Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.
“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”
TweetarVida simples ou simplicidade voluntária é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o "quanto mais melhor", em termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples por diferentes razões que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida e do tempo passado com a família e amigos, redução do stress , preservação domeio ambiente, justiça social ou anti-consumismo , enquanto outros escolhem viver mais simplesmente por preferência pessoal ou por razões econômicas - embora a vida simples seja essencialmente uma escolha e nada tenha a ver com "pobreza forçada".
A pobreza é involuntária e debilitante, a simplicidade é voluntária e mobilizadora, adverte Duane Elgin, autor do livro Simplicidade Voluntária. Significa fazer um esforço consciente para descobrir o que realmente é importante e abrir mão do que é supérfluo, descobrindo assim queuma vida mais frugal exteriormente pode ser muito mais rica e abundante interiormente.
Embora o ascetismo possa assemelhar-se à simplicidade voluntária, aqueles que aderem à vida simples nada têm de ascéticos.
O termo downshifting (redução de velocidade, intensidade ou nível de atividade) é freqüentemente usado para descrever o ato de mudar de um estilo de vida de maior consumo para um outro, baseado na simplicidade voluntária. Mas o downshifting, como conceito, embora tenha muitos pontos comuns com a simplicidade voluntária, é um outro conceito.
Prática
Algumas pessoas que praticam a simplicidade voluntária, agem conscientemente para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e bens, e por extensão, reduzir também a necessidade de vender o seu tempo por dinheiro. Alguns usarão as horas extras a mais para ajudar os seus familiares ou a sociedade, se voluntariando para alguma atividade. Durante a época de comemorações, estas pessoas também presenteiam os outros utilizando meios alternativos. Alguns outros podem também utilizar o tempo para melhorar a própria qualidade de vida, fazendo atividades criativas como arte ou artesanato.
Outra abordagem é procurar a verdadeira razão de toda a problemática do porque nós compramos e consumimos tantos recursos para ter uma certa qualidade de vida.
Meio Ambiente
Uma das preocupações de quem escolhe o estilo de vida simples, é o meio ambiente. O estilo de vida consumista impacta o mundo, por isso, é preciso estar atento, rever e refletir sobre a real necessidade das nossas compras e da quantidade de recursos que são utilizados para mantê-las. Opte por bens "amigos da natureza", e sempre que possível, procure compartilhar bens pouco usados, com vizinhos e amigos.
Crítica ao Pensamento Econômico Dominante -
Segundo seus críticos, as principais conseqüências do produtivismo - entendido como a ênfase dada aos aumentos de produtividade e ao crescimento, nas sociedades industriais, tanto socialistas como capitalistas - seriam:
Esgotamento dos recursos energéticos - (petróleo, gás, urânio, carvão) - no próximo século, caso se mantenha o atual ritmo de crescimento do consumo.
Evolução do padrão de vida dos países do hemisfério norte em detrimento dos países do sul, no que diz respeito a transportes,saneamento, alimentação, etc.
Embora o produtivismo tenha sido parcialmente questionado pelos defensores do desenvolvimento sustentável, a crítica dos adversários do crescimento é mais radical já que consideram o próprio desenvolvimento sustentável como um oximoro - uma contradição em termos. Odesenvolvimento não pode ser sustentável, uma vez que o aumento constante da produção de bens e serviços também provoca aumento do consumo de recursos naturais, acelerando portanto o seu esgotamento - lembrando que 20% da população mundial já consomem 85% dos recursos naturais.
Além disso, os adeptos do decrescimento tentam mostrar que mesmo a esperada "desmaterialização da economia" - pelo deslocamento do eixo da atividade econômica para o setor terciário, menos demandante de recursos naturais e, particularmente, de energia - acabou por se revelar uma ilusão. Segundo Serge Latouche, a "nova economia" é relativamente imaterial (ou menos material), porém, mais do que substituição da antiga economia pela nova, o que existe são relações de complementaridade entre ambas. No final, todos os indicadores mostram que a extração de recursos continua a crescer.
Pressupostos da Teoria do Decrescimento -
Segundo Latouche, o conceito de decrescimento baseia-se, num primeiro momento, na crítica antropológica da modernidade e do homo economicus, nos anos 1970, quando a mensagem de Ivan Illich é a de que viveríamos melhor de outra maneira - ou seja, seria desejável sair deste sistema. O segundo momento da teoria do decrescimento - ligado, principalmente, à ecologia e ao relatório do Clube de Roma - quando se torna imperativo, por razões físicas, sair desse sistema.
