEX), etofibrato (TRICEROL), fenofibrato (LIPANON, LIPIDIL) ou genfibrozila (LOPID) para níveis acima de 400 mg/dL pode ser recomendado.
Considerando que a oxidação do colesterol LDL parece exercer um papel na aterogênese, a terapêutica antioxidante tem sido recomendada como uma medida profilática, mas diversos estudos clínicos controlados não evidenciaram um benefício da vitamina E. Outros agentes antioxidantes estão sendo avaliados para dectectar o possível benefício de agentes antioxidantes na prevenção de tratamento da aterogênese.
Níveis elevados de homocisteína plasmática estão associados com um maior risco de problemas cardiovasculares. Embora os níveis de homocisteína possam ser reduzidos com suplementação dietética de ácido fólico (1 mg por dia) em combinação com a vitamina B6 e a vitamina B12 , ainda não está claro se este tratamento reduz problemas clínicos em pacientes com doença arterial coronariana.
Outra medida preventiva é uso de ácido acetilsalicílico em homens acima de 50 anos na dose de 325 mg em dias alternados para redução da incidência de infarto do miocárdio.O uso deste fármaco na população em geral ou apenas naqueles de alto risco está pouco definido, bem como qual a dosagem ideal. Um esquema prudente seria administrar de 100 a 325 mg de ácido acetilsalicílico com múltiplos fatores de risco coronariano ou diabetes associada a partir da idade de 45 anos desde que não existam contra-indicações. O mesmo é válido para mulheres a partir dos 50 anos de idade. Um estudo clínico mostrou uma importante diminuição na mortalidade de pacientes pós-infarto com o uso de ácidos graxos ômega-3 na dose de 1 g/dia. O efeito da terapêutica de reposição hormonal na mulher pós-menopausa ainda está indefinido, diversos ensaios clínicos não evidenciaram benefício na redução da mortalidade ou prevenção de problemas cardíacos enquanto que outros estudos sugerem até um aumento de eventos coronarianos na terapêutica de reposição hormonal cabe ao clínico avaliar a relação risco/benefício para utilizar esta terapêutica.
O controle da pressão sanguínea arterial previne infarto do miocárdio em pacientes idosos e parece que o mesmo ocorre em pacientes jovens na prevenção de eventos coronarianos subseqüentes. O papel da prática de exercício por pelo menos 30 minutos pelo menos 3 vezes por semana diminui o risco de eventos coronarianos subseqüentes da mesma maneria que o estilo de vida saudável.
Os beta bloqueadores causam uma significativa redução na mortalidade na fase precoce do IAM e na sua evolução tardia, sendo que seu uso pelo período de até dois anos após o IAM causa diminuição da mortalidade por morte súbita.
Os IECA como o ramipril reduzem a mortalidade cardiovascular reinfartos não fatais e acidente vascular cerebral em 25% nos pacientes de alto risco, incluindo diabéticos com fatores de risco adicionais ou pacientes com doença aterosclerótica, coronariana, cerebral ou arterial periférica. Estes fármacos também são benéficos na prevenção secundária em pacientes com insuficiência cardíaca ou disfunção sistólica ventricular esquerda. Os IECA causam uma diminuição dos sintomas e do número de internações hospitalares, sendo o benefício maior nos pacientes com maior extensão de necrose e com comprometimento da função ventricular esquerda.
A diminuição da mortalidade por problemas coronarianos decorre de uma diminuição da prevalência dos fatores de risco, mas também reflete os efeitos do melhor tratamento médico e o papel de unidades coronarianas com controle de arritmias e insuficiência cardíaca, bem como uma melhor sobrevida após a revascularização coronariana em certos grupos de pacientes.
Após os 65 anos de idade a mulher passa a ter o dobro de possibilidades de evento cardiovascular em relação ao homem. O estrógeno confere proteção contra a doença cardiovascular na pré-menopausa e sem este hormônio a mulher fica desprotegida. Fatores genéticos e ambientais, como obesidade, fumo e vida sedentária tem importante efeito nos lipídios e na formação da placa aterosclerótica. O uso da terapia de reposição hormonal parece ter efeito benéfico protetor na mulher, com ou sem fator de risco para doença cardiovascular devido a uma melhora na função endotelial (ação vasodilatadora por aumento da oferta de óxido nítrico, melhora do perfil lipídico, aumentando o colesterol HDL e diminuindo o LDL e diminuindo a Lp(a), redução da viscosidade do sangue e do armazenamento de ferro pela regularidade menstrual e menor resistência à insulina por causa da menor deposição de gordura visceral.
