MISSÃO:

Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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domingo, 16 de junho de 2013

FISIOLOGIA AS AVESSAS DAS ESTÉTICAS!


 

Antes de iniciar sobre este vasto e polêmico (especialmente para os não que não entendem da fisiologia) tema...

Sobre o Metabolismo da Gordura:

Os lipídeos compõem-se de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, e são indispensáveis à diversas estruturas celulares e vias metabólicas, estando presentes em diversas formas no corpo humano, com destaque para: triglicérides, colesterol e ácidos graxos. 


Lipólise é um fenômeno fisiológico que, muito resumidamente, ocorre todas as vezes que o organismo precisa de energia para se manter quando estamos em jejum ou praticando alguma atividade física que demanda gasto energético por períodos prolongados como, por exemplo, em atividades aeróbias que duram, em geral, mais de 30 minutos, ou, e principalmente, no período de recuperação pós exercício intenso, como nos casos dos HIITs (EPOC). 
Nesse mecanismo, as células especializadas em armazenar gorduras para serem consumidas quando nosso corpo precisa, são acionadas por hormônios que ativam uma enzima chamada LHS (lípase hormônio sensível) que recebe esse nome por ser sensível a vários hormônios lipolíticos, tais como: adrenalina, noradrenalina, hormônio tireoidiano, cortisol, leptina, dentre outros e libera na circulação, ácidos graxos livres e glicerol que serão usados, por organelas chamadas MITOCÔNDRIAS, em todas as células do nosso corpo par produzir ATP, moeda enérgica que fornece energia para as funções celulares.


O homem primitivo, para sobreviver precisava caçar isso é “correr atrás do alimento e matá-lo para comer”. Ele só iria comer novamente se conseguisse repetir o processo. Durante a caçada o gasto energético era alto, portanto só sobreviveram aqueles que tinham bem desenvolvidos sistemas de armazenamento de energia. 
E, desta maneira, parece ter havido um processo de seleção natural, os indivíduos que não armazenavam energia suficiente, na forma de gordura, para os tempos difíceis, foram eliminados. E nós somos descendentes deste homem primitivo! 
O tempo passou... O Homem evoluiu... E hoje, qual nosso grau de dificuldade de conseguir alimento? Abrir a geladeira? Ir ao mercado da esquina? 
Os alimentos estão cada vez mais palatáveis, visualmente bonitos e calóricos, inclusive com combinações de ingredientes extremamente perigosos ou nocivos a saúde humana e, ainda, a obesidade é hoje uma pandemia! O mal do século! Nossa capacidade de armazenamento energético nos depósitos de gordura seria praticamente infinita se antes não morrêssemos das co-morbidades, isto é, das doenças associadas à obesidade como o diabetes, a hipertensão e a dislipidemia que causam doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral...
Um fenômeno perigoso! 


Sobre a Digestão e Absorção:

Mais de 90% de nossa ingestão de lipídeos é feita sob a forma de triglicérides (compostos de três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol). Depois de ingeridas, as gorduras chegam ao duodeno praticamente inalteradas. No duodeno libera-se a colicistocinina que induz a contração vesicular, resultando na excreção da bile, e promovendo a liberação do suco pancreático, rico em lipase, enzima que fraciona a gordura em partículas menores. 


Os produtos da digestão de triglicérides (ácidos graxos, monoglicerídeos, poucas quantidade de glicerol...) tendem a aglomerar-se e formar micelas, ocorrendo posteriormente sua absorção. 



Após a absorção, os produtos da digestão de lipídeos, são novamente convertidos em triglicérides e empacotados em partículas de lipoproteínas (quilomícrons e VLDL) que caem na circulação. Ao passar pelos capilares de determinados tecidos, especialmente no tecido adiposo, os triglicérides destas partículas são novamente dissociados em ácidos graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos são absorvidos pelos tecidos onde formarão novos depósitos de gordura, enquanto o glicerol é transportado para o fígado ou rins, onde será armazenado ou metabolizado. Em nosso corpo existem células especializadas em armazenar gorduras, são as células adiposas (adipócitos), que chegam a ser compostas de 95% de gordura, na forma de triglicérides. 



Resumidamente teríamos seis passos desde a ingestão até o acúmulo de gordura no tecido adiposo: 



1. Ingestão;



2. Fracionamento de triglicérides no intestino; 



3. Síntese de triglicérides na mucosa intestinal (quilomícrons) e fígado (VLDL); 



4. Fracionamento dos quilomícrons e VLDL pela lipoproteína lípase dos adipócitos (resultando em ácidos graxos e glicerol); 



5. Entrada de ácidos graxos nos adipócitos e ida do glicerol para o fígado e rins;



6. Síntese de triglicérides nos adipócitos.




Assim como os carboidratos, os lipídeos são oxidados em gás carbônico (CO2) e água (H2O). Porém seus átomos de carbono têm baixos estados de oxidação, levando a “queima” de gordura a liberar mais que o dobro de energia que a mesma quantidade de carboidrato ou proteína. Além disso, por serem compostos apolares, as gorduras são armazenadas em estados anídricos, ao contrário da glicose que requer mais que o dobro de seu peso seco em água. Por esses motivos, os lipídeos nos fornecem mais de seis vezes a quantidade de energia quando comparado ao mesmo peso úmido de glicogênio. 



O primeiro passo para o uso de triglicérides como energia é sua hidrólise em ácidos graxos e glicerol, mediada pela hormônio-sensitivo-lipase, em seguida, estes subprodutos são transportados para os tecidos ativos. 



O glicerol sofre transformações e é imediatamente aproveitado na glicólise sob a forma de 3-fosfogliceraldeído e degradado a piruvato que pode entrar no ciclo de Krebs.



A degradação dos ácidos graxos ocorre nas mitocôndrias. Em um processo denominado beta-oxidação as moléculas de ácidos graxos são transformadas em Acetil-CoA, que em seguida entra no ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico) onde são totalmente degradas. 



O processo acima pode ser resumido em quatro estágios



1. Hidrólise dos triglicérides contidos nos adipócitos em glicerol e ácidos graxos; 



2. Aproveitamento do glicerol na glicólise; 



3. Beta oxidação dos ácidos graxos, resultando em Acetil-CoA; 



4. Entrada da Acetil-CoA no ciclo de Krebs.




No "combate" a tudo isso, é comum vermos na mídia, geralmente em revistas ou sites do seguimento de Beleza e Estética, frases do tipo: "Faça sessões com determinado equipamento que as gorduras liberadas são absorvidas pelo sistema linfático e são eliminadas naturalmente…”

Ora... Sabendo que o sistema linfático é um sistema acessório do circulatório e que todo excesso de liquido e substâncias de peso molecular maior que estão ao redor das células são absorvidas e transportadas por esse sistema e posteriormente despejadas dentro do sangue venoso por um orifício localizado na junção das veias jugular e subclávia dos dois lados do corpo, próximos do coração. Esse sistema nada mais é do que um transportador desse líquido absorvido, que depois de entrar nos linfáticos recebe o nome de linfa. Nesse trajeto até o sangue venoso passa por estruturas chamadas linfonodos que filtram esse líquido. Até aí a gordura mobilizada nada sofreu! Nenhuma transformação mágica aconteceu! 
A gordura continua a ser gordura, com todo o potencial energético que ela tem! 
A menos que em algum processo de determinada "terapia" estética realize a TRANSMUTAÇÃO de uma substância em outra, ocorrendo assim uma Alquimia! E a  gordura é transformada em... O quê mesmo?  
Químicos (alquímicos) buscam esta Fórmula desde os primórdios da humanidade! Pelo que sabemos nunca foi documentado cientificamente! 
Lógico que transformações (e não transmutações) ocorrem na química, no nosso organismo não é diferente... mas elas acontecem dentro do organismo por processos fisiológicos e metabólicos que requerem determinadas condições com alguns elementos ou substâncias para acontecerem! 
Vamos nos lembrar que existe uma Lei Universal (Lei da Conservação da Energia) que diz... "a energia não pode ser criada nem destruída: a energia pode apenas transformar-se". 
Desta maneira, por exemplo, a Energia Química dos Nutrientes é convertida em Energia Cinética (movimentando músculos) e Energia Térmica (produzindo calor).

E isto é DEFINITIVO! 

ESTA LEI NÃO MUDA EM LUGAR NENHUM DO UNIVERSO! 
... E MUITO MENOS DENTRO DAS CLÍNICAS ESTÉTICAS!


Se por algum método a tal da gordura virou uma outra substância, a sua ENERGIA POTENCIAL AINDA CONTINUA LÁ, "ESCONDIDA" EM ALGUM ALUGAR, SOBRE OUTRA FORMA! A ENERGIA NÃO PODE SER DESTRUÍDA, APENAS TRANSFORMADA, e ela terá que ser transformada em outra energia, por exemplo em energia cinética (MOVIMENTO) para poder SAIR DO CORPO! 