Fomos formatados pelo imaginário do 'sempre mais', da acumulação ilimitada, dessa mecânica que parece virtuosa e que agora se mostra infernal por seus efeitos destruidores sobre a humanidade e o planeta. A necessidade de mudar essa lógica é a de reinventar uma sociedade em uma escala humana, uma sociedade que reencontre seu sentido da medida e do limite que nos é imposto porque, como dizia meu colega Nicholas Georgescu-Roegen, 'um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito'.
O funcionamento do sistema econômico atual depende essencialmente de recursos não renováveis e portanto não pode se perpetuar. As reservas de matérias-primas são limitadas, sobretudo quanto a fontes de energia, o que contradiz o princípio de crescimento ilimitado do PIB.
Não existe evidência da possibilidade de separar crescimento econômico do aumento do seu impacto ambiental.
A riqueza produzida pelos sistemas econômicos não consiste apenas de bens e serviços. Há outras formas de riqueza social, tais como a saúde dos ecossistemas, a qualidade da justiça e das relações entre os membros de uma sociedade, o grau de igualdade e o caráter democrático das instituições. O crescimento da riqueza material, medido apenas por indicadores monetários pode ocorrer em detrimento dessas outras formas de riqueza.
As sociedades ocidentais, dependentes do consumo supérfluo, em geral não percebem a progressiva perda de riquezas como aqualidade de vida e subestimam a reação das populações excluídas - a exemplo da violência nas periferias e o ressentimento em relação ao ocidente, por parte dos países que não apresentam o padrão de desenvolvimento econômico ocidental.
Para os teóricos do decrescimento sustentável o PIB é uma medida apenas parcial da riqueza e , se se pretende restabelecer toda a variedade de riquezas possíveis, é preciso deixar de utilizá-lo como bússola. Neste sentido, defendem a utilização de outros indicadores tais como IDH, a "pegada ecológica" e o Índice de Saúde Social.
Reproduzimos abaixo uma entrevista com a escritora Vicki Robin sobre o fenômeno do consumismo e o seu impacto em nossas vidas e na vida do planeta. Vicki Robin é uma das fundadoras do movimento da Simplicidade Voluntária, bastante difundido nos países "desenvolvidos", porém com muito pouca penetração nas mídias. Notem o interessante raciocínio da escritora.
"Precisamos estar abertos para mudanças fundamentais de mentalidade. Uma vez entendido esse aspecto, começamos a compreender que o futuro não é fixo, que vivemos num mundo de possibilidades. Ainda assim, a maior parte de nós carrega um profundo senso de resignação. Resignamo-nos a acreditar que não podemos influenciar o mundo, pelo menos não numa escala que faça diferença. Portanto, enfocamos na escala pequena, onde achamos que temos influência. Fazemos o melhor possível com nossos filhos, ou trabalhamos em nossos relacionamentos, ou enfocamos a construção de uma carreira. Mas, lá no fundo, estamos resignados a sermos absolutamente impotentes no mundo mais amplo. Assim, se tivermos um mundo de pessoas em que todos se sintam impotentes, teremos um futuro pré-determinado. Então, vivemos indefesos e sem esperança, num estado de grande desespero. E esse desespero é, na verdade, um produto de como pensamos, uma espécie de profecia auto-realizável" - Joseph Jaworski.
Vicki Robin costuma se comparar a uma missionária que viaja pelo mundo aplicando vacinas. Uma das fundadoras do movimento Simplicidade Voluntária, ela está no Brasil para uma série de palestras em várias capitais. Nelas, tenta ensinar os ouvintes a não buscar a felicidade no shopping, a pensar duas vezes para abrir a carteira e a fazer um exercício antes de comprar qualquer coisa: calcular quantas horas de trabalho foram necessárias para ganhar o dinheiro que se pretende gastar. Vicki percorre o mundo ensinando a não gastar dinheiro.
Americana, tem 60 anos, viúva, sem filhos. Vive com uma gata, Sophie. É escritora, graduada pela Universidade Brown. Livros escritos por ela: "Seu Dinheiro ou Sua Vida", traduzido para dez idiomas e "Se Este É um País Livre, Por Que não Me Sinto Livre?".
