Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.
“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”
Nos tempos atuais, é crescente e incessante a busca por um corpo perfeito.
Inúmeras são as pessoas que ultrapassam seus limites na tentativa dessa conquista e compram a idéia de obter uma aparência de “modelo” estabelecido pela mídia por meio de um corpo esbelto, magro, que julgam ser mais importante que a manutenção da própria saúde.
Na expectativa de atingir resultados bastante satisfatórios e em curto prazo, sem a necessidade de investir muito tempo e esforço físico na modelação do corpo, percebe-se o intenso crescimento na venda de medicamentos para o emagrecimento, suplementos para aumento de rendimento e massa muscular, esteróides anabolizantes, o aumento das cirurgias plásticas (sendo a maior demanda de jovens), clínicas de estéticas cada vez mais freqüentadas, e a realização contínua de dietas rigorosas, muitas vezes prejudiciais à saúde.
E ainda, verificamos seriamente um número cada vez maior de jovens com algumas patologias como: anorexia (distorção da imagem corporal: ao olhar no espelho, sempre se vê muito mais gordo do que é), bulimia (transtorno compulsivo alimentar, onde a pessoa força o vômito após as refeições), amenorréia, provocada por conseqüência dos outros transtornos (ausência da menstruação); a vigorexia (transtorno no qual as pessoas realizam práticas esportivas de forma continua, excessiva e super valorizada - o fanatismo - a ponto de exigir constantemente de seu corpo sem importar-se com eventuais contraindicações); a ortorexia (o exagero em dietas naturalistas); a osteoporose precoce, alterações cardíacas e metabólicas e outras, como perda de cabelo e pele ressecada com mais pelos.
As revistas, as propagadas, a televisão, os desfiles de moda, em geral, a mídia está cada vez mais mostrando um modelo de corpo perfeito e padrão, como nas mulheres, corpos magros e bem definidos, e já nos homens, corpos fortes e musculosos.
E essas imagens sugestionam pessoas a buscar este ideal cada vez mais.
Eis algumas questões: por que a mania de dieta? Com quem nos comparamos? O quê ou quem desejamos ser? Existe um corpo ideal ou a sociedade nos impõe um biotipo ideal? Por que sempre queremos ser como aquela ou aquele que tem abdômen definido, não tem celulite nem estrias, cabelo liso escorrido, enfim, “o modelo” que nada pode comer, senão folhas. Como vivem essas pessoas? Que sofrimento lhes acometem?
Corpo como cartão de visitas, como ferramenta para castigar-se ou como templo da saúde, da vida? Afinal... O que é para mim ou que me diz um corpo perfeito?
ANTIGUIDADE
A perfeição dos Deuses -
Na Grécia Antiga, os homens — só eles tinham esse direito — malhavam por um físico ideal de inspiração divina Atleta, ginástica, estádio, pentatlo — ligadas ao esporte, todas essas palavras são de origem grega. Na Grécia Antiga, berço da civilização ocidental, surgiu a idéia do corpo perfeito conquistado por meio da atividade física. Os homens helênicos não se envergonhavam de exibir-se despidos em jogos e danças. Mais do que isso, gostavam de se admirar. Eles perceberam que a nudez, além de bela, melhorava o desempenho do atleta, sobretudo nas competições periodicamente disputadas na península grega, os Jogos Olímpicos.
Deuses e homens -
Se vivesse na Grécia Antiga, o velocista Eronilde Araújo, 79 kg, 1,82 m, além de atleta, seria um poderoso guerreiro. Foto: Eduardo Monteiro
A celebração das divindades por meio de provas físicas expressava as concepções politeístas dos gregos. Eles consideravam os deuses semelhantes aos homens em virtudes e defeitos, sujeitos às mesmas paixões e impulsos, embora dotados de imortalidade e de força, velocidade e beleza superiores. Assim, desejar um corpo belo, forte e rápido era um meio de se aproximar dos deuses e, com isso, da perfeição.
Não era somente essa busca divina que fazia os gregos dedicar especial atenção ao corpo. Para a Grécia, ter bons atletas entre os cidadãos significava contar com soldados fortes e resistentes, preparados fisicamente para combater os exércitos das cidades-estado vizinhas. Não por acaso, provas como a corrida e o lançamento de dardo tiveram origem no treinamento militar, que era feito dentro do gymna-syum, a academia da época.