MAS A ENERGIA CONTINUA A PERCORRER SEU CAMINHO! 
POR EXEMPLO NESTE PROCESSO, DO MOVIMENTO, PARTE DELA VIROU ENERGIA CINÉTICA (QUALQUER EXERCÍCIO QUE VOCÊ TENHA REALIZADO) E AINDA ENERGIA TÉRMICA QUE SE DISSIPA POR ONDAS DE CALOR PELO CORPO ATÉ SAIR DELE! 
AGORA SIM A ENERGIA QUE ESTAVA DENTRO DA CÉLULA DA GORDURA PASSOU DE DENTRO DO ORGANISMO PARA FORA DELE! 

Outra frase comum: “A gordura sai pela urina…”


Quantas vezes seu médico solicitou para você exames para dosar colesterol na urina? Triglicérides na urina?
Nunca? 

Já perguntou o porquê? 

E a resposta é obvia: porque não sai pela urina!
 

Óleo e água não se misturaram! Mesmo no sangue, para que os lipídeos circulem, eles precisam estar ligados a proteínas (são as lipoproteínas).

Se viemos de um processo evolutivo onde a prioridade era armazenar (o alimento era escasso e difícil de se conseguir) agora é fácil entender por que não jogamos energia fora. 
Se em exames existirem a presença, por exemplo, de glicose na urina, isto não é NORMAL! Possivelmente teremos um caso de diabetes... Se são encontradas proteínas na urina, provavelmente existe algum tipo de doença renal. PORTANTO... NÃO É NORMAL A GORDURA SER ELIMINADA PELA URINA! 

Mesmo que exista uma presença de glicerol na urina isto é um indicativo de alteração do metabolismo. O glicerol é um dos substratos da quebra dos triglicerídeos armazenas dos adipócitos, esse glicerol costuma ser reutilizado na produção de glicose para normalizar sua concentração no sangue e evitar a hipoglicemia durante o jejum.
Então... Se for encontrado algum tipo de gordura na urina... NÃO É NORMAL! ALGUMA ALTERAÇÃO METABÓLICA ESTÁ OCORRENDO! CORRA PARA O MÉDICO! 

É comum também a expressão… “A gordura é eliminada pelas fezes…”


Exceção feita quando ela ainda no sistema digestório e não chega a ser absorvida pelo intestino! Continua seu transito para a evacuação...

Agora... Uma vez já dentro do corpo, fora do sistema digestório, presente no sistema metabólico e/ou circulatório... a gordura não tem caminho de volta para o Intestino e ser eliminada por esta via.

Outro raciocínio simples: seria muito bom se tivéssemos um “caninho” que ligasse o sistema circulatório aos intestinos e todos os excessos de gorduras do nosso corpo pudessem ser assim eliminados! Não haveria obesidade, não acham? Ninguém com dislipidemia, certo? Creio também que não estaríamos vivos, já que o armazenamento de gordura, e que tem sim sua importância (em níveis desejáveis!) nessa concepção seria algo impossível.

Sobrou então a eliminação pelo suor! 

Leitores... até produzimos sebo pelas glândulas sebáceas, mas daí, eliminar gorduras mobilizadas nos tratamentos estéticos por essa via… ABSURDO! NÃO CAIAM MAIS NESTA! 

De alguma forma, e profissionais com má fé tem sua parcela de culpa, a fisiologia do metabolismo das gorduras foi deturpada, confundida, misturada e até estuprada! 
Intencionalmente ou não, uma explicação clara, na maior parte das vezes, não é fornecida aos clientes! 
Seja na Medicina Estética, Fisioterapia Dermatofuncional, Esteticistas ou outras áreas aplicadas à Estética, é comum vermos importantes formadores de opinião disseminando estes FALSOS conceitos. E como! INFELIZMENTE! 


Os equipamentos que usam diferentes formas de energia para indução de lipólise extracorpórea, tais como ultrassom, laser de baixa potência, eletrolipólise, radiofrequência, lipocavitação focalizada, dentre outros, mobilizam os triglicerídeos armazenados nos células de gordura quebrando essas moléculas e liberando na circulação ácidos graxos livres e glicerol. 
E a ajuda externa, promovida nestes tratamentos, pode ser um grande acessório para tratar justamente a gordura localizada mais resistente ao metabolismo. Porém, imediatamente após a sessão de tratamento, se faz necessário alguma atividade física intensa, seja aeróbia ou anaeróbia para "aproveitar" esta gordura mobilizada e disponível. Os lipídeos liberado e não consumidos (metabolizados) para produzir ATP, moeda energética utilizada na atividade física, pode ser reesterificado e novamente armazenado nas células adiposas. 
Outra informação importante é a associação de dieta equilibrada, com baixo consumo de gorduras e carboidratos.

Isso vale também para tratamentos que induzem apoptose do adipócito, mecanismo de morte celular programada que leva a célula a se fragmentar e esses fragmentos são degradados por macrófagos, células especializadas em remover detritos do nosso corpo. E parece ser exatamente este processo que ocorre pelo novo e revolucionário método, a CRIOLIPOLISE, que será descrita mais abaixo! 

Faz-se necessário uma urgente atualização por parte dos professores e formadores de opinião e uma verdadeira força tarefa para desvincular esse raciocínio simplista dos clientes que se submetem aos tratamentos estéticos. 
Portanto ao se escolher um bom método para combater a gordura localizada com técnicas estéticas, devemos assegurar que o material liberado da células de gordura vai ser oxidado nas mitocôndrias para não sofrer reesterificação e depósito posterior novamente.

E neste sentido, dizem os especialistas, que uma das técnicas mais revolucionárias que o mercado disponibiliza com efeitos rápidos é a Criolipólise.


Tratamento promete congelar a gordura localizada...
Já ouviu falar em criolipólise? O novo método dermatológico elimina gordura localizada, sem cirurgias!

Já imaginou perder aquela gordurinha localizada que não sai nem com academia nem com reza brava, sem dor e sem esforço? Pois é isso que promete a criolipólise, novo tratamento que utiliza o congelamento para nocautear as células de gordura.
A criolipólise foi a sensação do 68º Encontro da Academia Americana de Dermatologia, realizado em março de 2013 em Miami (EUA). Conhecida nos Estados como coolsculpting, o método está também no Brasil, onde já é aplicado largamente em algumas clínicas particulares.

O grande "benefício" da criolipólise, dizem os propagandistas, é o fato de ser um método que não requer cortes, agulhas ou anestesia. “Este é o diferencial do procedimento: não é invasivo e destrói a célula", apontam os dermatologistas. "Os procedimentos para gordura localizada que existiam até o momento apenas diminuiam a célula de gordura, sem destruir o adipócito."

Vou lembrar que se a célula está ali, desde que o Homem é Homem, é por que deve ter alguma função! E TEM! 
Destruir a célula parece ser Agressivo! Por exemplo, a Lipo também destrói a célula, só que arrancando-a do corpo! Muito mais invasivo e traumático.E muitos especialistas já discutem sobre este procedimento, com muitas contradições e opiniões...

Continuando... Outra vantagem, segundo os especialistas deste método, é que o tratamento conseguiria alcançar as gordurinhas mais difíceis de serem eliminadas (até mesmo com lipoaspiração). “Abdome, flancos (pneuzinhos), parte interna das coxas e gordura das costas podem ser tratadas”, afirmam. Além disso, não há o risco de aumento de gordura na circulação sanguínea, como acontece com alguns outros equipamentos, o que faria o procedimento mais seguro.
Alguns especialistas ainda olham com receio para o novo método, e apontam que ainda é preciso tempo – e mais informações – para julgá-lo eficiente ou não. “Não há evidências publicadas em revistas de prestígio nem em congressos médicos que deem suporte científico a esse método”, alerta Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade da Disciplina de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Mas Como funciona?

A criolipólise é feita através de um aparelho chamado Zeltiq, que literalmente “mata” as células de gordura de frio. Desta maneira o tratamento elimina a gordura localizada logo abaixo da pele. O aparelho, com uma ponteira que é acoplada à pele, faz uma sucção dos tecidos (da pele e abaixo dela) e induz a um resfriamento controlado da gordura (que está abaixo desta pele), como explica Solange Pistori Teixeira, dermatologista da Unifesp Universidade de São Paulo) e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Durante o tratamento, o equipamento ataca somente as células de gordura da região selecionada, sugando a pele e gordura que está por baixo e resfriando a região a -10º C durante uma hora. A pele é protegida por uma película de gel durante a sessão. Convém lembrar que esta sucção é apenas para o resfriamento da região! Não está sendo retirado nada do corpo neste momento! 