ÉPOCA - Por que se consome tanto hoje em dia?
Vicki Robin - Porque a cultura do consumismo vende a vergonha. Se a propaganda puder envergonhar alguém, terá um consumidor em potencial. As pessoas se envergonham de não ter algo. E correm às compras para cobrir essa vergonha imediatamente. Dessa forma, nossa cultura vende vergonha e sentimento de inferioridade. E ninguém quer ser inferior aos outros.
ÉPOCA - Como isso acontece?
Vicki - As propagandas passam a idéia de que você é infeliz, gorda e feia. Ao comprar determinado produto, porém, poderá ser feliz, jovem, magra. E com namorado. Sutilmente, dizem que podem melhorar sua vida. Além disso, a cultura do consumo corta a ligação com a família. Quem tem amigos não consome tanto. Quando se tem família, tudo acontece ao redor dela. Longe de ambos, é preciso pagar por tudo. O consumismo cresce quando essas ligações são rompidas. O consumismo nos ensina que o mundo é morto, sem vida. Ele faz você se sentir sozinho. Por isso, tento reconectar as pessoas entre si e com seu mundo interior.
ÉPOCA - No livro Seu Dinheiro ou Sua Vida, a senhora ensina a calcular o salário real. Como se faz isso?
Vicki - Vamos pensar em alguém que ganha R$ 20 por hora. Ele paga impostos e gasta com transporte, alimentação e roupas para trabalhar. Na verdade, então, ganha cerca de R$ 10. Além disso, não trabalha apenas as oito horas no escritório. Com o trânsito de São Paulo, arrisco dizer que as pessoas devem gastar duas horas por dia para ir e voltar. E outras tantas se preparando para o trabalho - sempre resta um relatório para ler em casa. Então, não são mais R$ 10, mas apenas uns R$ 5. Quando você se dá conta do tempo que as coisas exigem, vê que uma blusa não custa R$ 75, mas sim 15 horas de seu trabalho. Se pensar assim, comprará menos. A cura para essa loucura do consumismo está na consciência. Não é para deixar de comprar. É deixar de buscar a felicidade nas compras. Não é uma maneira de dizer que o consumo é ruim e que você não deve praticá-lo. A questão é despertar desse pesadelo chamado consumismo. ''O consumismo enche todas as horas de nosso dia. É a doença do muito. Não temos tempo sequer para pensar no que realmente queremos
ÉPOCA - O que os leitores do livro relatam?
Vicki - As pessoas que seguem os passos ensinados diminuem seus gastos em cerca de 20%. Elas sentem que têm o controle de sua vida e são inteligentes. Às vezes, ficam orgulhosas por haver despertado isso também nos outros. É importante saber que as blusas ou cadeiras que compramos consomem parte da energia vital da Terra. Não usamos apenas os recursos renováveis, mas também arrancamos mais árvores do que a floresta tem capacidade de repor.
ÉPOCA - As pessoas são mais felizes se compram mais?
Vicki -É o que chamamos de curva da felicidade. Quando você compra o que é necessário para sobreviver, há muita alegria em relação ao valor gasto. Quando é por conforto, a alegria é menor. Depois de certo ponto, comprar não dá mais felicidade. Tudo será lixo - coisas que você compra, mas que não lhe dão nada. Pode ser até mesmo uma casa.
ÉPOCA - Existe uma receita para viver com simplicidade?
Vicki - É uma vida com intenções, na qual a pessoa pensa em seus valores e no que é importante. É uma maneira de refletir sobre o que está acontecendo. Quem sonha muito não está refletindo. Se refletimos, podemos nos distanciar dos assuntos e ponderar melhor. Depois, voltamos ao curso normal da vida com mais consciência. Muitas vezes, numa sociedade consumista, as pessoas se dão conta de que têm muito, consomem muito, fazem tudo muito rápido e não têm horas suficientes para fazer o que realmente querem. É a doença do muito. O consumismo nos distrai e enche todas as horas do dia. Quando estamos cansados, não temos tempo sequer para pensar no que realmente queremos. Vida simples é viver com o suficiente, o essencial.
ÉPOCA - É possível levar uma vida simples nas grandes cidades?
