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Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR LOMBO-PÉLVICA


Mas primeiro vou falar da INSTABILIDADE...  

A prevalência ao longo da vida de lombalgias mecânico-posturais é estimada em 60-70% em países industrializados. Um dos principais fatores para dor lombar é a instabilidade segmentar, e para manter a estabilidade é necessária a interação de três subsistemas: passivo, ativo e controle neural. Exercícios específicos que promovem a contração independente dos músculos profundos do tronco (transverso do abdômen e multífido) têm demonstrado ter efeitos benéficos em indivíduos que sofrem de dor lombar inespecífica, sugerindo a estimulação desses subsistemas. 

As lombalgias têm uma etiologia diversificada, podendo existir mais de 50 causas diferentes, como trauma, inflamação, artrite reumatoide, tumor, hérnia discal, mecânico-posturais, compressivas, relacionadas a desequilíbrios musculares, fraqueza muscular, aumento de fadiga e instabilidade de tronco (NECTOUX, 2010; MACEDO, 2011; JUNIOR, 2010). Sua investigação é bastante complexa por ser inespecífica (MACEDO, 2011), sendo frequentemente associadas a uma instabilidade dos músculos da coluna lombar e pelve (PEREIRA, 2010).


Se ficarmos atentos em qualquer sala de musculação vamos nos surpreender com a quantidade de movimentos/exercícios/gestos motores realizados por quase todos os praticantes sem uma ótima (quase sempre nem mínima!) estabilidade lombo-pélvica.
Que acaba, invariavelmente, se perpetuando ao longo de todo o corpo. Tanto nas posições DINÂMICAS E ESTÁTICAS, em pé ou sentadas. 

Esta instabilidade, ao longo de determinado tempo, maior ou menor, para uns e para outros, pode desencadear diferentes alterações e disfunções, especialmente algumas lombalgias.
Apesar de, em alguns casos, a dor lombopélvica ser oriunda de uma patologia específica, em 90% dos indivíduos a dor lombopélvica experienciada é INESPECÍFICA e pode acontece em todas as faixas etárias.

A instabilidade lombar é vista como fator significativo em pacientes com dor lombar.
Frymoyer definiu instabilidade segmentar como uma perda da rigidez do segmento espinhal quando uma força aplicada produz deslocamento de parte desse segmento excedendo magnitudes encontradas em uma coluna normal. A espondilolistese é a manifestação clínica mais comum de instabilidade. Essa patologia é caracterizada por um deslizamento de uma vértebra sobre a outra. 



Atualmente a dor lombar é causa frequente de morbidade e incapacidade, e o aumento de sua prevalência tem afetado a saúde pública, aumentando os orçamentos e gerando custos sociais altos, sendo que 5 a 8% dos pacientes se tornam crônicos, e estes são responsáveis por mais 75% dos gastos anuais, pois uma parte dos pacientes gera grandes despesas e perde a produção de atividades laborais (MACEDO, 2011; SANTOS, 2011; CAN, 2010).
A maior preocupação está em 5 a 10 % da população, que evolui com incapacidade e resulta em dor lombar crônica (SANTOS, 2011), sendo considerada a segunda maior causa de afastamento temporário no trabalho (FRANÇA, 2008). 


A dor lombar pode ser caracterizada por um quadro de desconforto e fadiga muscular localizada na região inferior da coluna vertebral. Dor lombar inespecífica é muitas vezes associada a lesões musculoesqueléticas e aos desequilíbrios na coluna lombar e estabilização dos músculos pélvicos.
A instabilidade segmentar ocorre quando há diminuição na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em manter a zona neutra dentro de limites fisiológicos. A zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistência é oferecida pela coluna vertebral passiva; a perda de controle da zona neutra no segmento vertebral está associada à lesão, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular.
De acordo com Panjabi, a estabilidade da coluna consiste na interação de três subsistemas: 1) passivo (articulações, ligamentos e vértebras), 2) ativo (músculos e tendões) e 3) controle neural (nervos e SNC). As funções desses três subsistemas estão interligadas, e a reduzida função de um subsistema pode colocar exigências crescentes sobre os outros.
De acordo com este modelo, a instabilidade resultante da lesão de um componente do subsistema passivo (como uma lesão óssea ou ligamentar) poderia ser compensada, em parte, através da melhoria do desempenho dos sub-sistemas ativo e neural. 


