- prática regular de exercício.
Os hábito e costumes exercem grande influência, reduzir também a ingesta de todos os produtos que contenham muita xantina é essencial.
Os três alcalóides principais das xantinas são: a cafeína (no café), a teofilina (no chá) e a teobromina (no cacau). É possível encontrá-los em bebidas, como o café, chá, cacau, colas e em medicamentos analgésicos, anti-histamínicos, etc. Estas substâncias são obtidas das plantas do género coffea L. (café), camellia sinensis ou thea sinensis (chá) e theobroma cacau (cacau).
As xantinas são substâncias que potencializam diferentes ações do Sistema Nervoso Central devido à sua ação estimulante, que produz um estado de alerta de curta duração.
Café
Chá
Chocolate
As células ósseas (osteócito) são as responsáveis pela formação do colágeno, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso. Apesar do cálcio ser um elemento essencial para a função de inúmeros processos biológicos e por essa razão ser ingerido em doses fisiológicas e ainda contribuir para a formação do tecido ósseo, o íon cálcio não exerce qualquer ação direta sobre a síntese do colágeno ósseo. Esta sim é que sempre deve ser ativada utilizando todos os recursos disponíveis por se tratar da estrutura de sustentação óssea. Portanto, ingerir cálcio em doses elevadas na presença de osso osteoporótico representa apenas uma estratégia de Marketing porque para se fixar no osso necessita de uma matriz primária adequada que é formada pelo colágeno ósseo. O efeito do cálcio em pacientes com osteoporose é semelhante ao de qualquer placebo (substância inerte).
A densidade mineral de cálcio é reduzida de 50,1% em pessoa normal para 1,3% quando portadora de osteoporose. O quadro osteoporose significa condição irreversível. O canal medular central do osso, a diáfise óssea, torna-se mais larga. Com a progressão da osteoporose, os ossos ficam esburacados e quebradiços. O colágeno e os depósitos minerais são desfeitos muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com o teor menor de colágeno ósseo surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.A deterioração do colágeno ósseo causa redução da resistência tensil e elevação do risco de fratura. Quanto maior for a perda de colágeno ósseo, mesmo diante de exercícios bem orientados as pessoas ficam mais susceptíveis as fraturas, muito comuns e diagnosticadas durante pequenos impactos.
Duas são as formas clássicas de Osteoporose: a fisiológica ou primária e outra, secundária, geralmente causada por outras doenças.
A forma primária da osteoporose classifica-se em:
•Tipo I : de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade osteoclástica acelerada - a osteoporose pós menopausa, geralmente apresentada por mulheres mais jovens, a partir dos 50 anos.
•Tipo II : de reabsorção óssea normal ou ligeiramente aumentada, associada a uma atividade osteoblástica diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose senil ou de involução, mais frequente nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e também no homem.
Obs.: A partir de 1999, RIGGS et al., em uma publicação científica, passaram a propor em não mais se utilizar a sinonímia osteoporose tipo I e tipo II, substituindo-as por um conceito unitário de osteoporose primária.
É mais sensato considerar que os indivíduos, em determinadas fases da vida, apresentam maior atividade osteoclástica ou menor atividade osteoblástica, o que explicaria o conceito unitário de osteoporose.
A forma secundária está associada a uma grande variedade de condições mórbidas primárias, que acarretam em sua evolução, distúrbios na absorção intestinal de cálcio,
diminuição precoce nos níveis de estrogeno (hipoestrogenismo), perda de massa muscular, diminuição da atividade do sistema enzimático citocromo P450, baixa absorção e metabolização da vitamina D.
São causas de osteoporose secundária as enfermidades do sistema endócrino (tireoidopatias, hipogonadismo, hipopituitarismo, síndrome de Cushing, diabetes, hiperparatireoidismo), o câncer (metástases, mieloma múltiplo), as doenças inflamatórias crônicas intestinais, as cirurgias gástricas e do sistema digestivo, o sedentarismo, a ingestão de alguns medicamentos (heparina, corticosteróides, retinóides, extratos tireoideanos, lítio, cádmio, metotrexate, hidantoinatos e gardenal), as doenças renais crônicas, as doenças difusas do tecido conectivo, a síndrome de má absorção e a baixa ingestão de cálcio.
ATENÇÃO! Em qualquer dessas formas, a osteoporose cursa assintomática por longos períodos. As primeiras manifestações clínicas ocorrem quando já houve perda de 30% a 40% da massa óssea.
Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos vem aumentando em todas as regiões geográficas e, com isso, também a prevalência da osteoporose. Esta, por sua vez, em função, principalmente das fraturas de fêmur e vértebra, diminui criticamente a qualidade de vida, principalmente na mulher, na terceira idade.
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico inicial da Osteoporose é primeiramente clínico, visto que, é uma sídrome multifatorial e não uma doença bem definida.