Vicki - Sim, na cidade ou no campo, sem que seja preciso plantar suas verduras. Na cidade estamos mais abertos ao consumismo. No entanto, podemos fazer mais coisas com os amigos, o que no campo é difícil. E também temos a opção de não consumir indo à biblioteca em vez de comprar um livro.
ÉPOCA - As crianças de hoje começam a consumir muito cedo. Existe um modo de minimizar isso?
Vicki - A indústria de propaganda mira conscientemente as crianças. Sabe que, se as ensinam cedo a tomar Coca-Cola em vez de Pepsi, avida inteira consumirão Coca-Cola sem se dar conta. As agências de propaganda sabem detalhes como o tom de vermelho de que uma criança de 2 anos gosta. As crianças ficam muito tempo em frente à televisão. Nos primeiros cinco anos, aprendem a realidade por meio da TV. Por isso é muito difícil uma pessoa, ao chegar aos 40, se dar conta de que algo que ela entende desde a infância como verdade não é verdade. A Coca-Cola vai ser melhor que a Pepsi para sempre.
ÉPOCA - As pessoas nunca se dão conta disso?
Vicki - O ser humano só descobre o que quer ao ver o que o outro tem. Nessa cultura da propaganda, vemos muita gente com muito mais que nós. O estilo de vida dos ricos está nas revistas. Disso surgem os desejos. Se você não pode ter algo, fica deprimido. Compra para não se sentir pior que o outro. É o que acontece com os negros americanos, que compram para ser como os brancos. Nos Estados Unidos, somos tão racistas que os negros se endividam para comprar as mesmas coisas que os brancos. Com isso, criam dívidas enormes.
ÉPOCA - Muitas pessoas dizem que têm o direito de gastar o que querem porque ganham seu dinheiro. O que dizer a elas?
Vicki - É a lei do consumismo. Se tenho dinheiro, posso comprar o que quero sem pensar. É muito difícil confrontar essas pessoas, pois a cultura nos diz que isso é correto.
Você sabia que o pessoal de marketing e propaganda no mundo inteiro, está trabalhando avidamente neste exato momento para produzir campanhas irresistíveis para "vender seu peixe". É preciso que estejamos bem conscientes disso. A sociedade de consumo, a globalização, tem um único objetivo: transformar o mundo num grande mercado persa, onde todos comprem de tudo, levem para casa e voltem imediatamente para buscar mais.
- O primeiro passo é sermos mais críticos frente à máquina da propaganda moderna. Precisamos aprender a rir da grande maioria dos anúncios de tv que teimam em nos fazer desejar e ver como imprescindíveis seus produtos. Precisamos ensinar nossas crianças a ter esse espírito de discernimento também. O mundo capitalista, simplesmente não pode continuar a consumir tanto, a produzir tanto lixo, a consumir despudoradamente, enquanto uma grande massa da população mundial passa fome e não tem as mínimas necessidades atendidas.
Quem precisa de um carro novo a cada ano? Somente aqueles pobres ridículos que desejam se pavonear e mostrar aos menos ricos o quanto eles "podem". É um narcisismo mesclado com exibicionismo e poder. Quem precisa mudar a decoração da casa a cada ano, comprar roupas novas a cada modismo dos confeccionistas? Somente aqueles que não encontraram dentro de si mesmos a beleza, a riqueza interior e precisam exibir algo que acreditam ser o melhor neles.
- Segundo, aprenda a confiar e acreditar mais. Precisamos aprender a confiar e a nos libertar do "poder do dinheiro". Somente se realmente precisar e puder, vá e compre. Isso ajuda muito a reduzir nossas compras por impulso. Nos dá um tempo para discernir se isso que tanto desejamos é realmente necessário.
- Terceiro, enfatize a qualidade de vida acima da quantidade de vida. Recuse-se a definir a vida em termos de TER e não de SER. Cultive também a solidão e o silêncio. Descubra maneiras novas de se relacionar consigo mesmo, com os seus, com seus amigos, vizinhos. Valorize mais suas amizades, seus filhos, sua esposa. Aprenda a gastar mais tempo em conversar com seus filhos, seu cônjuge. Muitas vezes quando percebemos, estamos convivendo com estranhos dentro de casa, por falta de tempo de uma boa conversa "jogada fora". Valorize a arte, a boa música, os livros, as viagens significativas, ao invés de ficar diante de uma tv por horas a fio, jogando literalmente a vida fora. Idem quanto aos jogos eletrônicos, onde se fica horas e horas, sempre tentando ganhar de uma máquina, perdendo as vezes dinheiro, sono, paciência. Diga não a toda competição, mesmo que seja num joguinho, video game, etc... Aumentar a qualidade de vida signfiica diminuir o desejo material, portanto, feche seus ouvidos ao "canto da sereia" que diz, "compre, compre, compre!"