Os mais famosos e importantes jogos esportivos eram os que ocorriam a cada quatro anos em Olímpia, na cidade-estado de Elis, para homenagear Zeus, o deus supremo do Olimpo.
Os primeiros registros dos vencedores datam de 776 a.C., mas há indícios de que as competições já eram realizadas 500 anos antes. Os Jogos Olímpicos assumiram tamanha importância que os antigos gregos os utilizaram como medida de tempo: a palavra olimpíada designava o intervalo de quatro anos entre dois períodos de competição — e até hoje é assim. Além disso, durante as provas, realizadas em agosto e setembro, qualquer guerra em curso na região era suspensa para que os cidadãos pudessem se deslocar até Olímpia a fim de aplaudir seus campeões. Se as guerras eram precedidas de sentimentos de tristeza, inquietação e medo, a disputa dos jogos gerava disciplina, método, respeito e uma alegre expectativa. Toda essa movimentação amargava um detalhe: as mulheres não participavam das competições nem podiam assistir a elas.
Força e velocidade -
No discóbolo de Myron, um ideal olímpico da Grécia Antiga: o corpo nu é mais ágil, forte e próximo dos deuses. Foto: Gianni Dagli/Stock Photos
As primeiras competições olímpicas se limitavam a corridas. Ao longo do tempo, foram introduzidos o pentatlo — no qual um atleta disputava em um mesmo dia provas de salto, lançamento de dardo e de disco, corrida e luta — e as corridas de biga. Também surgiu uma forma primitiva de boxe, em que tudo era válido a não ser mordidas e dedos nos olhos. Inicialmente, os vencedores recebiam apenas a coroa de louros. Com o tempo, viraram profissionais disfarçados, com direito a prêmios e privilégios.
O surgimento da filosofia, no final do século 7 a.C., colocou as crenças religiosas tradicionais em segundo plano e enfatizou a importância da construção de um corpo perfeito. Dessa vez, o modelo não eram os deuses mas o próprio homem, qualificado como "medida de todas as coisas". Platão sustentava que "ginástica e música, uma intercalada com a outra", eram a fórmula do equilíbrio entre corpo e espírito. Ele próprio foi um lutador, e o nome pelo qual ficou conhecido se originou da palavra platys (largo). Tudo por causa dos ombros fortes do filósofo, cujo verdadeiro nome era Arístocles..
Conquistadores da Grécia e herdeiros da cultura helênica, os romanos não mantiveram o ideal olímpico dos gregos. A qualidade física e a técnica apurada perderam importância, abrindo espaço para disputas quase circenses e cada vez mais violentas. O objetivo dos governantes era distrair o povo com espetáculos grandiosos. Buscando a liberdade, escravos confinados e submetidos a rígido treinamento tornaram-se astros — os gladiadores. Provas puramente atléticas, como as corridas rasas e o arremesso de dardo e disco, chegaram a ser alvo de zombaria dos espectadores.
Nesse cenário, que atingiu seu ápice no século 2, o poeta satírico Juvenal mencionou a máxima mens sana in corpore sano. Dada a personalidade irônica atribuída ao autor, nunca se soube exatamente qual sentido ele pretendeu dar a essas palavras.
RENASCIMENTO
A Arte para exaltar a beleza -
Larissa Barata, 42,5 kg, 1,58 m, estica ao máximo cada uma de suas fibras musculares. Tudo isso sem perder o charme e, é claro, seguindo à risca a sensível coreografia de seus movimentos. Foto: Evandro Teixeira/COB
Escondido, como tudo na Idade Média, o corpo sob medida volta à cena séculos depois e é celebrado na expressão artística
No ano 393, o imperador romano Teodósio, convertido ao cristianismo, proibiu os Jogos Olímpicos (que seriam retomados somente no final do século 19), vendo neles uma "manifestação pagã". A medida expressava as concepções da nova religião dominante, que identificava os antigos deuses a demônios e qualificava como pecado a exibição dos corpos nus dos atletas. Durante a Idade Média (do século 5 ao 15), o corpo foi considerado perigoso — em especial o feminino —, um "lugar de tentações". Alguns teólogos chegaram a dizer que as mulheres tinham mais conivência com o demônio porque Eva havia nascido de uma costela torta de Adão, portanto nenhuma mulher poderia ser reta.