Por ser uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo, sem grande alteração da matriz mineral e não mineral, leva ela a uma fragilidade óssea e consequentemente ao aumento do risco de fratura.
Inúmeras doenças em seu desenvolvimento podem acarretar uma Osteoporose; porém, de todos os tipos de perda de massa óssea, talvez aquela que acomete as mulheres após a menopausa seja a mais comum.
O diagnóstico correto desta doença via de regra passa por uma boa anamnese e um bom exame clínico onde, dados como uma história familiar, perda de altura, abaixa ingesta de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Somente após esta abordagem é que, a pesquisa através da propedêutica armada deva ser utilizada.
DENSITOMETRIA ÓSSEA, ULTRA SONOMETRIA ÓSSEA, RX, HISTOMORFOMETRIA e PROVAS LABORATORIAIS, permitirão uma quantificação da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição.
São objetivos da medição de massa óssea quantificar a sua perda, predizer o risco de fratura, decidir sobre o tratamento mais conveniente e monitorar através de analises seriadas, os benefícios do tratamento.
EPIDEMIOLOGIA
Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.
Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são:
> Consumidores de álcool ou café em excesso;
> Prática Inadequada de Atividade física, quer em excesso, quer na ausência.
PREVENÇÃO
Tentar prevenir as complicações causadas pela Osteoporose é possível desde que se adotem medidas específicas para tal.
O processo de remodelação óssea (reabsorção/ reparação), como na maioria dos tecidos vivos, passa por três períodos distintos durante a vida de qualquer indivíduo.
Primeira fase - Do nascimento a maioridade:
Nesta fase que se inicia no nascimento e que persiste até por volta dos 20-22 anos, a formação óssea é muito maior do que a reabsorção que, praticamente, inexiste.
É nesta fase que criança ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível. O ganho de massa óssea nesta fase é diretamente proporcional ao tipo de alimentação consumida, pratica de esportes, hábitos de vida e inexistência de doenças.
A quantidade máxima de massa óssea acumulada é definida como "Pico de Massa Óssea", e será preponderante no processo de envelhecimento.
Segunda fase - Da maioridade ao envelhecimento:
Nesta fase que, se inicia por volta dos 20-22 anos e que persiste na mulher até a menopausa, como regra temos a fase de neo formação óssea igual a fase de reabsorção óssea, o que caracterizará uma massa óssea constante.
Na ausência de doença e de fatores outros nocivos como má alimentação, fumo, excesso de ingestão alcoólica, sedentarismo, uso de fórmulas para o emagrecimento etc..., o "Pico de massa Óssea" será mantido.
Terceira fase - Envelhecimento:
Nesta fase, que inicia-se na mulher por volta da menopausa em virtude, principalmente, das quedas hormonais existentes, os fenômenos de reabsorção superam os de reparação.
O aumento da atividade dos Osteoclastos (células responsáveis pela reabsorção óssea) supera nesta fase a atividade dos Osteoblastos (células responsáveis pela formação óssea), ocorrendo com isso uma perda paulatina de massa óssea que pode evoluir para uma Osteopenia (forma leve) ou Osteoporose (forma mais grave).
Indivíduos portadores de Osteoporose, estatisticamente, tem maior número de fraturas que, dependendo do sítio de acometimento e tempo de hospitalização, pode acarretar incapacidade ou mesmo levar ao óbito.
Pelo acima exposto podemos verificar que a prevenção da Osteoporose é de importância capital, podendo ser realizada ainda na primeira fase da vida.
Se imaginarmos que o pico de massa óssea funciona como uma poupança óssea, quanto maior o pico de massa óssea obtido, maior será o tempo que teremos para que com o envelhecimento a sua redução atinja níveis de doença (Osteopenia/Osteoporose).
Hábitos de vida saudáveis, alimentação rica em cálcio, atividade esportiva constante, exposição ao sol são as maneiras corretas de melhorar o pico de massa óssea. Nesta fase, a prevenção é fruto, entre outras variáveis, da correta orientação dos pais.
Uma vez iniciado o processo de envelhecimento a prevenção da Osteoporose torna-se imprescindível, podendo ser feita de duas maneiras diferentes.
A primeira, passa pela adoção de hábitos de vida saudáveis (baixa ingesta de café e álcool, atividade física regular, não uso de fórmulas para emagrecimento) e a segunda, pelo uso de medicações específicas para diminuir a atividade Osteoclástica.
É nesta segunda fase que o uso dos Bifosfonatos associados a suplementação de cálcio e vitamina D são de importância capital.
Fazer exercícios físicos regularmente, os exercícios resistidos (musculação) são os mais recomendados;
Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras;
A reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose.
Advertência: Esta matéria tem caráter meramente informativo! Não é aconselhamento, não é um consultório médico, nem uma farmácia.
Se necessitas de ajuda, consulte um profissional de saúde.
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