(ASSISTA AO FILME NO FINAL DA MATÉRIA!)
- Quarto - Pratique uma recreação saudável, feliz e livre de aparelhos. Você não precisa de uma roupa cara de corrida para correr em volta do quarteirão. Caminhar, correr e nadar estão entre as melhores formas de exercício humano e requerem um mínimo de equipamento. Achegue-se à terra caminhando pelo campo, acampando e fazendo excursões a pé.
A bicicleta é uma forma maravilhosa de transporte que usa energia renovável. Para isso não é necessário ter uma bicleta último tipo. Compre um modelo mais simples, assim você poderá comprar para seus filhos, esposo(a), e juntos poderão sair para pedalar, estreitando o amor, a amizade, curtindo a natureza.
Estimule nos seus filhos, família, os jogos e brincadeiras de cooperação. Por que temos necessidade de ganhar SEMPRE? É possível divertir-se sem que haja ganhadores ou perdedores. Necessitamos de mais tempo para brincar com nossas crianças, de nos sentarmos de novo nas calçadas para bater-papo com os vizinhos, amigos, como nossos pais e avós sempre fizeram.
- Quinto - Aprenda a comer sensato e sensivelmente. Rejeite produtos cheios de químicos venenosas, cores artificiais, e outros meios questionáveis usados para prduzir alimentos industrializados. Elimine alimentos embutidos. Torne-se sensível a toda a cadeia de bioalimentção e prefira os alimentos que não violentem este equilíbrio, tais como frutas e cereais. Animais alimentados com ração são um luxo que a cadeia de bioalimentação não pode sustentar para as massas da humanidade por muito tempo.
Aprenda a alegria de plantar uma horta, mesmo que ela consista de vasos no beiral da janela. Com árvores anãs no quintal você pode ter frutas dignas de um rei.
Tanto quanto possível, compre mais alimentos produzidos localmente para economizar a energia requerida para o transporte. Aproveite as cooperativas de produtores e consumidores. Transforme em adubo composto todo o lixo que puder. Recicle todos os itens que puder. Plante todo o alimento fresco que puder.
Coma fora menos. Quando comer, faça disto uma celebração. Uma maçã, um pedaço de pão, um copo e leite é mais rápido do que os restaurantes de comida rápida e também muito mais nutritivo e saudável. Isto para um dia em que não tiver tempo de almoçar, ou até sem dinheiro, quem sabe. Todos temos os nossos dias de "durango-kid", ou não? Quem sabe se você não pode se privar um dia por mês, ou por semana, do seu almoço, e oferecê-lo a um menos favorecido? Em vez de comprar pílulas para emagrecer, compre menos alimentos, coma menos. Planeje sua compras no mercado! Você emagrece sem gastar tanto!
Sexto - Conheça a diferença entre viagens significativas e viagens desnecessárias. Para começar, recuse-se a acreditar na mentira de que você perdeu a metade da vida se não viu todos os locais glamurosos desse mundo. Muitas das pessoas mais sábias e mais realizadas no mundo nunca viajaram a parte alguma. Se você viajar, vá com propósito. Vá além dos folhetos espalhafatosos de viagem com seus cenários de afluência dourada, porque não ir à lugares de angústia e dor e necessidade humana? Hospede-se em lugares que identifiquem as pessoas comuns do país. Quando Albert Schweitzer visitou os Estados Unidos, os jornalistas lhe perguntaram porque viajava de terceira classe no trem. Respondeu ele: "Por que não há uma quarta classe!"
Familiarize-se com as pessoas tanto quanto você faz com lugares. Faça um esforço genuíno de comunicar-se; você será enriquecido pela experiência. Por que sempre precisamos ver as pessoas de outras culturas como excêntricas que devem ser examinadas, fotografadas, tornando-se suas fotos muitas vezes motivo até de chacota? Questione também essa sua necessidade de estar viajando a cada feriadão. Tudo é bom, desde que não se torne escravidão, ou fazer porque todos fazem assim. Seja mais consciente de suas motivações. Mais senhor e senhora de seus atos!