Estudos mostram efeitos benéficos da reposição hormonal na prevenção primária da doença arterial coronariana (DAC) enquanto que a reposição secundária é um tema controverso. Um estudo (HERS) não mostrou benefícios da reposição hormonal em mulheres coronariopatas. Diversos fatores de risco devem ser controlados na mulher, como o tabagismo e diminuição de peso. O diabetes é um importante fator de risco para a DAC, onde as diabéticas tem o dobro de possibilidades em comparação com não-diabéticas. A obesidade tem sido associada na mulher a três outros fatores de risco importantes: a diabetes-melito não insulino-dependente, a hipercolesterolemia e a hipertensão arterial.
A presença da gordura abdominal localizada pode ser um determinante de risco cardiovascular mais importante que a própria obesidade. O tabagismo é outro fator importante de risco, onde as mulheres se comportam de forma semelhante aos homens. O tabagismo é responsável pelo aumento dos níveis de colesterol mais na mulher do que no homem. A hipertensão sistólica na mulher é importante indicativo para o óbito tanto em mulheres negras como em brancas enquanto que a hipertensão diastólica se relaciona com maior mortalidade em mulheres negras. O desenvolvimento de hipertensão na mulher está relacionado ao aumento de peso corporal, ao consumo de álcool, ao menor consumo de magnésio e de alimentos ricos em fibras. O colesterol é um dos mais importantes determinantes de risco para a doença cardiovascular. Nas mulheres acima de 55 anos, os níveis de colesterol estão elevados em 40% delas e se constitui num importante fator de risco de DCV. Os triglicerídeos são importantes como fator de risco para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.
Café e diabetes
Estudos modernos mostram que o consumo regular de café protege contra o surgimento da diabetes do adulto
O diabetes melittus ou melito (DM) é uma doença que se caracteriza pela falta de insulina ou pela incapacidade da insulina em exercer seus efeitos. A insulina é que atua para que as células do nosso organismo captem a glicose do sangue, para sobreviverem e exercerem suas diferentes funções. A diabetes ocorre em cerca de 5% da população, constituindo-se num problema de saúde pública.Estima-se que 12 milhões de brasileiros são portadores de diabetes e que 1/3 está sem diagnóstico e tratamento adequado. O diabetes se caracteriza por um conjunto de várias desordens metabólicas.Estas alterações metabólicas se manifestam por hiperglicemia e alterações no metabolismo das proteínas e lipídios.
As alterações vasculares são macroangiopatias inespecíficas, como aterosclerose e suas diversas manifestações clínicas, e microangiopatia diabética, a qual compromete principalmente os rins e a retina.Alguns pacientes desenvolvem complicações vasculares, enquanto outros não as apresentam, sendo importante prevenir as complicações nos pacientes de risco. Na atualidade não se dispõe de maneira para a prevenção do surgimento das complicações ou de forma de classificar esses subgrupos. Entretanto, o bom controle metabólico é fundamental no tratamento do diabético.
O diabetes tipo I ou insulino-dependente (tipo infanto-juvenil) se manifesta mais comumente em faixas etárias jovens, com início no crescimento, podendo ocorrer também na idade mais avançada, mas geralmente antes do 30 anos de idade. A evolução é rápida, com facilidade de surgimento de cetose. O paciente é magro, a secreção basal de insulina é nula, sendo o mesmo insulino-dependente.Os sintomas mais freqüentes são poliúria, polidipsia e emagrecimento e as complicações mais comuns são retinopatia e nefropatia, todas passíveis de controle pelo acompanhamento rigoroso da glicemia através do uso de insulina (insulino-dependentes).
O diabetes tipo II ou insulino-independente (tipo adulto) tem início na maturidade, geralmente após os 40 anos, e os pacientes são em sua maioria obesos e a evolução é lenta. O diabetes do tipo 2 é responsável por 90 % dos casos. Há um componente genético importante e, embora a função das células beta esteja diminuída, persiste uma certa capacidade de secreção de insulina, havendo maior resistência ao desenvolvimento de cetose.
Os sintomas mais freqüentes são poliúria (diurese abundante), polidipsia (sede intensa) e emagrecimento e as complicações mais comuns são retinopatia e nefropatia, todas passíveis de controle pelo acompanhamento rigoroso da glicemia. O diabetes tipo II, ou insulino-independente (tipo adulto), tem início na maturidade, geralmente após os 40 anos, e os pacientes são em sua maioria obesos e a evolução é lenta. Estudos recentes sugerem que o consumo diário de até 6 xícaras de café pode prevenir o surgimento do diabetes tipo II, não devido a cafeína mas talvez devido aos ácidos clorogênicos, que na torra do café forma os quinídeos, dentre inúmeras outras substâncias ainda a serem estudadas no café, que não é só cafeína, abrindo uma nova área de pesquisa sobre o papel protetor do consumo de café.