Em tais condições, a nudez sofreu uma repressão severa. Mesmo os nobres, que se exercitavam regularmente e disputavam torneios de cavalaria, escondiam o corpo com trajes volumosos, apesar do desconforto que o excesso de tecido causava aos praticantes. As pessoas conservavam as roupas até durante o banho — hábito, aliás, pouco freqüente nos castelos, conventos e entre a população em geral, pois acreditava-se que a sujeira era uma proteção contra as epidemias (em especial, a peste), que ameaçavam a saúde pública. Há registros de que os monges do mosteiro de Cluny, na França, tomavam dois banhos completos por ano.
A redescoberta do corpo -
A Vênus retratada por Boticelli recupera depois de séculos o ideal dos dilósofos gregos: o ser humano como medida de todas as coisas. Foto: Gianni Dsgli/Corbis/Stock Photos
No final do século 12, houve uma retomada do comércio e da vida urbana em boa parte da Europa ocidental e foram redescobertos, em traduções árabes, os textos dos pensadores greco-romanos, perdidos no início da Idade Média. Tudo isso levou a uma mudança da mentalidade vigente. Surgiu um novo tipo de intelectual, o humanista, que via no homem a medida de todas as coisas, como os filósofos gregos. Esse pensamento influenciou pintores, escultores e artistas em geral, que retomaram os padrões da Antigüidade clássica em suas obras. O processo, conhecido como Renascimento, atingiu o auge nos séculos 15 e 16 e teve como berço as cidades da península Itálica.
A arte renascentista celebrou abertamente o corpo e a beleza física. A mulher, antes ligada ao pecado, reapareceu, seminua e deslumbrante, em O Nascimento de Vênus, tela de Sandro Boticelli pintada em 1485.
Michelangelo Buonarroti enfatizou a beleza e a harmonia do corpo masculino em seu Davi, escultura apresentada ao público florentino em 1504, e na imagem de Adão, pintada no teto da Capela Sistina entre 1508 e 1512. E Leonardo da Vinci imortalizou, na gravura conhecida como O Homem Vitruviano (1492), o equilíbrio e as proporções da figura masculina.
Nas cortes, o guerreiro rude deu lugar a um novo padrão masculino. Assim como muitos artistas do Renascimento foram simultaneamente pintores, escultores e arquitetos, os nobres do período deviam ser versáteis, conhecer os clássicos, compor poemas e canções para suas musas e dançar com a mesma elegância e destreza com que empunhavam a espada. Esse ideal de diversidade se manteve nos séculos seguintes, nos círculos de elite, reforçando a necessidade dos exercícios físicos. Observa o historiador Jacques Revel em "Os Usos da Civilidade" (História da Vida Privada 3): "O adestramento dos corpos é uma arte de sociedade. Realizado em público, prepara para a vida na corte. Daí a importância da equitação na formação das jovens elites: ela prepara para exercícios coletivos, a caça, a guerra, o passeio; porém começa pela exigente aprendizagem da postura". Segundo o antropólogo português Jorge Crespo, até por volta do século 18 acreditava-se que o corpo era apenas o "irremediável resultado de uma herança" genética. Aos poucos, com o crescimento das cidades e o surgimento de novas ocupações, o físico passou a ser mais exigido. Por motivos de saúde, de higiene e de necessidade para o trabalho cada vez mais repetitivo e especializado (eram os primeiros sinais da Revolução Industrial), a prática de exercícios deveria ser estendida para a maioria da população e não restringir-se ao esporte de elite. Assim entra o corpo no século 19.
ERA MODERNA
O corpo a serviço do esporte -
Murilo Fischer, 66 kg, 1,70 m, mostra concentração: o esforço, aliado à tecnologia dos acessórios, da roupa e da bicicleta, faz o atleta se superar na prova de estrada. Foto: Wander Roberto/COB
Superação de limites, quebra de recordes, vitória a todo custo. A competição suga ao máximo a capacidade física dos atletas.
Os esportes de massa surgiram com uma série de transformações na vida urbana. As cidades ganharam melhores serviços de saneamento, de saúde e de lazer. Com isso, tornaram-se comuns hábitos coletivos, como o de freqüentar cafés e restaurantes e praticar atividades físicas ao ar livre. A Inglaterra — cenário de mudanças desde a Revolução Industrial — foi também o berço dos esportes coletivos, tendo como origem as atividades praticadas em colégios e universidades. As competições de barcos a remo, por exemplo, receberam impulso em 1829, ano do primeiro desafio entre Oxford e Cambridge, que se repete até hoje; o futebol ganhou um regulamento unificado em 1843 — as regras de Cambridge — e 20 anos depois passou ao controle de uma associação nacional; o boxe adotou em 1867 normas propostas pelo marquês de Queensberry. Em 1880, os ingleses fundaram uma Associação Atlética Amadora.