Segundo a duração, a lombalgia pode ser aguda (início súbito e duração menor do que seis semanas), subaguda (duração de seis a 12 semanas), e crônica (duração maior do que 12 semanas. A dor lombar por desordem musculoesquelética pode ser de origem congênita, degenerativa, inflamatória, infecciosa, tumoral e mecânico-postural. A lombalgia pode ser classificada em mecânica, não mecânica e psicogênica. A lombalgia mecânica (a que nos interessa) pode ser específica ou inespecífica.
A lombalgia mecânica comum ou lombalgia inespecífica representa grande parte da dor referida pela população. 

O corpo humano tem centro gravitacional no qual mantém o equilíbrio entre músculos e ossos para manter a integridade das estruturas, protegendo-as contra traumatismos, independentemente da posição de pé, sentada ou deitada.
Na LOMBALGIA INESPECÍFICA geralmente ocorre desequilíbrio entre a carga funcional, que é o esforço requerido para atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade, que é o potencial de execução para essas atividades. Esse tipo de lombalgia caracteriza-se pela ausência de alteração estrutural, ou seja, não há redução do espaço do disco, compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada que possam levar a dor na coluna. Somente 10% das lombalgias têm causa específica de doença determinada . 
Apesar da ausência de alteração estrutural na lombalgia inespecífica, essa pode causar limitação das atividades da vida diária (AVD) e incapacidade para o trabalho temporária ou permanente, sendo umas das principais causas de falta no trabalho no mundo ocidental. 
A incidência da lombalgia inespecífica é maior em trabalhadores submetidos a esforços físicos pesados, como levantamento de pesos, movimentos repetitivos e posturas estáticas frequentes. 

Na literatura, a prevalência da lombalgia inespecífica é maior no sexo feminino. Alguns autores acreditam que as mulheres apresentam riscos maiores do que os homens por causa de particularidades anatomofuncionais que, quando somadas, podem facilitar o surgimento de lombalgia. Elas apresentam menor estatura, massa muscular e densidade óssea, maior fragilidade articular e menor adaptação ao esforço físico. Além disso, a soma da carga imposta pela feitura das tarefas domésticas potencializa esse risco. Portanto, quase todos os indivíduos têm episódios de lombalgia inespecífica e toda população de todas as faixas etárias é considerada de risco.

Atitudes habituais ou profissionais (permanência na posição de pé ou sentada por tempo prolongado), obesidade, abdome em pêndulo, visceroptose (gordura abdominal acentuada), desvios de membros inferiores, encurtamentos severos e massas musculares insuficientemente desenvolvidas, e infelizmente até posições erroneamente sustentadas na MUSCULAÇÃO/ACADEMIA para a realização de algum gesto/exercício/movimento, são fatores que contribuem para as distorções posturais. 
O excesso de peso também produz maior pressão sobre as estruturas (discos intervertebrais, raízes nervosas, articulações interapofisárias e ligamentos intervertebrais) e causa dor. Outros fatores que contribuem para lombalgia no paciente obeso são a flacidez e a distensão da parede abdominal (CORE) que impede o suporte adequado para a coluna.
A LOMBALGIA INESPECÍFICA É CAUSADA, NA MAIORIA DAS VEZES, POR DESVIOS DA POSTURA NORMAL. 
ENTÃO... TEMOS QUE TOMAR MUITO CUIDADO COM ISSO! 
VOCÊ ESTÁ ORIENTADO QUANTO A ISSO? 

A instabilidade segmentar ocorre quando há diminuição na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em manter a zona neutra dentro de limites fisiológicos. A zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistência é oferecida pela coluna vertebral passiva; a perda de controle da zona neutra no segmento vertebral está associada à lesão, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular.
De acordo com Panjabi, a estabilidade da coluna consiste na interação de três subsistemas: passivo (articulações, ligamentos e vértebras), ativo (músculos e tendões) e controle neural (nervos e SNC). As funções desses três subsistemas estão interligadas, e a reduzida função de um subsistema pode colocar exigências crescentes sobre os outros. E ASSIM, UM PROGRAMA DE TREINAMENTO, EFICAZ E SEGURO, DEVE ABORDAR EQUILIBRADAMENTE TODOS ESTES SISTEMAS.
O SEU SATISFAZ? 