RECEITAS A BASE DE CAFÉ:
Café, alcoolismo e drogas
O café forma durante a torra adequada produtos que ajudam a inibir o desejo de consumir álcool e drogas ilegais
Nenhuma família, homem ou mulher está livre de pelo menos um dia se ver envolvido com problemas devido consumo abusivo de álcool, de forma aguda ou crônica, por parte de alguém querido (familiar, amigo ou a própria pessoa). Estima-se que a prevalência de abuso e de dependência ao álcool entre pacientes hospitalizados varia entre 15 a 30% nos países modernos de todo mundo. Além de problemas diretos decorrentes do consumo de álcool, como a embriaguez, doenças como hepatopatias, pancreatite, gastrite, desnutrição e traumatismos devido acidentes de tráfego possuem o álcool como a principal causa.
Pesquisas revelam que mais de 25% das pessoas envolvidas em acidentes de tráfego apresentam uma alcoolemia acima de 200 mg/dL (níveis acima de 50 mg/dL já causam importante prejuízo na coordenação motora). Embora o alcoolismo seja a principal causa de morbidade e mortalidade no mundo moderno, muitos médicos não diagnosticam o problema e, caso o façam, o tratam de maneira inadequada. E o paciente alcoólatra é geralmente o último na lista de preferências do médico. O alcoólatra parece lutar com um esforço quase heróico para merecer esta impopularidade entre os médicos.
O comportamento refratário, o relacionamento inseguro, a falta de vontade e mesmo de inteligência do paciente alcoólatra junto com a perda de objetividade após o diagnóstico ter sido feito e o pessimismo com a eficácia do tratamento faz com que médico e paciente não evoluam para uma solução definitiva do problema. O abuso no consumo de álcool e a dependência ao álcool é um problema que afeta mais de DEZOITO MILHÕES de americanos e mais de DEZ MILHÕES de brasileiros e representa o maior problema de saúde pública tanto no Brasil como nos Estados Unidos. No ano de 1990, nos Estados Unidos, foram gastos mais de CENTO E TRINTA E SEIS BILHÕES DE DÓLARES com problemas decorrentes direta e indiretamente do consumo de álcool, como acidentes, violência e perda da produtividade. No Brasil este prejuízo eqüivale a mais de 5% do PIB, com um prejuízo superior a 15 BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS devido o alcoolismo.
É importante reconhecer que os transtornos causados pelo consumo de álcool não são inteiramente causados por pessoas alcoólatras. Pessoas não dependentes mas que cometem abusos após o seu consumo exagerado (consumo social em excesso) são responsáveis por cerca da metade dos problemas relacionados ao álcool, como acidentes, violência, comportamento inadequado e embriaguez no serviço. O consumo abusivo e persistente de álcool é uma importante causa de morbidade e é responsável por cerca de 200.000 mortes por ano nos Estados Unidos. E este abuso por pessoas não viciadas é responsável por 50% das fatalidades dos acidentes de tráfego. Em quase 70 % dos casos de assassinato e mais de 30 % dos casos de suicídio existe uma relação direta com o consumo abusivo de álcool.
A expectativa de vida para os alcoólatras é menor em 10 a 12 anos, em comparação com a população em geral. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define alcoolismo como o consumo de bebidas alcoólicas de forma continuada causando prejuízo emocional, social e físico ao indivíduo. O alcoolismo é um problema crescente nas sociedades modernas pela existência de uma série de fatores desencadeantes. Um indivíduo normal com ansiedade e depressão apenas controladas pelo álcool, ou um divórcio e desemprego que induzem ao abuso do álcool ou mesmo um executivo competitivo e estressado que consome regularmente álcool são candidatos potenciais para o alcoolismo e seus problemas como gastrite, cirrose, miocardiopatia ou síndrome amnéstica de Korsakoff.
Estima-se que 90% da população adulta dos países civilizados beba álcool com periodicidade, sendo que aproximadamente 50% possui problemas temporários devidos ao alcoolismo e 10 a 15% são alcoólatras crônicos. Isto porque a maioria das pessoas bebe quando se sente miserável - grandes quantidades e com periodicidade - em lugar de fazê-lo quando se sentir feliz - pequenas quantidades e de forma esporádica. Isto influi na qualidade e na quantidade da ingestão alcoólica e na relação que se estabelece entre o álcool e o usuário. O alcoolismo social é uma forma de dependência crônica aceita e praticada pela maioria dos adultos nas sociedades modernas e o alcoolismo agudo e crônico se constituem na principal forma de toxicomania da espécie humana na atualidade.
O controle do alcoolismo na atualidade é feito com medicamentos com propriedades antagonistas opióides, como o naltroxone e o nalmefene. Pois o café possui potentes antagonistas opióides, os quinídeos formados na torra do café a partir dos ácidos clorogênicos. E pouco é conhecido sobre outros efeitos sobre o organismo humano dos quinídeos, que também possuem uma ação inibidora da recaptação da adenosina, atuando também como antagonistas dos efeitos excessivos da cafeína sobre as células, um efeito citoprotetor. Por isto, os ácidos clorogênicos e os quinídeos formados na torra adequada do café podem até ser mais importantes que a cafeína na bebida e de grande ajuda na prevenção e controle da depressão e suas conseqüências como suicídio, alcoolismo/cirrose e mesmo infarto do miocárdio, pois a depressão é um fator de risco de doença coronariana.
Café, cálcio e osteoporose
O consumo moderado de café não interfere na absorção do cálcio e não causa osteoporose
Diversas pesquisas examinaram a relação entre o consumo de cafeína e fraturas do quadril e detectaram que o risco de fratura do quadril apresenta uma modesta relação com o consumo de doses elevadas de cafeína, superiores a cinco xícaras diárias. Mas comentam que o consumo de cafeína esta geralmente associado a outras substâncias, esta relação pode ser indireta e precisa de maiores esclarecimentos para confirmar esta suposição. Outras pesquisas concluíram que não existe relação entre o consumo de cálcio, leite fósforo, proteínas, vitamina C e cafeína e fraturas do quadril. Adicionalmente concluíram que exercícios recreacionais na infância e adolescência parecem ajudar a proteger contra este tipo de fratura.
Um grande número de estudos em mulheres no período pós-menopausa para avaliar a incidência de osteoporose através de um controle da densidade óssea e sua relação com o consumo de cálcio, cafeína e tabaco já foi realizado. Os autores concluíram que a menopausa está associada a uma diminuição da densidade óssea e osteoporose, que pode ser agravada pelo tabagismo, pois este diminui a absorção de cálcio. O consumo moderado de cafeína não possui relação com o problema. Outros autores estudaram a relação entre o consumo de cafeína e a incidência de osteoporose em diversas clínicas especializadas nos Estados Unidos e detectaram que não existe relação entre o consumo moderado de cafeína e uma maior incidência de osteoporose. Recomendam que o consumo exagerado de cafeína deve ser evitado apenas por pessoas idosas e que existe uma relação entre o consumo de cafeína e de tabaco e álcool.