A explicação para o processo é simples: as células de gordura são extremamente sensíveis ao frio, por isso, o resfriamento intenso e controlado ajuda a combatê-las. "A baixa temperatura provoca a desagregação (dissolução) de gordura e danifica as células, que são eliminadas naturalmente pelo organismo ao longo de, em média, dois a três meses”, aponta Teixeira.

No início, o paciente sente como um puxão firme e um frio intenso, mas suportável, na região aplicada. Logo após, a sensação é de formigamento na região. Os especialistas garantem que essas sensações são suportáveis e passageiras, e que o paciente não sente dor durante, nem depois do tratamento.
Segundo os especialista, as células congeladas (com seu conteúdo, as gorduras) durante o procedimento são interpretadas pelo organismo como células, ou corpo estranhos, sendo atacadas pelo sistema de defesa do corpo e liberadas lentamente pelo sistema linfático e metabolizadas no fígado, sem comprometer seu funcionamento (???). Hummmm...

A recuperação da criolipólise é imediata (só fica uma vermelhidão no local tratado e um inchaço que pode durar até duas semanas) e os resultados podem ser percebidos em até dois meses após a primeira aplicação. “Em cada sessão perde-se cerca de 20% a 25% da gordura da região aplicada. O número de sessões varia de acordo com a espessura de gordura de cada uma e do resultado esperado pelo paciente. Mas a média de sessões são de duas a três por região”, diz a dermatologista Monica Felice. 

O preço de cada sessão, vale ressaltar, é bem salgado!
Os especialistas garantem que os resultados são permanentes – desde que o paciente tome cuidados para não voltar a engordar. 

Contraindicações...

Apesar de ser um tratamento que promete revolucionar a área estética, a criolipólise não é recomendada para pessoas com sobrepeso ou obesas. Os especialistas alertam que o procedimento só é indicado para retirar gorduras localizadas em pessoas que estejam com o peso ideal, sendo utilizada para definir as linhas do corpo – e não para emagrecer.

Além de pessoas obesas ou com sobrepeso, pessoas com diabetes, hérnia no local a ser tratado, urticária ao frio, crioglobulinemia (doença relacionada ao frio) e gestantes não podem realizar o tratamento. 
Pessoas com menos de 18 anos também não podem fazer a criolipólise.
Mas os especialistas apontam que as contraindicações são mínimas. “O mais importante é que pacientes com diabetes, problemas cardíacos ou com outras contraindicações para cirurgia podem fazer criolipólise”. Mas alguns cuidados devem ser tomados, como respeitar o intervalo entre as sessões – que deve ser de seis a oito semanas – se for necessária mais de uma intervenção, e também que o cálculo de peso ideal seja feito corretamente e levado em consideração.
Os efeitos colaterais também são mínimos, dizem: vermelhidão, inchaço, pontos arroxeados e dormência da pele são comuns após o tratamento e são transitórios. Mas o que preocupa os especialistas é outro aspecto.
“Esse tratamento, como tantos outros, oferece uma promessa de resultado milagroso que não dependeria dos esforços do indivíduo." O que na realidade não é tão verdadeiroa assim! 

Falsas Promessas...

E por falar em resultados milagrosos, algumas clínicas estão “vendendo” a criolipólise com a promessa de eliminar a gordura visceral - aquela que fica entre os órgãos internos e pode levar a alterações metabólicas como aumento de glicose, triglicérides, problemas circulatórios e cardíacos.
Segundo os médicos, isso é impossível: “Para gordura visceral, apenas dieta e exercício resolvem. Nem mesmo a lipo retira”, apontando que nenhum tratamento estético pode eliminar essa gordura - o que também seria muito perigoso, devido à sua proximidade com fígado, pâncreas, rins e até mesmo o coração. “A criolipólise não elimina a gordura visceral, só aquela mais externa, especialmente de regiões como abdome, flancos e a ‘gordurinha do sutiã’".

O que os médicos enfatizam é que, apesar do respaldo da FDA, o tratamento ainda é muito recente, e há poucas pesquisas que comprovem sua eficácia e segurança. Difícil vai ser segurar o entusiasmo das pessoas que querem perder a gordurinha localizada.

Outro alerta importante é que o aparelho Zeltiq (ver imagem - certificado pela FDA e pela Anvisa) já ganhou um “genérico”, que está em operação em algumas clínicas para fazer a criolipólise, com um preço mais baixo. 

Porém, esse outro aparelho não tem registro na Anvisa e existem relatos de queimaduras por frio e outras complicações. CUIDADO!
É preciso muito cuidado na hora de escolher a clínica para realizar o tratamento, verificando se o local, o corpo médico e o aparelho são certificados para fazer a criolipólise. 
A segurança ter que vir sempre em primeiro lugar.
Vamos ficar atentos a novos estudos! Cautela! 

Não há até o momento, evidências publicadas em revistas de prestígio nem em congressos médicos que deem suporte científico a esse método.

MAIS UMA VEZ... CAUTELA!


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terça-feira, 11 de junho de 2013

ESTRESSE

ESTRESSE 

 

ESTRESSE - Estresse (português brasileiro) ou stresse (português europeu) pode ser definido como:
(a) -  a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e;
(b) - o desgaste físico e mental causado por esse processo.

O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças de muitos tipos, especialmente as cardiovasculares.




Os agentes estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo necessário para o processo de adaptação, dividem-se em 4 tipos:

1) Acontecimentos Biográficos Críticos: são acontecimentos localizáveis no tempo e no espaço, que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social.
Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc;

2) Estressores Traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a capacidade adaptativa do indivíduo (estruturando um trauma);

3) Estressores Quotidianos: são acontecimentos desgastantes do dia-a-dia, que interferem no bem-estar do indivíduo e que veem essas experiências como ameaçadoras, dolorosas, frustrantes ou como perdas.
São exemplos: problemas com o peso ou a aparência, problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.);

4) Estressores Crônicos: são situações ou condições que se estendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse (exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e  situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).

Agentes Estressores:

a) desprezo amoroso;
b) dor e mágoa;
c) luz forte;
d) níveis altos de som;
e) eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crônicas, desemprego e amnésia;
f) responsabilidades: dívidas não pagas e falta de dinheiro;
g) trabalho/estudo: intimidação ("bullying"), provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos;
h) relacionamento pessoal: conflito e decepção;
i) estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia;
j) exposição de estresse permanente na infância (abuso sexual infantil).


SAG - (Síndrome da Adaptação Geral)

Essa teoria, chamada general adaption syndrome em inglês, é a teoria original de Seyle (1936), segundo a qual o organismo reage à percepção de um estressor com uma reação de adaptação (ou seja, o organismo se adapta à nova situação para enfrentá-la), que gera uma momentânea elevação da resistência do organismo.
Depois de toda tensão deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e excitação necessário para a manutenção da saúde.

Hummmm.... Conhecemos estes procedimentos de algum lugar não é mesmo?
Pois é! O funcionamento é igual para todo o tipo de Estresse, inclusive para os Esforços Físicos!

Retornando... Assim se o organismo continuar sendo exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial, o que, a longo prazo, pode gerar problemas de saúde. Na atividade física chamamos de overuse ou overtraining!

Esse processo atravessa três fases:

1) Reação de Alarme: a glândula hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico que age sobre as glândulas supra-renais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticóides, como o cortisol. Este por sua vez inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de aminoácidos no sangue, que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentando assim o nível de açúcar no sangue - a excessiva produção de açúcar poder levar a um choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do sistema imunológico.

2) Estágio de Resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de corticóides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.

3) Estágio de Esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas supra-renais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.


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segunda-feira, 10 de junho de 2013

ESCOLIOSE

A ESCOLIOSE – GUIA PRÁTICO

 

Definição: A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (caracteriza-se por uma proeminência ou maior volume da musculatura e pode ser correlacionada com a magnitude da deformidade espinhal).
A escoliose é uma deformidade vertebral que pode ter diversas origens. As escolioses de um, ou outro grupo etiológico, podem ter prognósticos muito diferentes, pela distinta progressividade e gravidade de suas curvas.
Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso opô-la à atitude escoliótica (que é "apenas" postural). E desta maneira identificamos esta assim:
1) Sem gibosidade e
2) Sem rotação vertebral...
A atitude escoliótica, é diferente da escoliose, e deve-se, em 8 entre 10 casos, a uma desigualdade de comprimento dos membros inferiores, e desaparece com o paciente na posição horizontal.

Existem três grandes causas para a escoliose:

1) A escoliose congênita (de nascença) decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido;

2) A escoliose neuromuscular é causada por problemas como fraqueza muscular ou do controle precário dos músculos, ou paralisia decorrente de doenças como paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida e pólio;

3) A escoliose idiopática não possui causa conhecida. A escoliose idiopática em adolescentes é o tipo mais comum.

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna. A maioria dos casos ocorre em meninas. O encurvamento geralmente se agrava durante os surtos de crescimento. A escoliose em crianças é menos comum e geralmente atinge igualmente tanto meninas quanto meninos.