Rapidamente as inovações se espalharam pelo mundo. Em 1892, o barão francês Pierre de Coubertin propôs a reedição dos Jogos Olímpicos. Em sua opinião, a "exportação de atletas" seria o "comércio livre" do futuro e um instrumento para a paz mundial. Quatro anos depois, o rei da Grécia, Jorge I, abriu os primeiros jogos da era contemporânea.
A meta é a superação -
Durante todo o século 20, as competições foram marcadas pela superação de limites. Alguns exemplos: a marca mundial de nado crawl caiu cinco vezes em 1956, em Melbourne, Austrália; em 1968, na Cidade do México, o recorde de salto triplo foi superado nove vezes em apenas quatro horas; o tempo da maratona masculina caiu de 2 horas, 58 minutos e 50 segundos (40 quilômetros em Atenas, 1896), para 2 horas, 6 minutos e 49 segundos, recorde pertencente ao corredor etíope Tesfaye Jifar. Isso levando-se em consideração que desde 1924 o percurso tem oficialmente 2 quilômetros e 195 metros a mais.
Mas o que levou a essa sucessiva quebra de marcas? Além do avanço das ciências e da tecnologia de materiais — como a adoção da fibra de vidro nas varas para salto, em 1964 —, o marketing esportivo é um dos maiores incentivadores do alto rendimento, patrocinando atletas, financiando a cobertura esportiva e movimentando a indústria.
As pesquisas científicas contribuíram com descobertas sobre o organismo humano e seu funcionamento, revelando diversas condições que levam um corpo a render mais. Hoje, cada atleta tem treinamento personalizado e alimentação baseada nas necessidades pessoais de nutrientes . Os estudos na área da genética rapidamente permitirão identificar, desde a infância, um potencial campeão.
A farmacologia também dá sua contribuição, mas por caminhos às vezes tortuosos. Muitas drogas sintetizadas para a cura de doenças, descobriu-se, também levam o corpo a superar limites. Ignorando princípios éticos e colocando a própria saúde em risco, atletas dispostos a vencer a qualquer preço passaram a fazer uso de anabolizantes para aumentar a massa muscular, de diuréticos para reduzir o peso do corpo e de hormônios para favorecer a redução de gorduras e ajudar na construção dos músculos. Essas drogas, de uso condenado no esporte, levaram a várias "quebras" de recordes. Pegos no antidoping, alguns atletas chegaram a perder suas medalhas — como Ben Johnson, em 1988. Mas nem sempre os exames que controlam a dopagem avançam na mesma velocidade do uso inadequado dessas substâncias.
A mídia criou um padrão estético que determina que a mulher para ter um "corpo perfeito" precisa ser magra e ter o corpo definido, já o homem, ter o corpo forte. E por causa disso, as pessoas cada vez mais se submetem a dietas absurdas, ao uso de anabolizantes, dentre outras coisas.
Mas a busca por um suposto "corpo perfeito" não é simples, nem tampouco saudável. Essa busca leva muitas mulheres a fazerem dietas absurdas, deixarem de comer e até mesmo provocarem vômitos. Enquanto que muitos homens fazem exercícios físicos além do que se é indicado, e em muitos casos, para conseguirem resultados imediatos fazem uso de esteróides anabolizantes.
Como consequência, muitas pessoas acabam ficando doentes, doenças tais como: anorexia, bulimia e vigorexia, tanto homens quanto mulheres são vítimas dessas doenças, porém a anorexia e bulimia são mais comuns em mulheres e a vigorexia é mais comum nos homens.
ANOREXIA:Uma pessoa que sofre de anorexia, tem uma percepção errada quanto ao seu corpo, mesmo tendo perdido muito peso ou já sendo magra, ela se vê e se sente "gorda" e por isso se submete a diversas coisas para "emagrecer", tais como: deixar de comer, mesmo sentindo fome. Em 90% dos casos as mulheres são as mais atingidas pela anorexia, numa faixa etária de 14 a 18 anos.
BULIMIA:A pessoa que sofre de bulimia não consegue conter sua compulsão por comida, mas para não engordar, provoca vômitos e/ou, em alguns casos, faz o uso de laxantes e diuréticos. É mais frequente em adolescentes do sexo feminino.