Outras pesquisas mostram que não existe relação entre o consumo de cafeína, osteoporose e fratura do quadril e que apenas o consumo de doses acima de 450 mg diários de cafeína pode influir na ocorrência de osteoporose apenas nas mulheres que consomem uma quantidade inferior a 800 mg de cálcio na dieta. Não existe influência na densidade óssea ou osteoporose nas mulheres que consomem café com pelo menos um copo de leite ao dia e apenas o consumo de cinco xícaras ou mais de café sem um consumo diário de leite pode estar relacionado a uma maior incidência de osteoporose em pessoas idosas ou mulheres pós-menopausa.
O climatério é aquele período da vida da mulher em que ocorre a falta de ovulação, deficiência da secreção de hormônios esteróides e uma série de mudanças regressivas dos caracteres femininos, representando a transição do período reprodutivo (menacme) ao não-reprodutivo (senectude). A menopausa é a última menstruação, que se constitui numa etapa dentro do climatério. As etapas do climatério podem ser dividas em pré, peri e pós-menopausa. A pré-menopausa é o período do final da menacme até a menopausa, a peri-menopausa é o período de um a dois anos que precede a menopausa e a pós-menopausa compreende o período entre a data do último catamênio e a senectude. O tratamento da menopausa é uma prática comum e crescente em clínica médica e estima-se que existam mais de 30 milhões de mulheres na menopausa nos Estados Unidos e mais de 20 milhões no Brasil.
O termo menopausa se refere à cessação da menstruação, tanto como parte normal da idade quanto como conseqüência da remoção cirúrgica de ambos os ovários. Fisiologicamente, um complexo de sintomas precede a cessação do fluxo menstrual e as ovulações tornam-se cada vez mais escassas antes de se estabelecer a menopausa. Uma série de alterações fisiológicas ocorrem por um a três anos, como sensações de calor, sudorese noturna, secura vaginal e dispareunia. Esta última é referida apenas com uma pergunta direta e objetiva pelo médico e resulta de vaginite atrófica devido à deficiência de estrógenos.
A idade média da ocorrência da menopausa na civilização ocidental é em torno dos 51 anos, embora exista grande variação individual. Nos casos de menopausa prematura, esta ocorre antes dos 40 anos de idade, decorrente de um padrão genético ou devido a fenômenos auto-imunes. A menopausa tardia ocorre após os 52 anos de idade. A menopausa cirúrgica devido a ooforectomia bilateral é comum e pode causar uma sintomatologia mais intensa e desagradável, devido à súbita queda no nível dos hormônios sexuais circulantes. Não há evidências de que a menopausa possa ser antecipada ou retardada em conseqüência de distúrbios emocionais ou alterações da personalidade, embora sua ocorrência geralmente se correlacione com eventos importantes na vida da mulher, como divórcio, crises de identidade ou solidão devido ao casamento de filhos adultos. Isso aumenta a sobrecarga emocional e causa grande desgaste psicológico para a mulher na menopausa.
A principal característica do período são as irregularidades dos ciclos menstruais, podendo haver menorragia devido à falta de ovulação e hiperplasia endometrial por ação estrogênica na ausência de progesterona. À medida que a menopausa se aproxima ocorre um aumento das gonadotrofinas, principalmente do FSH, que tem uma elevação mais precoce e maior que o LH. A seguir os ciclos são mais prolongados, tornam-se mais escassos até a completa supressão da menstruação, num período de um a três anos. Qualquer sangramento após este período impõe rigorosa investigação para possível aspiração ou curetagem endometrial, pela possibilidade de câncer de endométrio.
Os fogachos - sensação de calor no tronco e face, com sudorese - ocorrem na grande maioria das mulheres (80%) como conseqüência da diminuição dos hormônios ovarianos e aumento da liberação do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH). Este atua nas áreas adjacentes da iminência média do hipotálamo, onde é produzido, interferindo em áreas que regulam a temperatura, originando os fogachos, que são mais intensos no final do dia, no verão, após a ingestão de bebidas alcoólicas ou comidas quentes e em períodos de grande tensão. Quando os fogachos ocorrem à noite, causam importante sudorese e insônia, o que determina grande fadiga à mulher no dia seguinte.
A mucosa vaginal, com a diminuição dos níveis de estrógeno, torna-se pálida, com menor diâmetro e com menor lubrificação, o que comumente é responsável por dispareunia. A atividade sexual regular, com o uso de lubrificantes como cremes de estrógeno ou testosterona, ou o uso de estrógenos via oral, alivia e previne a dor causada pela relação sexual. A insuficiência estrogênica se reflete na uretra e na bexiga e em mulheres idosas a uretra se converte em estrutura rígida com epitélio delgado e friável. A diminuição da pressão intra-uretral devido a falta de estrogênio favorece o aparecimento de incontinência urinária de esforço. A micção fica difícil, com polaciúria, disúria, retenção e sensação de micção iminente (síndrome uretral). Há maior incidência de coronariopatia aterosclerótica.
A osteoporose ocorre como complicação tardia da menopausa com dores articulares, achatamento das vértebras, cifose, fraturas ósseas (vértebras, costela e colo de fêmur). O uso prolongado de estrógenos protege a mulher de problemas cardíacos, por diminuir o colesterol LDL e aumentar o HDL, além de prevenir a osteoporose, os fogachos e a dispareunia. Seu uso, entretanto, aumenta o risco de câncer de mama, de endométrio (adicionar progestágeno), de litíase biliar e favorece o crescimento de miomas uterinos. Por esse motivo, apenas o médico deve efetuar uma avaliação periódica em toda mulher pós-menopausa em uso crônico de estrógenos pela via sistêmica, através de hormonioterapia de substiuição, de reposição ou suplementação, pois o climatério ocorre devido insuficiência hormonal.
A terapêutica hormonal deve ser individualizada e administrada conforme a fase em que se encontra a paciente, na pré, peri ou pós-menopausa. Pesquisas recentes (HERS e WHI) constataram que o uso de estrogênios conjugados eqüinos na dose de 0,625 mg e acetato de medroxiprogesterona na dose de 2,5 mg aumenta o risco de fenômenos tromboembólicos, o risco relativo de doença coronariana, de acidente vascular cerebral, de calculose biliar e de câncer de mama embora ocorra diminuição no risco de câncer de cólon e de fraturas osteoporóticas de fêmur e coluna. Na atualidade a tendência é o uso de baixas doses de hormônios com efeito suficiente para abolir os sintomas climatéricos, melhorar a atrofia urogenital e prevenir a perda óssea.