Identificando...

A) Caracterizada pela alteração da coluna no plano frontal;

B) QUANTO À FORMA DA CURVA:

b.1) Curva simples – à direita ou à esquerda (escoliose em “C”);

b.2 Cuva dupla – escoliose em “S”


C) PODE SER AINDA:

c.1) ESTRUTURAL – A CURVATURA É IRREVERSÍVEL, apresentando rotação das vértebras para o lado da convexidade da curva;

c.1.1) A GIBOSIDADE
Proeminência costal do lado convexo da curvatura escoliótica, na verdade, é uma rotação das vértebras e do gradil costal, no sentido posterior para o lado da convexidade da curva;
Na região torácica, a gibosidade é reproduzida pela rotação vertebral, e das costelas posteriormente;
Na região lombar, pela posteriorização dos processos transversais das vértebras e por uma elevação dos músculos eretores da espinha.
Esta se acentua com o movimento de flexão anterior da coluna.

IMPORTANTE! A presença da gibosidade informa que a ESCOLIOSE É ESTRUTURAL.


c.2) NÃO-ESTRUTURAL - também chamada de FUNCIONAL OU POSTURAL, por não apresentar alterações estruturais ou rotacionais das vértebras:

c.2.1) A curva desaparece quando o tronco é fletido à frente;

c.2.2) Normalmente aparece nos adolescentes, proveniente de má postura;

c.2.3) Outras causas podem ser diferença de comprimentos de membros inferiores, disfunções da pelve

c.2.4) A CURVATURA É REVERSÍVEL.

D) CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A LOCALIZAÇÃO DAS CURVATURAS ESCOLIÓTICAS:

d.1) Cervicotorácicas;
d.2) Torácicas;
d.3) Toracolombares;
d.4) Lombares;
d.5) Lombossacrais.


E) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS:

1) A ESCOLIOSE ESTRUTURAL NÃO PODE SER CORRIGIDA POR TERAPIA DE REEDUCAÇÃO POSTURAL.

2) Toda inclinação lateral da coluna promove um mecanismo rotacional das vértebras, posteriormente.

3) A gravidade da escoliose é determinada pelo ângulo da curvatura (Ângulo de Cobb*) e rotação das vértebras:
3.a) Escoliose leve – menos de 30 graus
3.b) Escoliose moderada – entre 30 e 50 graus
3.c) Escoliose grave – acima de 50 graus. Normalmente, está associada a alterações no coração e pulmões. Nestes casos, geralmente a cirurgia corretiva é indicada.


4) Sobre as Curvaturas:
4.a) Curvatura principal – a mais importante da escoliose. É também a maior curvatura, geralmente, na região torácica.
4.b) Curvatura compensatória – é aquela que se desenvolve acima ou abaixo da curvatura principal. Ela tende a manter o alinhamento corporal normal e pode ser estrutural ou não. Geralmente, apresenta menor angulação que a curvatura principal.
4.c) A VÉRTEBRA APICAL – é a mais deslocada do eixo vertical da coluna; esta informa o ápice da curvatura escoliótica, indicando também através do Ângulo de Cobb qual curvatura é a principal.
4.d) Vértebra de transição – é a vértebra “neutra”, situada em cada extremidade da curvatura, que faz a transição de uma curvatura para outra.

F) EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO NA MUSCULAÇÃO -

É raríssimo encontramos indivíduos sem nenhum grau de escoliose, especialmente em naqueles vindo de longo período de sedentarismo. Dessa forma, estes geralmente apresentam uma ESCOLIOSE NÃO-ESTRUTURAL que como visto são corrigíveis desde que feito um trabalho adequado desde o primeiro dia na musculação. Mais uma vez, reforço a importância de um processo de avaliação funcional bem feita que forneça todos os dados necessários ao professor e que este SAIBA como trabalhar com esses dados.
Indivíduos com menos de 20 graus de escoliose tanto ESTRUTURAL (e esta deve ser corrigida com o treinamento) quanto a NÃO-ESTRUTURAL, quando muito bem acompanhados e orientados, dificilmente terão algum problema na sua prática da musculação.
Já os indivíduos entre 20 e 50 graus de Escoliose (geralmente é Estrutural) deveriam (e esta é uma análise generalizada minha!) passar também por um treinamento de reeducação postural de modo a estabilizar melhor a coluna antes de começarem a musculação. E ainda como recomendações gerais, observar com muito cuidado e em que momento a real necessidade da progressão das cargas verticais sobre a coluna.

G) TRATAMENTO COM COLETES - Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.

Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar cada um deles adequadamente. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A órtese exata será decidida pelo paciente e o médico.
Um colete para as costas não reverte a curva. Em vez disso, usa a pressão para alinhar a coluna vertebral. O colete pode ser ajustado com o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.
A decisão do momento apropriado para se operar é variável. Após os ossos do esqueleto cessarem o crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por conta disso, talvez o cirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente. Curvas de 40° ou mais geralmente precisam ser operadas.


H) CIRURGIA - A cirurgia consiste em corrigir a curva (embora não completamente) e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos até que o osso seja recuperado. Às vezes, a cirurgia é feita através de um corte nas costas, no abdômen ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.

Muitas vezes, as limitações impostas pelos tratamentos afetam o lado emocional e podem ameaçar a autoimagem, principalmente para adolescentes. Apoio emocional é importante.

Fisioterapeutas e ortopedistas (especialistas em aparelhos ortopédicos) podem ajudar a explicar os tratamentos e a assegurar que o colete se encaixe confortavelmente.

* SOBRE O ÂNGULO DE COBB -

Quem foi Cobb afinal ?

O Dr. John Robert Cobb (1903-1967) foi um ortopedista Norte Americano, que se especializou no tratamento da escoliose. Seu nome entrou para a história da medicina graças ao método criado por ele para quantificar a curvatura da coluna vertebral. O ângulo de Cobb, como ficou conhecido, foi descrito pela primeira vez em um artigo publicado em 1948 [1]. Neste paper foi descrito o método utilizado por ele para medir o chamado "ângulo da curva" em Raios-X. Dr Cobb acreditava que esta era a melhor forma de medir as curvas de escoliose e creio que muitos concordaram com ele pois ainda hoje é um método amplamente utilizado.

Qual o significado do ângulo de Cobb?

O ângulo de Cobb é uma medida mundialmente utilizada para quantificar a angulação frontal da escoliose em uma radiografia de incidência A-P. A tomada de decisão em relação ao tratamento baseia-se no grau e na progressão da curvatura da escoliose, sendo que a gravidade da escoliose é diretamente proporcional à angulação da curva.

Sua classificação é feita da seguinte maneira:

- As escolioses menores de 10º são consideradas normais e não requerem tratamento médico;
- Escoliose leve: menos de 20º;
- Escoliose moderada: de 20 a 40º;
- Escoliose grave: de 40 a 50º ou mais.

É importante ter em mente que o ângulo de Cobb possui significativas limitações, tais como o fato de não avaliar adequadamente a rotação vertebral pois mede a curva em apenas um plano (duas dimensões). Nesse sentido, podemos considerar que este método tem um ponto falho em avaliar uma deformidade que na realidade é tridimensional.
Uma outra fonte de erro seria a escolha de vértebras diferentes como referência para a mensuração do ângulo. Ex: Um profissional pode considerar a vértebra T11 como referencial inferior enquanto outro pode considerar T10. Na verdade, esta diferença pode resultar em uma pequena discrepância no resultado numérico provavelmente sem maiores repercussões, pois ninguém indicará (assim é o esperado!) colete ou cirurgia se o paciente não tiver pelo menos uma curvatura considerável.
A mensuração da curvatura pode também variar discretamente entre uma radiografia e outra devido a fatores como: Se o paciente estava mais ou menos ereto durante a radiografia. Neste ponto fatores como fadiga muscular podem representar fatores de erro.
No entanto, considerando estes "desvios" (para não fugir do tema! hehehe!), nenhum outro método é capaz de substituir completamente o método de Cobb, considerando a relação entre praticidade e a confiabilidade dos resultados ainda é o principal método de escolha para avaliação da escoliose.


EXCELENTES TREINOS! ATÉ O PRÓXIMO!