Sétimo - Compre coisas por sua utilidade, em vez de status. Ao construir ou comprar casas, deve-se pensar em sua habitabilidade em vez de quanto impressionará os outros. Não tenha mais casa do que é razoável. Afinal, quem precisa de sete cômodos para duas pessoas? Você vive sozinho após criar uma família grande? Em vez de deixar sua casa espaçosa, cheia de lembranças maravilhosas, porque não se mudar para um lugar menor, mais fácil de cuidar? Ou então, quem sabe convidar algum parente, amigo, que também more sozinho para morar com você e assim não ficam tão sozinhos? Encham a casa de risadas e conversas normais que ajudam a abrandar a solidão.
Oitavo - Mobiliário, decoração da casa, pode ser de bom gosto e utilidade, sem custar um exagero. Sua mobília deve refletir você e não alguma vitrine fria e artificial, que nada tem a ver com você. Remodele, construa, dê um novo acabamento a boas peças usadas e verá como sua casa fica bonita e aconchegante, sem que você se transforme em um escravo(a) da decoração.
Nono - Aprenda a comprar barganhas. Procure em lojas de objetos usados e você encontrará muita coisa boa que dará aquele toque especial naquele cômodo de sua casa. Lembre-se também que adquirir um item de que não precisamos, mesmo que a um preço ridiculamente baixo não é vantagem alguma. Pense bem em todas as liquidações sensacionais a que você já foi. O que realmente foi de proveito? Muitas vezes se chega em casa carregado de sacolas de compras, sem que na verdade tenhamos necessidade daquilo. É a nossa compulsão de comprar! Cuidado, é melhor até evitar essas "ofertas irresistíveis", se você não "resiste"!
Décimo - Uma última palavra precisa ser dita. Simplicidade não significa necessariamente ter só coisas baratas, recicladas. Ela ressoa mais facilmente com preocupações com durabilidade, utilidade e beleza. Muitos itens devem ser escolhidos para durar e não como deseja a sociedade de consumo, para serem substituídos em pouco tempo.
"Saborear a vida, eis o que precisamos aprender!"
Como dizia Mark Twain: "A civilização é uma multiplicação ilimitada de necessidades desnecessárias."
A Simplicidade é uma nova necessidade da era moderna. Nosso pequeno planeta simplesmente não pode sustentar o consumo glutão do rico Ocidente. Mahtma Gandhi disse certa vez que o mundo tem o suficiente para as necessidades de todos, mas não para a ganância de todos. Não é simplesmente uma questão de elevar de alguma forma o padrão de vida dos pobres do mundo ao nível encontrado no Ocidente afluente. Os Estados Unidos tem 6 por cento da população do mundo e consomem 33 por cento dos recursos mundiais. Se o resto do mundo fosse tentar viver nesse nível de consumo, calcula-se que todos os recursos conhecidos de petróleo, estanho, zinco, gás natural, chumbo, cobre, tungstênio, ouro e mercúrio do mundo estariam esgotados em dez anos. Mesmo que fizéssemos generosas concessões às descobertas científicas, ainda teríamos de confessar que nosso planeta simplesmente não poderia suportar a sobrecarga, se as massas famintas fossem elevadas ao nosso nível de consumo. Simplesmente falando, a terra não tem condiçoes de sustentar nosso estilo de vida. não, a resposta é clara: precisamor cortar nosso padrão de vida se é para algum dia haver qualquer coisa que chegue perto de uma distribuição justa dos recursos do mundo.
"Ter o que desejamos é riqueza, mas poder viver sem isto é poder" (George MacDonald)
O imperativo da Simplicidade é intensificado ainda mais quando ligamos o chamado por justiça a uma preocupação compassiva com o humanismo cristão. Vidas preciosas por toda a face da terra estão vivendo sem esperança. Há pessoas famintas de pão e dignidade em todos os cantos do planeta.
Todos nós ficamos chocados com a pobreza de milhões e perturbados com as injustiças que a causam. Aqueles de nós que vivemos em circunstâncias abastadas aceitamos nosso dever de desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para o alívio da penúria quanto para devolver a esperança a tantos.