Café, depressão e suicídio


Pesquisas modernas mostram que o consumo de café pode diminuir o risco de depressão e suicídio
A depressão mental é uma resposta completamente normal do cérebro humano a situação e adaptação social do indivíduo. Apenas a resposta depressiva tende a integrar o indivíduo numa sociedade, a valorizá-la e nela adaptar-se. O sintoma depressivo é uma forma de reação altamente evoluída do cérebro humano na escala animal e serve para proteger o excesso de individualismo do homem, que pode prejudicar sua integração na sociedade. Também serve para evitar que o indivíduo quebre normas estabelecidas.
Todo ser humano apresenta periodicamente depressão mental, dentro de uma resposta normal do cérebro. Apenas quando ela aparece sem uma causa desencadeante ou permanece por tempo e intensidade demasiados, o indivíduo pode necessitar de ajuda. Tristeza, angústia, medo, saudade e sofrimento são formas atenuadas de depressão e demonstram a reação do indivíduo na sua adaptação familiar e social, representando reações sadias do convívio humano. Cerca de 20 % da população adulta apresentam durante sua vida episódios depressivos com manifestações clinicas significativas que precisam ser controlados com um tratamento especializado com medicamentos. A depressão, como a ansiedade, pode ser a manifestação final de fatores genéticos (disfunção na neurotransmissão central), problemas de desenvolvimento (distúrbios da personalidade), traumas de infância ou de problemas psicossociais (divórcio, desemprego).
A depressão pode ser um fenômeno reacional, normal, podendo também ser parte de uma doença depressiva que requer tratamento médico especifico e eficaz. Em situações de grande tristeza as mulheres ativam uma área do cérebro oito vezes maior que o homem. Esta hiperatividade é seguida por um período de depressão, razão pela qual as mulheres são mais suscetíveis a sofrerem de depressão. Caso a depressão se torne exagerada e anormal, a auto-estima começa a diminuir até atingir um nível zero, onde o risco de suicídio é grande, pela perda total do amor-próprio. Muitas vezes as manifestações de depressão podem ser do tipo irritabilidade ou através do consumo excessivo de álcool ou outras drogas.
Nos Estados Unidos a depressão atinge 20 milhões de pessoas, com prejuízos anuais de 43,7 BILHÕES DE DÓLARES, contabilizando falta ao trabalho, queda de produtividade, gastos com salários, tratamento médico e despesas com casos de suicídio. Estima-se que 10 milhões de brasileiros são atormentados pela doença. O consumo diário de 4 xícaras de café pode ajudar a prevenir a depressão e o suicídio, segundo estudos efetuados em mais de 200.000 pessoas por um período de dez anos por dois grandes centros de pesquisa nos Estados Unidos (Califórnia e Boston), dados estes obtidos pela equipe do autor a partir dos anos 80 entre jovens escolares brasileiros.
O fato do café puro ou com leite na dose de 3 a 4 xícaras diárias ser um agente PREVENTIVO da depressão bem como a possibilidade de um fitoterápico de café ser um agente CURATIVO para a depressão coloca o consumo de café e seus subprodutos como prioridade para a ciência médica que visa combater o mal do século, a depressão. Programas visando um aumento do consumo de café não apenas em escolas mas em todos os locais de trabalho desde empresas a repartições públicas e comerciais em geral poderiam ser implementadas como uma indicação médica para profilaxia do "mal do século".
Uma entre cada quatro pessoas adultas apresenta diversos episódios depressivos durante a vida. A pessoa sofre de um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída.Muitas vezes as manifestações de depressão podem ser do tipo irritabilidade, consumo excessivo de álcool ou outras formas conforme o Quadro abaixo.