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sábado, 22 de dezembro de 2012

SÍNDROME DO OVERREACHING, OVERTRAINING OU OVERUSE








A Atividade Física está cada vez mais, ganhando novos adeptos, em suas mais diferentes possibilidades e isso é Excelente!
Contudo, uma exposição maciça de corpos "perfeitos", competitividade natural e até exacerbada e rendimentos exclusivos de atleta de alto rendimento, parece estar influenciando pessoas "NORMAIS", e quero dizer aqui, NÃO ATLETAS, a  ultrapassarem seus limites a cada atividade, exercício ou prova, na busca pelo máximo  desempenho.
Essa  busca  encontra  fundamento no  processo  de  treinamento  os estímulos geradores do processo de adaptação do organismo mediante aplicação de cargas  que rompem  o  equilíbrio  interno  do  mesmo  e,  assim,  proporcionam adaptações para a melhoria do rendimento atlético.
O estímulo provocado pelas cargas de treino pode gerar adaptações positivas e  negativas,  as  adaptações  negativas  ocorrem  quando  há  um  desequilíbrio  na relação estresse/recuperação ultrapassando a capacidade do indivíduo em se adaptar à demanda imposta, ocasionando redução do desempenho por um período curto de até  duas  semanas  ou,  prolongado  por  vários  meses,  os  quais  caracterizam respectivamente, o overreaching e o overtraining.
Na tentativa de se controlar a carga de treino, vários parâmetros têm sido investigados, já que, o estresse provocado pelos treinamentos acarreta alterações nos mesmos, alguns estudos têm sido desenvolvidos com a utilização de variáveis fisiológicas, bioquímicas, psicológicas, hematológicas e imunológicas na verificação dos efeitos a curto e longo prazo da carga de treino. No entanto, poucos estudos fizeram tais mensurações em esportes coletivos e nem sempre monitoraram, nestes casos, os atletas, de forma sistemática, durante uma fase da periodização.

Overtraining ou super-treinamento é uma síndrome que acomete pessoas que praticam esportes ou treinamentos com altos níveis de exigência para obtenção um determinado objetivo e ocorre quando o organismo é submetido a uma sobrecarga exagerada sem que haja um descanso adequado. Geralmente, se dá por um conjunto de múltiplos fatores de estresse (emocionais, comportamentais e/ou ligados à condição física), aliados há um desequilíbrio entre a carga de treinamento e a falta de recuperação.
Fisiologicamente, a  síndrome  do  overtraining,  é  um  distúrbio  neuroendócrino (hipotálamohipofisário-adrenal - HHA) que resulta do desequilíbrio entre a demanda do exercício e a possibilidade de assimilação do treinamento acarretando falha no controle dos efeitos do estresse do treinamento (PETIBOIS et al., 2003; SILVA, 2004; ROHLFS et al., 2005; BUDGETT, 2009).


REVISÃO: 

A  busca  pela  melhoria  no  desempenho esportivo encontra  no  treinamento  os  estímulos  geradores  do  processo  de adaptação do organismo. A base para que essas adaptações sejam realizadas está na aplicação da ciência do treinamento desportivo (BORÍN et al., 2007a; ALEXIOU; COUTTS, 2008; HAYES; QUINN, 2009) o qual se caracteriza como um processo ativo, complexo, regular, planificado e orientado para melhora do desempenho do atleta (WEINECK, 1999). Portanto, é consenso que a meta final do  treinamento  desportivo  consiste  na  aplicação  de  cargas  que  provocarão melhora do rendimento na competição ou prova (BOMPA, 2001; SILVA, 2004; BORÍN et al., 2007b; MEEUSEN et al., 2007; MEEUSEN et al., 2008; HAYES;  QUINN, 2009).
O processo de treinamento pode ser baseado na teoria da Síndrome da Adaptação Geral (SAG) de Hans Seyle (1956) que considera o estresse como um fenômeno intimamente ligado às adaptações ao treinamento sofridas pelo organismo  (KENTTÄ;  HASSMÉN,  1998;  FARTO,  2002;  GARET  et  al.,  2004; ACSM., 2009).
Para que essas adaptações ocorram, as noções chave do processo de treinamento  que  devem  ser  respeitadas  são:  a  fadiga,  a  homeostase,  a recuperação e a supercompensação  (STEINACKER et al., 2004),  sendo que a carga de treino designa o estímulo ou o estresse que é imposto a um atleta ou indivíduo (BORÍN  et  al.,  2007a). Estes  estímulos,  de  forma  objetiva  e  intencional procuram induzir estados de fadiga controlada orientados para a obtenção de adaptações específicas (ACSM, 2009). Os níveis de fadiga e os processos de recuperação subsequentes são determinados pelas características  dos estímulos aplicados (MIRANDA; BARA FILHO, 2008).

Os estímulos estressores, portanto, são parte essencial do processo de treinamento (SILVA, 1990; MASO et al., 2004) por promoverem um desequilíbrio da homeostasia por meio do aumento progressivo das cargas de treinamento (MIRANDA; BARA FILHO, 2008).

Uma das condições primordiais para um treinamento de qualidade é o contínuo  e  adequado  rompimento  do  equilíbrio  interno  do  organismo (Homeostasia)  mediante  a  aplicação  de  um  estressor  que  irá  gerar  uma
resposta adaptativa positiva (eustresse) a fim de tentar recuperar esse equilíbrio (FREITAS; MIRANDA; BARA FILHO, 2009). Isso é considerado uma resposta normal do treinamento e o aumento progressivo na carga de treino seguido de recuperação suficiente resulta em melhoria do desempenho, sendo essa, a base de  um  programa  eficiente  (HALSON;  JEIKENDRUP,  2004).  Desta  forma,  o organismo  se  desorganiza  e  se  organiza,  sucessivamente,  promovendo adaptações em seus sistemas para que se torne mais eficiente,  complexo  e sofisticado,  apresentando  adaptações  positivas  ao estresse (carga  de  treino) que foi imposto.
As  cargas  de  treino  são  fundamentais  no  processo  de  treinamento  e podem ser entendidas  como  estresse  psicofisiológico induzido  pelo  exercício determinado pela combinação da intensidade com a duração e a freqüência do treinamento (SMITH, 2003; TAHA; THOMAS, 2003), assim como, o conjunto de estímulos  de  natureza diversa  administrado  no  processo de  treinamento  que solicita  um  ou  vários  sistemas  orgânicos,  rompendo  o  equilíbrio  interno  do organismo  (BONETE  SUAY,  2003).  A  progressão  das  cargas  é  fundamental para estimular constantes adaptações anatômicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas  que  irão  melhorar  o  desempenho  do  atleta  (IMPELLIZERI; RAMPININI; COUTTS, 2004; BORRESEN; LAMBERT, 2008).

Uma dificuldade relacionada ao treinamento está em estabelecer a taxa de  aumento  da  sobrecarga  (intensidade  e  volume)  para  cada  atleta  nas diferentes fases do Treinamento (macrociclo). A inadequação do volume e da intensidade nas sessões  ou  nos  períodos  de  pausa  pode  exceder  à  tolerância  individual,  ao exercício e a capacidade de recuperação do atleta ou do praticante, promovendo um desgaste desnecessário (MEEUSEN et al., 2007; BUDGETT et al., 2008). 
Atletas de elite freqüentemente  desafiam  o equilíbrio do  treinamento,  por assumirem  possuir alta  tolerância  ao  estresse  de  treino  permitindo  acúmulo  de  altas  cargas  de treino em um determinado período (DEGORCES et al., 2007).

A  intensidade  e  o  volume  de  treinamento,  assim  como,  o  tempo  de recuperação entre os treinos tem sido uma grande preocupação para técnicos, professores, preparadores físicos, fisiologistas e cientistas do esporte, pois existe uma linha tênue  entre  os  resultados  positivos  (aprimoramento  da  condição  física)  e negativos (efeitos deletérios) proporcionados pelo estresse da carga de treino (MIRANDA; BARA FILHO, 2008; FREITAS; MIRANDA; BARA FILHO, 2009).

A carga é, então, o elemento central do processo de treino e compreende o processo de confronto do desportista com as exigências físicas, psíquicas e intelectuais  que  lhe  são  apresentadas  durante  o  treino,  com  o  objetivo  de aperfeiçoar  o  rendimento  desportivo  (VERKHOSHANSKY,  2002),  ou  seja,  o treinamento  é,  em  termos  gerais,  um  processo  permanente  de  adaptação  à carga de trabalho. Portanto, a quantificação dos efeitos positivos e negativos da dose de resposta da carga de treino permitiria adaptações ao treinamento para melhora  do  rendimento  que  poderia  levar  ao  melhor  entendimento  de  como aperfeiçoar  a  periodização  do  treinamento  (ACSM,  2009;  HAYES;  QUINN, 2009).
Ao  considerar  a  importância  do  controle  da  carga  no  processo  de treinamento,  Miranda  e  Bara  Filho  (2008)  pontuam  que  se  os  treinadores controlarem  adequadamente  essas  cargas  estarão  dando  um  importante  e significativo  passo  para  o  sucesso  de  seu  programa  de  treino.  Assim,  a habilidade de se avaliar e monitorar a carga de treino pode oferecer informações importantes para a prescrição individualizada dos programas de treino (FOSTER et al., 1995; ALEXIOU; COUTTS, 2008; BORRENSEN; LAMBERT, 2008).