Os ecologistas e os economistas bradam-nos que a simplicidade é uma nova necessidade. A grande hoste de povos sem nome bradam-nos que a simplicidade é uma nova necessidade. Será que estamos realmente ouvindo?
Ponto de Apoio ao nosso alcance -
- Desenvolva o hábito de falar com toda honestidade. Risque de seu vocabulário "estou morrendo de fome", por exemplo. Isto normalmente não é verdade e obscurece o fato de muitos estão de fato, morrendo de fome. Quando estiver com fome diga que está com fome e reserve a expressão "morrendo de fome" para a coisa verdadeira. Faça da honestidade e da integridade as características distintivas do seu modo de falar.
Em relação ao dinheiro -
- Considere a sua relação com o dinheiro. Considere a mudança em suas atitudes para com o dinheiro ao longo do anos. Você é escravo do dinheiro? Considere seus próprios sentimentos. Você tem medo do futuro? O dinheiro é uma segurança para você? Você se sente culpado com relação ao dinheiro que gasta? Lembre-se, o dinheiro é importante, mas não é TUDO na vida. Lembre-se da parábola do jovem rico, nos evangelhos. "Ele foi embora muito triste, porque possuia muitos bens."
- Preste atenção ao conselho de John Woolman: "Silencie todo movimento resultante do amor ao dinheiro." O amor ao dinheiro é uma coisa complicada - em geral aqueles que têm menos são os que mais o amam.
"A Economia é boa se a Liberalidade a acompanhar. A primeira é abandonar as despesas supérfluas; a segunda é doá-las para o Benefício de outros que precisam." [Anderbroeck, "Less is more" (Menos é mais) p.70]
(Trechos do livro, "Celebração da Simplicidade", Richard Foster, ed. United Press)
DIGA NÃO AO DESPERDÍCIO! Ensine seus empregados, familiares e vizinhos a não desperdiçarem. Não lave as calçadas de sua casa, seu prédio, com mangueira. Use a vassoura primeiro e depois molhe para tirar um pouco da poeira, se for preciso. A água é preciosíssima e não podemos desperdiçar, achando que "tem muita". O Brasil é um dos países que mais desperdiçam no mundo, mesmo tendo milhares de famintos! Não desperdice alimentos. Se você ver que não vai dar para consumir tudo o que tem na geladeira, ou que seus mantimentos estão ficando próximos de vencer a data de validade, dê antes para uma pessoa necessitada. Informe-se, pois próximo a você tem muita gente precisando! Se você começar a enxergar os que lhe estão próximos, logo descobrirá que existem muitos necessitados!
Simplicidade voluntária. Um novo movimento.
'Tudo o que possuis na realidade te possui'
Crescem os seguidores do “movimento da simplicidade”: um pouco neo-hippie e um pouco post-yuppie, existências inteiras passadas em acumular, dão tudo em beneficência e se convertem à troca. Viver sem nada possuir: o novo sonho americano. O sociólogo: “A idéia de fundo é que tudo o que possuis na realidade te possui”. A reportagem é de Rachel Mosteller e Ralph Blumenthal e publicada pelo jornal La Repubblica, 19-05-2008.
Está nascendo um novo fenômeno nos EUA, o dos neo-simples ou da simplicidade voluntária. Segundo alguns especialistas que o estudaram, embora não pareça encarnar o típico sonho americano, este movimento, que remonta as próprias origens a Seattle, está despertando um discreto sucesso. “A idéia de fundo é que tudo o que possuis na realidade te possui”, explica um professor de sociologia: por isso os militantes decidiram libertar-se de tudo o que lhes pertence.
Como muitos jovens casais, Aimee e Jeff Harris transcorreram os primeiros anos de matrimônio acumulando de tudo: máquinas, móveis, roupas, eletrodomésticos e, chegando as crianças, também brinquedos, brinquedos, brinquedos. Agora procuram libertar-se de tudo, inclusive dos anéis de casamento. Propugnadores de um movimento que alguns chamam de “simplicidade voluntária”, fundado numa utópica visão de vida auto-sustentável sobre a Terra, estão prontos a doar em beneficência qualquer coisa em sua possessão e a pôr-se a caminho em fins de maio.