- Você esta com depressão?
A doença depressiva, também chamada de transtorno depressivo recorrente ou depressão maior se caracteriza por uma melancolia importante com perda do interesse pela vida, inexistência de prazer em qualquer tipo de atividade e uma grande sensação de invalidez e inutilidade, que progride para alterações das funções vegetativas, com distúrbios do sono, do apetite, da atividade sexual e psicomotora. Retardo motor, sonolência permanente e idéias suicidas refletem casos graves, embora alguns pacientes possam apresentar ansiedade e agitação. O relato de episódios anteriores de depressão reforça o diagnostico. A depressão maior é duas vezes mais comum em mulheres, na faixa dos 35 aos 45 anos, com prevalência de até 3 % em homens e 9 % em mulheres, sendo a duração de um episodio sem tratamento geralmente de um ano. O alcoolismo é uma complicação freqüente, particularmente quando esta possui uma evolução recidivante.
A causa ou anormalidade neuronal na depressão ainda permanece desconhecida, havendo a possibilidade da existência de distúrbios hormonais e de neurotransmissores no cérebro . Este pode ser expresso pela menor formação e liberação de neurotransmissores excitatórios no sistema nervos central ou uma resposta celular alterada, estabelecendo-se um desequilíbrio entre funções reguladas pela serotonina, funções adrenérgicas reguladas por aminas, funções colinérgicas e peptídeos endógenos. Medicamentos antidepressivos parecem atuar na regulação da resposta do receptores a aminas endógenas, sem interferir diretamente com os neurotransmissores.
O estudo do sono de pacientes com depressão revela um encurtamento da latência do sono REM (sono dessincronizado), havendo também relação das doenças depressivas com a diminuição da luz ambiente nos climas frios, evidenciando uma complexa interação entre o homem e a natureza pouco estudada pela ciência médica.
A distimia é um distúrbio depressivo caracterizado por um estado de ânimo constantemente pessimista e sombrio. A pessoa considera o sentimento de infelicidade uma parte integrante de sua personalidade. Remédios antidepressivos podem fazer desaparecer completamente estes problemas. A distimia (neurose depressiva) se caracteriza por um humor deprimido de longa duração e de menor gravidade comparada com a depressão maior, sendo que muitos pacientes possuem fatores situacionais desencadeantes do problema, sendo comum o abuso de medicamentos e drogas, em indivíduos com uma personalidade dependente e com traços obsessivos.
O quadro de distimia é diagnosticado em todo o paciente que apresentar no mínimo dois anos ( um ano nas crianças e adolescentes ) uma depressão do humor na maior parte do dia ( individuo comumente triste ou deprimido ), juntamente com no mínimo dois dos seguintes achados: 
1) pouco apetite ou bulimia, 
2) insônia ou hipersonia, 
3) fadiga ou falta de energia, 
4) auto-estima baixa, 
5) dificuldade de concentração e de tomar decisões 
6) pessimismo. 
O paciente nunca fica mais de dois meses sem os sintomas e não ha evidencias claras de um episodio importante de depressão durante os primeiros anos do distúrbio, não havendo relato de episódios de mania nem é possível identificar sintomas psicóticos ou sintomas residuais da esquizofrenia. A incidência de distimia e de depressão é menor entre adultos e crianças que tomam 4 xícaras de café por dia em comparação aos que não tomam ou tomam menos que isso.
Pouco é conhecido sobre o papel dos peptídeos endógenos e o estado de humor. Mas sabe-se muito bem os efeitos que medicamentos que bloqueiam os receptores dos peptídeos fazem no organismo. A morfina causa uma potente sensação de contentamento, bem estar e euforia. Num paciente com dor intensa, a morfina reduz a sensação de dor (nocicepção) ao mesmo tempo que reduz fortemente o desconforto (componente afetivo), atuando em outros locais do cérebro, como o sistema límbico, importante no estado de humor de cada um. Isto evidencia que peptídeos endógenos são importantes no estado de humor e que o bloqueio de receptores opióides de forma prolongada pode ser benéfico, desde que não ocorram efeitos colaterais importantes. Isto pode ser obtido com o consumo diário e moderado de café.

Dicas de preparação de café

Após todo processo produtivo, o café passa pela etapa do preparo para consumo. O preparo correto é fundamental pois é nesta etapa que todo esforço de produzir um café de qualidade culmina. O preparo, que consiste na extração do sabor e aroma do café torrado e moído através de água quente, possui variantes culturais que determinam diferentes processos de preparo, mas deve seguir algumas regras básicas para a obtenção de um bom café.

A adição de água quente ao café torrado e moído, produzindo então a bebida café, é um processo chamado de infusão, e pode ocorrer por filtragem, percolação, prensagem ou pressão, sendo que cada um destes produz tipos de bebidas distintas.
Filtragem: O pó é acondicionado em um filtro, de papel ou de pano, com adição de água quente não fervente por cima. Este método é muito utilizado na cultura brasileira de preparo, através de coadores caseiros e cafeteiras elétricas, dando origem ao tradicional cafezinho.
Percolação:  Método onde se coloca o pó de café no centro de um equipamento moka, que posicionado em um fogão faz a água entrar em ebulição e pressionar café líquido para um recipiente. É a forma mais utilizada para consumo de café na Europa.
Prensagem: em um recipiente de vidro se coloca o pó de café misturado com água quente não fervente e em seguida introduz-se um filtro que é pressionado por um êmbolo que separa o pó do café já pronto para consumo. O método, que virou moda entre os norte-americanos, é conhecido como Prensa Francesa.
Pressão: conhecido como café expresso, neste preparo o café é moído na hora e acondicionado em um filtro que sofre uma pressão de água a 90oC e 9Kg de pressão durante 30 segundos em média, gerando uma bebida cremosa e aromática. Criado pelos franceses, o café expresso é considerado o método mais apropriado para apreciação de todas as nuances desta bebida.


• Quanto melhor o café, maior é a extração e melhor o sabor da bebida.