Apesar do controle da carga de treino ter uma importância fundamental no processo de treinamento, infelizmente não existe um parâmetro universal que
pode  ser  utilizado  para  vários  estímulos  de  treino  (PETIBOIS;  CAZORLA;
DÉLERIS,  2003),  o  que  sugere  a  pouca  atenção  oferecida  ao  processo  de quantificação  da  carga.  O  fato  de  não  se  ter  um  método  de  quantificação desenvolvido para vários tipos de exercício, mostra que a importante influência da carga de treino, na resposta do exercício, seja raramente levada em conta (DEGORCES et al., 2007; HAYES; QUINN, 2009). Além disso, o controle da carga  é  muito  mais  complexo  do  que  pode  parecer  (BORIN  et  al.,  2007a).
Alguns autores descrevem esse processo como crítico (FOSTER et al., 2001).
Há muito tempo, os cientistas têm dedicado esforços na procura de meios para quantificação da carga de treino. Existem diferentes fatores para qualificá-la como: volume, intensidade, freqüência, densidade entre outros. Normalmente, não  há  dificuldade  em  se  quantificar  algumas  grandezas  externas,  mas  são poucos os instrumentos fidedignos para estimativa do impacto dessas cargas, efetivamente, sobre o organismo dos atletas ou dos praticantes (PETIBOIS; CAZORLA; DÉLERIS,2003; BORÍN et al., 2007a).

Apesar dos avanços nas pesquisas com as cargas de treinamento, ainda não foi identificado um marcador confiável, simples e específico para monitorar regularmente a resposta do atleta à carga de treinamento (LEHMANN, 1993; KENTTÄ; HASSMÉN, 1998) e para diagnosticar o overreaching e o overtraining nos  estágios  iniciais  (GLEESON,  2002;  VARLET-MARIE  et  al.,  2003; MARGONIS  et  al.,  2007),  pois  nenhum  parâmetro  isolado  é  suficiente  para avaliá-los e predizê-los (HARTMANN; MESTER, 2000). Assim, o monitoramento do treinamento deveria envolver uma avaliação multivariada para mensurar a adaptação às cargas de treino (ALVES et al., 2006; PURGE et al., 2006).

O  constante  planejado  rompimento  do  estado  de  equilíbrio  interno (homeostático) é utilizado por treinadores e atletas para alcançar evoluções específicas  nos  sistemas  responsáveis  por  uma  melhora  no  desempenho esportivo  (KENTTÄ;  HASSMÉN,  1998;  WEINBERG;  GOULD,  2001;  SILVA, 1990; GARET et al., 2004; ROHLFS et al., 2005).
Desta forma, o estresse, não pode ser considerado um fator negativo já que ele é um  elemento  real  e  funcional  absolutamente  necessário  para  que  as respostas  adaptativas  positivas  ao  treinamento  ocorram  em  ambientes  de esporte competitivo (SILVA, 1990; MIRANDA; BARA FILHO, 2008; FREITAS; MIRANDA; BARA FILHO, 2009). Kelmann (2001) considera, por exemplo, que enfrentar e resolver efetivamente um problema são capacidades resultantes de uma adaptação positiva  às demandas psicológicas.  Se um determinado atleta nunca é exposto ao estresse competitivo é improvável que o mesmo desenvolva  adaptações  para  responder  aos  estressores  quando  eles aparecerem  durante  um  jogo  competitivo  (SILVA,  1990;  MIRANDA;  BARA FILHO, 2008).


Normalmente,  em  reposta  a  um  determinado  estímulo  estressor,  o resultado pode ser o eustresse (respostas positiva com evolução das funções e evolução no treinamento), distresse (reações negativas, prejuízo na função e  decréscimo  no  rendimento  ou  uma  associação  entre  as  duas  respostas) (SILVA, 1990; ROHLFS et al., 2005; MIRANDA; BARA FILHO, 2008). 

Como nem todo processo de treinamento é realizado com equilíbrio entre a  demanda  imposta  e  a  recuperação  necessária  para  que  o  organismo  se reajuste e se adapte a tal demanda positivamente, as adaptações negativas podem ocorrer.
As  adaptações  negativas  do  treinamento  são  inevitáveis  quando  se negligência a recuperação como parte fundamental e integrante do processo de  treinamento,  dando-se  importância  somente  ao  estresse  de  treino propriamente dito levando à respostas negativas como queda no desempenho do atleta. (SMITH, 2003; KELMAN, 2001). Segundo Heldelin et al. (2000), a principal  causa  das  adaptações  negativas  é  a  incorreta  condução  do treinamento em termos de volume ou intensidade ou pausa de recuperação.
Apesar  do  foco  no  estresse  do  treinamento,  pesquisas  têm demonstrado  que  estressores  adicionais  ao  exercício  como  (psicológicos: expectativas  do  treinador  e  dos  familiares,  estresse  competitivo, comportamento  social,  relação  com  família  e  amigos,  monotonia  no treinamento,  problemas  pessoais  e  emocionais,  demandas  de  trabalho (PELUSO,  2003; ROHLFS  et  al., 2005;  MEEUSEN et al.,  2007) ou mesmo trabalho,  viagens  e  nutrição  inadequada)  (FOSTER;  LEHMAN,  1997; MEEUSEN et al., 2006) parecem predispor os atletas a adaptações negativas por  aumentarem  ainda  mais  a  demanda  imposta  ao  organismo (JEUKENDRUP et al., 1992; STEINACKER et al., 2000; HALSON et al., 2002; URHAUSEN; KINDERMAN, 2002; HALSON et al., 2003).

O  treinamento,  portanto,  é um processo  que depende  do  equilíbrio entre estresse e recuperação, sendo que uma resposta adaptativa positiva a sobrecarga imposta dependerá do ajuste fino entre a demanda geradora total desencadeada pelos estímulos estressores físicos, psíquicos e sociais e o tempo e a capacidade de recuperação do atleta aos mesmos (LEHMANN et al., 1997, KENTTÄ; HASSMÉN, 1998; STEINACKER et al., 2002; MEEHAN et al., 2004; ALVES, 2006), ou seja, o treinamento é um processo que possui dois fatores essenciais para o sucesso, (estresse∕recuperação) sendo que aperfeiçoar o processo de recuperação permite ao  atleta  tolerar  treinos  mais  freqüentes  e  mais  intensos  e  ainda  responder positivamente aumentando, assim, o limiar de adaptação do mesmo.
Quando o equilibrio é alcançado é sinal que foi respeitada a importância da recuperação  no  processo  de  treinamento  (SMITH,  1997;  KENTTÄ;  HASSMÉN, 1998). A partir daí alcança-se as adaptações positivas, as quais são de natureza temporária, ou seja, para manutenção dessas adaptações e, conseqüentemente, dos ganhos do treinamento o estímulo, muitas vezes, tem que ser reimposto em níveis semelhantes sendo que aumentos planejados e graduais no estímulo também resultam na possibilidade de ganhos mais adiante (MANSO, 2005).
Caso o equilíbrio estresse-recuperação seja rompido, ocorre uma inadaptação ou  mesmo  uma  adaptação  negativa  chamada  por  muitos  de  overreaching (MEEUSEN et al., 2006).

Pode-se dizer que o overreaching é um momento chave no processo de treinamento,  pois  marca  o início  de  uma  falha  do  organismo  em  se  adaptar  a sobrecarga (demanda) imposta (KENTTÄ; HASSMÉN, 1998).  Kreider et al. (1998) definiu  o  “Overreaching  como  um  acúmulo  de  estresse  de  treinamento  e  não treinamento, resultando num decréscimo do desempenho em curto prazo com ou sem sinais e sintomas psicológicos e fisiológicos, sendo que, a restauração das capacidades normais se dá de alguns dias a algumas semanas”.

Conhecer  e  identificar  o  overreaching é  essencial,  para  que  o  treinador manipule  as  variáveis  do  treinamento,  afim  de  proteger  seu  atleta  contra  as adaptações negativas, já que, o overreaching pode se tornar uma fase positiva, se for  planejado  previamente  (BUDGETT,  1990;  HALSON;  JEIKENDRUP,  2004; HALSON et al., 2002).

Portanto, quando o overreaching ocorre, o mesmo pode tomar duas direções distintas: positiva ou negativa denominados por Meeusen (2006) por  overreaching funcional e overreaching não funcional, respectivamente.
A direção positiva pode ser alcançada quando o treinamento permite ao atleta
recuperação adequada. Proporcionando uma supercompensação e um desempenho superior (GARET et al., 2004; ACSM, 2009). Outra hipótese é a utilização planejada deste  período  de  desequilíbrio-equilíbrio  para  obter  ganhos  significativos  em momentos  bem  específicos  do  ciclo  de  treinamento.  Ou  seja,  o  que  se  faz  é manipular  as  respostas  do  organismo  em  benefício  do  atleta,  em  um  período específico do treinamento, sabendo-se que o organismo sempre tentará manter o equilíbrio e que sua resposta será sempre superior ao estímulo oferecido desde que
a recuperação oferecida seja suficiente.
A  direção  negativa  é  atingida  quando  o  overreaching é  alcançado aleatoriamente,  sem  planejamento.  E  pode  ocorrer  devido  a  um  equívoco  na distribuição e evolução das cargas de treino ao longo do ciclo de treinamento, o que desencadeará um padrão de respostas negativas intitulado por Meeusen (2006) de overreaching não funcional.