VIGOREXIA:A pessoa que sofre de vigorexia, mesmo sendo forte fisicamente, sempre se vê e se sente fraca, e por isso se submete a intensos exercícios físicos e muitas vezes faz o uso de anabolizantes para ter resultados imediatos, para esse tipo de pessoa, malhação é tudo na vida. Esse transtorno atinge com maior frequência os homens.
ATITUDE CAMPEÃ
O importante é viver bem!
Cada indivíduo pode trabalhar seu corpo conforme as necessidades que tem — no esporte ou na vida.
"Não existe um modelo de corpo saudável a ser seguido", confirma Alex Branco Fraga, professor da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Cada esportista cultiva o físico de acordo com seu tipo e as necessidades do esporte", ressalta. O mesmo acontece com as pessoas comuns. Apesar da massacrante propaganda de corpos "sarados" e "bombados", o professor alerta que, por baixo de formas trabalhadas a qualquer custo, há sempre uma saúde debilitada.
CURIOSIDADES:
Foto: Focus
Ouro para um pastor - As poucas modalidades olímpicas disputadas nos Jogos de 1896, em Atenas, são praticadas por amadores. O vencedor da maratona é um pastor de ovelhas, o grego Spiridon Louis, que vira herói.
Foto: Bettmann Corbis/Stock Photos
Da paralisia ao pódio - Ray Ewry teve pólio e, até os 8 anos, se locomoveu em cadeira de rodas. Nos jogos de 1900, com 26 anos e a força que adquiriu nas pernas depois de muita terapia, "voa" na pista de Paris e ganha ouro nas três provas de salto parado (sem corrida).
Foto: Bettmann Corbis/Stock Photos
Mulheres na jogada Paris, 1900: começa a participação feminina e 11 elegantes senhoritas disputam os torneios de tênis e de golfe. A inglesa Charlotte Cooper é a primeira mulher a levar a medalha de ouro, ao vencer a final de simples, no tênis.
Bettmann Corbis/Stock Photos
Velozes na raça - 1904, Saint Louis: o americano Thomas Poage, bronze nos 400 metros com barreira, sobe no pódio e marca outro tento. Ele é o primeiro negro a receber uma medalha olímpica.
Recordes femininos - Em 1928, as mulheres já estão competindo pesado. Representam agora 10% dos atletas participantes e quebram recordes mundiais nas cinco provas de atletismo disputadas em Amsterdã. A canadense Ethel Catherwood salta 1,59 metro e bate o recorde do salto em altura.
Apesar de Hitler - 1936, Berlim: o nazismo tenta provar pelo esporte a "superioridade" dos arianos. Mas os negros vencem todas as corridas nas distâncias entre os 100 e os 800 metros, ganhando oito medalhas de ouro (quatro para Jesse Owens), três de prata e duas de bronze.
Tênis para quê? Correndo por fora — descalço! —, o etíope Abebe Bikila vence pela primeira vez a maratona, em Roma (1960), mostrando que os negros, além da supremacia nas provas de velocidade, se destacam também nas corridas de fundo.
Menores e melhores - Olga Korbut, 17 anos, e Nadia Comaneci, 14, ambas com 1,49 m, derrubam o padrão das competidoras de ginástica olímpica, até então mais velhas e corpulentas. Olga (Munique, 1972) ameaça o ouro, mas escorrega nas barras assimétricas. Quatro anos depois, Nadia honra as baixinhas: leva três ouros, uma prata e um bronze. É eleita a ginasta mais completa da competição.
A escalada do doping - Em Seul (1988), o canadense Ben Johnson consagra-se o homem mais veloz do mundo. Mas sua glória é efêmera: o antidoping revela uso de anabolizantes. Hoje, o doping químico corre o risco de se tornar obsoleto, dando lugar ao doping genético. A nova versão se caracteriza pelo uso de um vírus sintetizado em laboratório que altera a informação genética das fibras musculares sem deixar vestígio no sangue ou na urina do competidor.
Conclusão:Deve-se tomar muito cuidado com a obsessão pelos exercícios físicos, dietas, suplementação, medicamentos, imagens midiáticas, para chegar ao corpo perfeito, os exageros podem trazer gravíssimos problemas de saúde a curto ou a longo prazo, muitas vezes com sequelas graves!
Promoção da Saúde Sim! Sempre! Corpo "Perfeito" a Qualquer Preço Não! Nunca!
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