• Veja a data de fabricação do café. Café recém torrado tem mais sabor.
• O café moído se deteriora facilmente em função do ar, da umidade, do calor, do tempo e do contato com odores estranhos. Por isso ele deve ficar acondicionado sempre distante desses riscos. Guarde o café não utilizado em um recepiente com boa vedação, na geladeira.
• A água utilizada deve ser pura e limpa. Utilize sempre água filtrada ou mineral na preparação do café.
• Prepare somente a quantidade de bebida que vai ser consumida imediatamente ou, no máximo, durante a hora  seguinte.
• O tempo de contato entre água e café deve ser:

- Para moagem fina - até 4 minutos

- Para moagem média - de 4 a 6 minutos
- Para moagem grossa - de 6 a 9 minutos
*Este tempo varia conforme o equipamento e a preferência pessoal.

• Use a medida correta. Utilize de 80 a 100 gramas de pó (aproximadamente 5 a 6 colheres de sopa) para 1 litro de  água. Se a bebida resultar sem sabor, aumente a quantidade de café. Se ela ficar amarga, áspera ou  desagradável, diminua o tempo de contato da água com o café, diminuindo a quantidade do pó.
• A água utilizada deve ser apenas aquecida - não pode ferver, pois a perda de oxigênio altera a acidez do café. A  temperatura ideal de preparo é próxima dos 90oC.
• Pelo pó de café deve passar somente água quente, jamais a bebida. A recirculação torna a bebida muito amarga,  áspera e desagradável.
• O café usado (café esgotado, borra) é o pior inimigo do sabor, aroma, da cafeteira e da sua saúde. Jogue-o fora.  Nunca o reutilize, sequer misturando-o ao café fresco. Para garantir a qualidade ideal, o café já usado e a bebida  preparada devem ficar sempre separados.
• Deguste com prazer uma bebida fresca, um café preparado na hora, ou o mais recente possível. A característica  da bebida café é a de ir deteriorando-se lentamente e, por isso, um café preparado há mais tempo não tem o  mesmo sabor agradável de um café fresco.
• Beba o café em xícaras de porcelana. O sabor fica destacado e a temperatura constante.
• No caso do uso de garrafas térmicas, estas devem ser muito limpas e de uso exclusivo do café.
• Nunca prepare ou armazene a bebida já adoçada porque se formará uma crosta de caramelo de mal sabor nas paredes do recipiente.



• Utilize cafés com moagem média ou fina.

• Use uma medida padrão para a qualidade do pó. Use a medida correta. Utilize de 80 a 100 gramas de pó (aproximadamente 5 a 6 colheres de sopa) para 1 litro de água. A medida correta deve ser experimentada até encontrar aquela que melhor atenda ao seu paladar.


• A água utilizada deve ser pura e limpa. Utilize sempre água filtrada ou mineral na preparação do café.

• Colocar o pó de café na água quente antes de entrar em ebulição (cerca de 90º C). Mexer com colher de pau até fazer um creme na superfície do recipiente. A colher de pau deve ser de uso exclusivo do café. Não utilize a mesma colher em temperos, refogados ou outros alimentos.
• Pode-se também colocar o pó de café no coador, umedecendo todo o pó e despejando a água em fio.
• Se desejar café bem quente, escalde o recipiente, bule ou garrafa térmica, antes de fazer o café.
• Quando novos, os coadores de pano devem ser fervidos em água com café para retirar a goma ou outros resíduos e para que eles adquiram o aroma do café.
• Após serem utilizados, os coadores de pano devem ser lavados somente com água e jamais com detergentes, alvejantes ou mesmo com café que sobrou.


• Utilize cafés com moagem média ou fina.

• Use uma medida padrão para a quantidade de pó. Recomenda-se 80g a 100g de pó para um litro de bebida (5 a 6 colheres de sopa). A medida correta deve ser experimentada até encontrar aquela que melhor atenda o seu paladar.
• O filtro de papel deve ter o mesmo tamanho e forma do porta-filtros.
• Coloque o pó no filtro, espalhando-o uniformemente. Não compacte, nem aperte a camada de café.
• A água utilizada deve ser pura e limpa. Utilize sempre água filtrada ou mineral na preparação do café.
• Imediatamente antes da fervura (90ºC), despeje a água sobre o pó, umedecendo-o todo. Comece molhando o pó de café das beiradas para o centro do coador/filtro. Em seguida, despeje a água lentamente (em fio) bem no centro do filtro, sem misturar com a colher.
• Quanto mais lentamente despejar a água, mais escuro resultará o café. Entretanto não exceda 4 a 6 minutos, para que a extração excessiva não torne o café amargo.
• Para um café bem quente, escalde o bule ou garrafa térmica pouco antes de fazer o café.
• Jogue fora o filtro e o café já usados. Não passe a bebida novamente pelo café esgotado porque ela ficará amarga e com sabor desagradável.
• A preparação em cafeteiras elétricas utiliza o mesmo tipo de café e as mesmas medidas. Para fazer quantidades grandes (mais que 12 xícaras pequenas), o longo tempo de preparo pode resultar em sabor amargo. Se isto ocorrer, faça menos xícaras por vez.


O Café "Espresso" - Expresso é o café exclusivo, preparado sob pressão, em doses individuais para ser saboreado no exato momento da extração. É um café resultante da combinação dos mais intensos aromas e sabores.