Se altos níveis de treinamento persistem ou aumentam com recuperação insuficiente um estado mais sério se desenvolverá, o  overtraining (URHAUSEN; KINDERMANN, 2002; ROGERO et al., 2005; CUNHA et al., 2006). Além disso, outros estressores que não o de treino como: freqüência de competições, monotonia do treinamento, estressores psicossociais e excesso de viagens podem levar  a evolução da síndrome (KENTTÄ; HASSMÉN, 1998; KELLMAN, 2002). 

Kreider  et  al.  (1998)  definiu  o  overtraining  como  “um  decréscimo  do desempenho  em  longo  prazo  com  ou  sem  sinais  e  sintomas  psicológicos  e fisiológicos, em que a restauração das capacidades normais pode levar de semanas a meses”.
Várias  denominações  são  dadas  a  esse  fenômeno  na  literatura:  trabalho excessivo “overwork”, fadiga  crônica  ou  persistente  “overfatigue”,  uso  excessivo “overuse” (termo utilizado também para lesões esportivas), fadiga a curto prazo “overreaching”,  estafa  “staleness”,  exaustão  emocional  “burnout”,  overtraining a longo e curto prazo e outros (BUDGETT, 1998; KREIDER et al., 1998).

Recentemente, Budgett et al. (2000), Robsonn, (2003), Budgett et al. (2009) redefiniram a síndrome do overtraining como “síndrome da redução inexplicada dodesempenho  concordada  por  atleta  e  treinador  apesar  de  duas  semanas  de repouso”.
Apesar dessas definições citadas, os cientistas precisam de uma mais clara para  avançar  nos  conhecimentos  da  síndrome  (KENTTÄ;  HASSMÉN,  1998).
Segundo Silva (1990), é difícil de descrever explicar e predizer um fenômeno que não tenha definição claramente definida.
A variabilidade nos sintomas e a falta de testes diagnósticos ajudam a explicar as contradições nas pesquisas em relação à síndrome da queda inexplicável do desempenho  (URHAUSEN;  KINDERMAN,  2002).  Como  não  há  ferramentas diagnósticas  para  detectar  o  overtraining além  do  declínio  do  desempenho, sensação  de  fadiga  e  distúrbio  do  humor,  tal  diagnóstico  é  realizado  mediante exclusão de outras variáveis que influenciam as mudanças no desempenho e no humor. (UUSITALO et al., 2001; HALSON; JEIKENDRUP, 2004; MEEUSEN et al., 2006; NEDEHORF et al., 2008).
Além disso, a maioria das pesquisas nessa área tem investigado atletas em overreaching e não em overtraining, já que, não é ético induzir o overtraning em um indivíduo (HALSON; JEIKENDRUP, 2004).
Pouco se avançou, nos últimos anos, quanto às ferramentas para diagnóstico do  overtraining,  apesar  de  vários  marcadores  bioquímicos,  fisiológicos, imunológicos, e psicológicos pesquisados (URHAUSEN; KINDERMANN, 2002). A
falta de estudos bem controlados que incluam avaliação apropriada do desempenho, assim como, níveis basais e períodos de recuperação prejudicam o entendimento dessa síndrome (HALSON; JEIKENDRUP, 2004).

Embora não haja um parâmetro confiável para ser um indicador independente da  síndrome  do  overtraining,  o  monitoramento  do  desempenho,  os  parâmetros fisiológicos,  bioquímicos,  imunológicos  e  psicológicos,  podem  ser  a  melhor estratégia  em  identificar  atletas  que  falham  em  adaptar-se  ao  estresse  do treinamento. (MEEUSEN, 2007).
Atletas experimentam fadiga e redução no desempenho como conseqüência de um processo normal de treinamento. Como visto, quando o equilíbrio entre o estresse de treino e a recuperação é desproporcional pode ocorrer os estados de overreaching e overtraining (HALSON; JEIKENDRUP, 2004).
Várias tentativas têm sido realizadas com o intuito de definir, cuidadosamente, as respostas negativas para o estresse de treinamento. Já que ambos, overreaching e  overtraining,  envolvem  respostas  psicofisiológicas  semelhantes,  a  maior preocupação é a diferenciação dos conceitos de tais estados de treinamento.
O ponto de partida é reconhecer que os termos, overtraining e overreaching, são  considerados  produto  ou  resultado  do  processo  de  treinamento  (HALSON; JEIKENDRUP,  2004),  nos  quais  o  atleta  apresenta  uma  queda  no  rendimento esportivo, além de alterações moleculares, bioquímicas, psicológicas, imunológicas e hematológicas (MEEUSEN, 2007) decorrentes de um desequilíbrio entre estresse e recuperação.

Devido às semelhanças, o overreaching pode ser denominado por Staleness (SILVA, 1990) overreaching funcional (MEEUSEN, 2006; NEDERHOF et al., 2006), overtraining de curto prazo (KREIDER, 1998) ou  overtraining positivo  (KENTTÄ; HASSMÉN,  1998).  Neste  processo,  o  indivíduo  se  recupera  totalmente  em  no máximo duas semanas de recuperação, enquanto que no overtraining, o período de recuperação  pode  levar  de  algumas  semanas  a  meses  (BUDGETT,  1990; GLEESON, 2002; HALSON et al., 2002). Essas diferenças sugerem que a diferença entre o  overtraining e o  overreaching se relaciona com a quantidade de tempo necessário para restauração do desempenho e não com o tipo e a duração do estresse  ou  o grau  de  prejuízo  (ROWBOTTOM  et  al.,  1998;  UUSITALO,  2001; MEEUSEN, 2006; MIRANDA; BARA FILHO, 2008).

O overreaching ocorre devido ao acúmulo do estresse do treinamento e de outros  fatores,  sociais  e  psicológicos,  que  resultam  em  uma  diminuição  da capacidade de rendimento, a qual é restaurada em alguns dias ou duas semanas após  o  afastamento  dos  treinamentos  ou  diminuição  das  cargas  de  treino (KENTTÄ; HASSMÉN, 1998; SMITH, 2003; BAUMERT et al., 2006; PURGE et al., 2006).  Esta  condição  está  provavelmente  associada  a  uma  recuperação metabólica insuficiente, o que acarreta uma queda nos níveis de Trifosfato deAdenosina (ATP) (VARLET-MARIE et al., 2003). 
Para Kenttä e Hassmén, (1998) o estado de overreaching é o ponto de partida do continuum do overtraining e é também o ponto, no qual a má adaptação pode ocorrer se o atleta não for bem monitorado.
O  overreaching  pode  ainda  ser  entendido  como  parte  do  processo  da supercompensação do organismo (HALSON; JEIKENDRUP, 2004; PURGE et al., 2006; ACSM, 2009) sendo, frequentemente, utilizado pelos atletas durante um
ciclo especifico de treino para melhora do desempenho e, portanto, considerado parte vital para o aumento do desempenho, desde que seja ajustado o tempo de recuperação  para  a  supercompensação  (BUDGETT,  1990;  URHAUSEN; KINDERMANN, 2002).
Em  vista  disso,  de  acordo  com  a  definição  do  overreaching,  se  a recuperação do desempenho se dá em até duas semanas, o mesmo pode ser considerado  uma  condição  normal  ou  um  estágio  inofensivo  do  processo  de treinamento. (URHAUSEN; KINDERMANN, 2002; HALSON; JEIKENDRUP, 2004) sendo denominado por (MEEUSEN et al., 2006) como overreaching funcional.
O  overtraining  representa  a  mais  temida  complicação  em  atletas competitivos  (URHAUSEN;  KINDERMANN,  2002),  sendo  uma  desordem caracterizada  por  um  decréscimo  persistente  do  desempenho  atlético (GLEESON,  2002;  URHAUSEN;  KINDERMANN,  2002) que  afeta  um  grande número  de  atletas  (MARGONIS  et  al.,  2007),  é  considerado  uma  síndrome complexa, na qual há um desequilíbrio entre o estresse do treinamento bem como de outros fatores e a recuperação (HALSON et al., 2003; BAUMERT et al., 2006; ALVES,  2006),  ou  ainda,  uma  condição,  na  qual  o  atleta  está  treinando, excessivamente,  com  uma  baixa  qualidade  de  recuperação  e  sente-se mentalmente  fadigado,  apresentando  uma  deterioração  do  desempenho (HARTMANN; MESTER, 2000; HEDELIN et al., 2000; SMITH, 2000; VARLETMARIE et al., 2003; MARGONIS et al., 2007) que pode levar meses (MEEUSEN, 2007; NEDERHOF et al., 2008).
Essa  síndrome  pode  ser  atribuída  a  um  distúrbio  neuroendócrino (hipotálamo-hipofisário-adrenal) que resulta do desequilíbrio entre a demanda do exercício e a possibilidade de assimilação do treinamento acarretando  falha no controle dos efeitos do estresse do treinamento  (PETIBOIS et al., 2003;  SILVA, 2004; ROHLFS et al., 2005; BUDGETT, 2008).