“É assombrosa a quantidade de coisas que uma família pode acumular”, diz a senhora Harris, de 28 anos, atribuindo a bela vida que podem permitir-se à “espantosa quantidade de dinheiro” que seu marido ganhava como engenheiro da rede de computadores nesta primeira Meca do ‘hi-fi’. Os Harris sonham em poder se tornar, em breve, cultivadores de produtos biológicos no Vermont. Até agora, dizem, tinham deixado que o mundo ditasse sua vida. Hoje, casais como este não são mais exceção. Matt e Sara Jansen, deixada a casa por um ‘camper’ alimentado a óleo vegetal, atravessam o país com a filha de quatro anos, como nômades da estrada, e vivem com 1.500 dólares ao mês.
Não é dito que a simplicidade deva ser espartana. Cindy Wallach e o marido Doug Vibbert deram uma festa para libertar-se do conteúdo do apartamento e agora, junto com seu filho de três anos, vivem num catamarã [pequeno barco, ndt] de 14 metros por aproximadamente sete. “Nosso sonho jamais foi o de viver entre quatro paredes com carpete bege”, refletem. O fenômeno suscitou o interesse dos experts. Em sua opinião, o movimento da “simplicidade voluntária”, nascido em Seattle nos anos oitenta, suscita novo interesse. “Quando se pensa em algumas das grandes mudanças econômicas – como aquelas devidas ao petróleo e à energia – talvez tenha chegado o momento certo”, explica Mary E. Grisby, socióloga e autora do livro ‘Buying Time and Getting By: the Voluntary Simplicity Movement’ [Construindo o tempo e guiando-se por ele: o Movimento da simpliciade voluntária]. “A idéia de fundo do movimento é que tudo o que possuis na realidade acaba por possuir-te”, continua Grisby, que vê um nexo com a filosofia dos puritanos: “O que possuis te impõe ter cuidado de... se torna uma espécie de apêndice. Se te melhora a vida, é positivo; caso contrário, se te é oneroso e se tua vida acaba girando em torno dessas coisas, pergunta-te se possuí-las é positivo ou não”.
Juliet B. Shor, docente de sociologia e autora do livro ‘The Overspent American’ [O americano esbanjador] sustenta que os assim ditos “downschifter” (defensores do decrescimento ou fautores da simplicidade) se inspirou nos hippies e nos romances deJack Kerouac. “Sua vida se tornara demasiado estressante e perdeu significado porque sua profissão exige e lhes impõe demais”, explica Schor.
A senhora Harris, que com o marido será professora do filho Quinn de cinco anos e da pequena Nichola de l5 meses, está de acordo: na simplicidade há algo que se assemelha aos hippies, como “os ideais, a paz e o amor, o saber dar e a liberdade”, mas ela é intransigente com respeito ao ócio ou às drogas.
Os Harris têm um blog, no qual contam sua história. A mola da mudança, dizem, disparou no momento exato: há anos brigavam com o proprietário da casa por um aluguel de 1.650 dólares ao mês, e por fim foram embora. Deram grande parte de seus bens a uma casa para crianças em dificuldade, e o resto a uma associação para os sem teto. Suas alianças – a dele em ouro amarelo e o anel dela com um diamante de um quilate – poderiam ser permutados por algo melhor, que por sua vez pode ser trocado ao infinito, como a história do “grampo”, do qual por fim se chega a possuir uma casa, fábula escrita pelo célebre internauta Kyle McDonald. “Não nos sentimos mais à vontade com eles”, diz Harris, pensando também no novo estilo de vida.
O objetivo é o de permanecer somente com uma caixa de objetos pessoais na cabeceira, além das camas e dos utensílios de cozinha, e de trocar os dois automóveis por um ônibus escolar. Viajarão a um chalé perdido no Vermont, sem eletricidade, com um botijão de propano e uma estufa a lenha. “Queremos viver numa zona limpa, com comidas sadias e biológicas”. No entanto, o senhor Harris está preocupado: administrador de sistemas web, ele trabalha à distância com o computador. Por isso se pergunta: “Haverá um acesso à internet nos bosques”?
Em viagem para o Vermont, farão etapa no Wyoming para a reunião anual dos “novos simples”, o Rainbow Gathering [Assembléia do Arco-iris].
Na garagem ainda repleta de caixas, a senhora sacode a cabeça: “Quanta coisa acumula uma família!”, mas depois, diante dos enfeites de Natal, se torna melancólica: “Não quero mentir a mim mesma. Isso são coisas de uma vida inteira: da nossa vida”.
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