• Para prepará-lo é melhor utilizar grãos frescos, de alta qualidade, com aroma e sabor intensos, moídos adequadamente e comprimidos de forma correta onde a água passa sob pressão.
• As máquinas devem permitir a operação com pressão de 9 atmosferas (atm) e temperatura de 90º C, num tempo que varia de 25 a 30 segundos. Estas são condições ideais para a obtenção de um café expresso excelente.
• O café expresso é concentrado - 7 gramas de pó para até 50ml de água - de aroma e sabor intensos com um bom corpo e persistência no paladar, coberto por um denso creme cor de avelã (marrom claro) em toda superfície da xícara, cuja espessura deve estar entre 3mm e 4mm.
O Creme do Café - Expresso A espessa e rica camada de creme serve para manutenção da temperatura e preservação do aroma do expresso antes de ser consumido. Nestas condições, o expresso retém uma porção de açúcar durante alguns segundos.
• O creme (e não a espuma, que se desfaz rapidamente) permanece na xícara por um longo período. Ele marca e adere à parede da xícara.
• O creme espesso e duradouro é o sinal mais importante de que o expresso foi bem tirado. O preparador deve estar sempre atento. Se o creme não se formou é porque a moagem está grossa, o tempo de extração foi curto e o café não foi bem tirado (ficará muito fraco).
• O expresso bem tirado tem creme espesso, com cor homogênea e retém uma porção de açúcar (teste do açúcar) durante alguns segundos.
Dicas de preparo
• O café expresso deve ser preparado de preferência com grãos recém torrados. Moa o café um pouco antes da preparação.
• A torra do expresso é mais clara (média para clara). Assim os óleos aromáticos são preservados. Grãos muito torrados tornam-se oleosos, perdendo aroma e sabor e deixando o expresso mais amargo.
• A primeira providência para o expresso perfeito é encontrar a moagem ideal do pó. A moagem aconselhada é a média. Se ela for muito grossa, a água passa mais rápido pelo filtro e a bebida fica fraca, sem a formação do creme. Se for muito fina, a água demora mais a sair, deixando a bebida amarga e manchas brancas no creme. Além disso o pó deve ser comprimido adequadamente.
Números para o preparo correto de um café expresso:

- 50 ml de água (expresso normal); 30 ml de água (curto)

- 7 gramas de café
- 90oC de temperatura para a água
- 9 bar de pressão para a máquina do café expresso
- 30 segundos de tempo para de infusão da bebida

• O creme deve ser consistente - ao consumir a bebida o creme fica grudado na parede da xícara. A sua cor deve ser bege escura.
• O creme serve para manter a temperatura da bebida e preservar seu aroma. Mesmo que a pessoa não adicione açúcar ou adoçante, o café deve ser mexido para que seus aromas possam ser sentidos.
Grau de torraCaracterísticasEquipamento
ClaraAcentuada acidez, suavidade do aroma e sabor, menos amargorIdeal para máquinas de café expresso
MédiaAcentua o aroma e o saborIdeal para coador de pano ou filtro de papel
EscuraDiminui a acidez, acentua sabor amargo, bebida mais escura

O tempo de preparação é influenciado pela moagem, pois numa moagem muito fina, a água levará mais tempo para passar pelo pó, resultando numa extração superior. 
Grau de moagemPreparo
PulverizadoCafé árabe, onde o pó não é coado
Fina / MédiaFiltração (filtros de papel, coador de pano)
MédiaCafé espresso
GrossaPercolação - cafeteira italiana

- Prepare somente a quantidade de bebida que vai ser consumida imediatamente ou, no máximo, durante a hora seguinte. 
- Se for utilizar coador de pano, este deve ser lavado somente com água, jamais com detergentes, alvejantes ou mesmo com café que sobrou. 
- Vale lembrar que o coador de pano, quando utilizado pela primeira vez deve ser fervido com a bebida café e deixado de molho por aproximadamente 3 horas, para que o passe para o café o gosto do pano.
- Filtro de papel deve ter o mesmo tamanho e forma do porta-filtros. Coloque o pó no filtro, espalhando-o uniformemente. Não compacte, nem aperte a camada de café. 
- Para um café bem quente, escalde o bule ou garrafa térmica pouco antes de fazer o café.
- A água utilizada deve ser pura e limpa, preferencialmente filtrada ou mineral. 
- O tempo de contato entre água e café deve ser:
Para montagem fina: até 4 minutos
Para montagem média: de 4 a 6 minutos
Para montagem grossa: de 6 a 9 minutos

   


A BORRA DE CAFÉ NO COMBATE À DENGUE:

Descobriu-se mais um aliado no combate à dengue: o Café. Todos os dias milhares de pessoas, pelo mundo inteiro, preparam pela manhã o seu delicioso cafezinho, jogando fora a borra que sobra. Pesquisadores descobriram que esta borra atrapalha o ciclo reprodutivo do mosquito, além de matar os ovos e as larvas do mesmo. Basta usá-la como se usaria a areia nos pratinhos de plantas, ou diluí-la para colocar em outros locais. 

O CAFÉ COMO COSMÉTICO:


Segundo a esteticista Cida Costa, do Day Clinic Vitaderm (São Paulo), o café verde orgânico (associado à argila e a oligoelementos) tem ativos que possuem propriedades anticelulite, capazes de atenuar bastantes os indesejados “furinhos”, além de propriedades de quebra e eliminação de gordura. Ele deve ser aplicado em todo o corpo (do pescoço aos pés) e ser deixado para agir durante 30 minutos, quando deverá ser removido e substituído por uma aplicação hidratante. São recomendadas no mínimo dez seções, duas vezes por semana.



Fontes:
http://187.45.228.120/abic/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home

http://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9

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