Apesar da queda do desempenho ser considerada um marcador confiável, nenhum consenso foi ainda alcançado a respeito do nível e proporção dessa diminuição  do  desempenho  em  diferentes  momentos  do  supertreinamento (RAGLIN, 1993; HOOPER, 1995; O’CONNOR, 1998).
Atletas em todos os níveis de desempenho podem desenvolver a síndrome de overtraining e um relevante número de sinais e sintomas tem sido associado à
mesma, (COSTA; SAMULSKI, 2005; ROGERO et al., 2005; ALVES et al., 2006).
Além  da  dificuldade  em  manter  os  regimes  de  treinamento  com conseqüente queda no desempenho, os atletas podem apresentar infecção do trato  respiratório  superior,  imunossupressão,  percepção  de  pernas  pesadas, fadiga generalizada, aumento da percepção subjetiva do esforço, alterações da freqüência  cardíaca  e  concentração  de  hemoglobina,  disfunções  no  sistema nervoso  autônomo,  distúrbios  do  sono  e  do  apetite,  alterações  de  humor, depressão, diminuição dos estoques de glicogênio entre outros (BUDGETT, 1998; KENTTÄ; HASSMÉN, 1998; HARTMANN; MESTER, 2000; WEINBERG; GOULD, 2001; GLEESON, 2002;  BRUN, 2003; GAUDARD et al., 2003; HALSON et al., 2003;  SMITH,  2003;  VARLET-MARIE  et  al.,  2003; ATLAOUI  et  al.,  2004; HALSON; JEUKENDRUP, 2004; JEFFREYS, 2004; MASO et al., 2004; MOUROT et  al.,  2004;  VARLET-MARIE  et  al.,  2004;  COSTA;  SAMULSKI,  2005; O’CONNOR; PUETZ, 2005; ROGERO et al., 2005; ALVES et al., 2006, CUNHA et al., 2006).

Fatores como monotonia dos treinamentos  (ex: falha em incluir variações no treinamento como, dias fáceis entre dias de treino difíceis), aspectos sociais, educacionais,  ocupacionais,  econômicos,  nutricionais,  viagens  (sem  a possibilidade  de  escolha  do  atleta, o  excesso  de  pressão  e  de  competições podem  contribuir  para  o  overtraining (FOSTER,  1998;  COSTA,  2003),  mas  o principal fator  causal dessa  síndrome é a recuperação inadequada  (KENTTÄ; HASSMÉN, 1998; KELLMAN, 2002).

Desta maneira, tantos atletas profissionais como amadores, independente do nível de treinamento, estão sujeitos a desenvolver essa síndrome, principalmente quando atingem uma estagnação no avanço dos resultados, conhecida como platô. Em resposta a esse platô, o atleta profissional ou amador, vitima da desinformação ou da falta de um planejamento adequado, treina cada vez mais e mais.
Estudos realizados constataram que 50% dos jogadores semi-profissionais, 65% dos corredores de longa distância e 21% dos nadador entraram em estado de super-treinamento em algum momento de sua carreira (Gastmanm e Lehmanm, 1998), tornando-o o número um em lesões de esportes sem contato (corrida, natação, musculação, por exemplo).

Os sintomas de overtraining são os mais variados, e não podemos eleger um único para diagnóstico. Confira seus principais sintomas:
  • Fadiga Persistente;
  • Mudança no Estado de Humor;
  • Queda no desempenho do treino;
  • Diminuição da Força Muscular;
  • Dores Musculares;
  • Insônia;
  • Fatores de estresse psíquicos e sociais;
  • Alimentação inadequada;
  • Aumento da incidência de lesões;
  • Sistema imunológico afetado;
  • Aumento do hormônio Cortisol (catabolismo);
  • Baixos níveis de testosterona;
  • Perda da motivação.
Caso você se enquadre em alguns do sintomas acima, procure o profissional de educação física que lhe assiste e converse a respeito. Um profissional qualificado adequará as sessões de treino de acordo com a sua realidade, alimentação, demais atividades e objetivos. O melhor tratamento do overtraining é o repouso e pode variar entre 1 e 8 semanas,  dependendo de cada caso. Além do repouso outras medidas podem ser tomadas. São elas:
  • Redução das cargas de treino;
  • Pausar a atividade atual e procurar uma atividade que lhe proporcione mais prazer;
  • Promover uma recuperação passiva e ativa, que consiste em pequenos jogos, corridas leves, treinos regenerativos;
  • Avaliação individual meticulosa dos fatores de estresses psíquicos e sociais, aliado a informações detalhadas sobre treinamento, competição e alimentação.
CONCLUSÃO: 


Existe uma dificuldade em se conduzir pesquisas com atletas em overtraining por não se saber o momento exato em que o mesmo ocorre. A falta de padronização na definição dos termos dificulta a comparação entre as pesquisas. Assim, estudos que  sugeriram  ter  induzido  o  desenvolvimento  do  overtraining para  pesquisa, provavelmente, induziram o estado de overreaching e interpretaram tais resultados equivocadamente.
Os  mecanismos  do  overtraining são  difíceis  de  avaliar  em  detalhes,
possivelmente, porque o estresse causado pela carga excessiva de treinamento, juntamente com outros estressores, podem afetar diferentes mecanismos corporais nos  mais  variados  sistemas  tais  como:  imunológicos,  hematológicos, neuroendócrinos,  psicológicos  e  outros  sistemas  fisiológicos  que  se  interagem, portanto, apontar um único indicador para o overtraining pode ser equivocado.

A melhor estratégia para se evitar o overtraining é a prevenção. Essa pode ser realizada mediante um controle adequado sistemático das cargas de treinamento para  que  se garanta o  equilíbrio  estrese/recuperação  ao  longo do  processo.  O overreaching é um momento chave no desenvolvimento da Síndrome do Estresse de Treinamento, já que, marca o início da falha dos mecanismos corporais em se adaptar ás demandas impostas pelos estressores de treinamento e não treinamento, portanto, mais importância deve ser dada ao controle da carga de treinamento a curto prazo, para se identificar e entender o momento no qual a má adaptação ocorre, afim de revertê-la em uma adaptação positiva e supercompensatória.
Porém, para que isso ocorra é preciso que atletas e treinadores conheçam a síndrome,  seus  sinais  e  sintomas  e  se  preocupem  em  controlar  a  carga  de treinamento em curto prazo. Enquanto nenhum marcador pode ser considerado como um indicador independente de  overtraining, o monitoramento da carga de treinamento,  por  meio  da  combinação  de  vários  parâmetros  hematológicos, imunológicos, enzimáticos, endócrinos e psicológicos, deve ser a melhor estratégia para identificar atletas que falham em adaptar-se ao treinamento.
Acredita-se  que  as  pesquisas  devem  ser  direcionadas,  no  intuito  de  se entender  os  processos  fisiológicos  e  psicológicos  envolvidos  na  adaptação  do organismo dos atletas aos estímulos a que são submetidos a cada fase de um macrociclo de treinamento, enfatizando, dessa forma, o controle a curto prazo parase  identificar  o  momento  exato  no  qual  a má  adaptação  pode  ocorrer  e quais parâmetros respondem à carga de treinamento indicando uma má adaptação aguda que poderá se tornar crônica. Assim, outras pesquisas precisam ser realizadas com o  monitoramento  regular,  talvez  semanal,  dos  parâmetros  imunológicos, hematológicos, enzimáticos e psicológicos, durante um macrociclo de treinamento.
Dessa forma, o equilíbrio estresse/recuperação pode ser mantido, evitando uma resposta negativa do atleta e minimizando o risco do mesmo vir a desenvolver a síndrome do overtraining.

É comprovado que treinos intensos são melhores em diversos aspectos, mas estes devem ter uma supervisão adequada. Não copie treinos de outras pessoas ou atletas, nem siga o treino da moda a revelia! 
A individualidade, os limites de intensidade/volume do treino  e repouso devem ser respeitados para obtenção do sucesso.

Lembre-se que 
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Fontes:
http://www.ufjf.br/pgedufisica/files/2012/12/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Rog%C3%A9rio-Tasca-Nunes.pdf