Bergmak afirma que há dois sistemas musculares atuando sobre a estabilidade espinhal: o SISTEMA GLOBAL, que inclui o reto abdominal, oblíquo abdominal externo e a parte torácica lombar do iliocostal e proporciona a ESTABILIZAÇÃO GERAL DO TRONCO; e o SISTEMA LOCAL, que é composto pelo multífido lombar, transverso abdominal, diafragma, fibras posteriores do oblíquo interno e quadrado lombar, responsáveis por fornecer ESTABILIDADE SEGMENTAR e controlar diretamente os segmentos lombares.

Nas últimas décadas, o papel da musculatura estabilizadora da coluna e sua correlação com instabilidade lombar têm sido estudada com maior ênfase através de pesquisas sistematizadas. A estabilidade mecânica, tanto estática quanto dinâmica é necessária para se realizar funções fundamentais. O sistema ósseo-ligamentar é capaz de somente uma fração das cargas que a coluna é sujeitada durante as atividades de vida diária. Tendo em vista este fato, torna-se óbvio a necessidade de se trabalhar a musculatura estabilizadora da coluna e o seu controle. O treinamento dos músculos transverso do abdômen e do multífido da lombar, cuja principal função é a de prover estabilidade dinâmica tem sido demonstrada em vários estudos como uma intervenção eficaz em diminuir a dor e a incapacidade funcional em pacientes com dor lombar aguda e crônica.

Graças à orientação das fibras horizontais, a contração do transverso abdominal resulta em redução da circunferência abdominal com um aumento da tensão na fáscia tóraco-lombar e da pressão intra-abdominal (PIA). Este aumento da PIA faz com que o abdômen se transforme em um cilindro rígido.
Hides et al. demonstrou, por meio da ressonância magnética, que a contração do transverso do abdômen melhora a estabilização da região lombo-pélvica.
A contração do transverso do abdômen ocorre antes de um movimento e independe da direção do movimento realizado.
Segundo Richardson et al., a independente contração do transverso abdominal diminui a frouxidão da articulação sacroilíaca em maior grau do que o padrão geral de exercícios abdominal, confirmando que o uso de contrações independente deste músculo é MUITO ÚTIL nos tratamentos das lombalgias.

As fibras laminares profundas do músculo multífido lombar são também fundamentais para proteção articular e estabilidade, sendo que sua atrofia resulta em perda da estabilidade dinâmica da coluna lombar. De acordo com um estudo biomecânico in vitro, o multífido lombar contribui com 2/3 para o aumento da rigidez da coluna lombar.














Evidências encontradas em revisões sistemáticas sugerem que exercícios de estabilização segmentar que promovem co-contracão dos músculos transverso do abdômen e multífido são eficazes para reduzir a dor e a incapacidade em lombalgias crônicas e para aumentar o retorno às atividades diárias normais e ao trabalho. Exercícios de Estabilização Central parecem também ser mais eficazes do que o exercício de fortalecimento tradicional em dores lombares crônicas.
O'Sullivan, Twomey e Allison investigaram o efeito do exercício de estabilização segmentar, comparando-a com exercício geral. A dor e incapacidade funcional foram significativamente reduzidas no grupo de exercício de estabilização segmentar após dez semanas de programa.


Aquilo que hoje chamamos de Exercícios de Estabilização Central (core stabilization) teve sua origem a partir do trabalho de um grupo relativamente pequeno de autores. Em 1989, um pesquisador chamado Bergmark (já citado acima) publicou um estudo da estabilidade mecânica da coluna lombar. Este autor sugeriu a divisão dos músculos do tronco em dois grupos, denominados de músculos “estabilizadores globais” e “estabilizadores locais”. (também denominados de músculos profundos e superficiais, respectivamente. 

Basicamente os estabilizadores globais atuam sobre vários segmentos e transferem força entre a pelve e caixa torácica e incluem os eretores da coluna e o músculo reto abdominal. Já os estabilizadores locais, como os multífidus, possuem inserção nas vértebras lombares e tem a função de manter a estabilidade mecânica da coluna lombar. 


A estabilidade lombopélvica pode ser aumentada além de exercícios específicos das musculaturas envolvidas, também através de estratégias ativas tais como as manobras do "Stomach Vacuum" (vácuo abdominal) e a Manobra do "Bracing" abdominal. Que irei abordar em outro post...


ANTES DE REALIZAR QUALQUER MOVIMENTO, PRIMEIRO SE FAZ NECESSÁRIO UM ÓTIMO POSICIONAMENTO CORPORAL, NA POSTURA GERAL E NA ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR LOMBO-PÉLVICA.

NA DÚVIDA...??? CONSULTE UM PROFISSIONAL QUALIFICADO! E TENHA UM PROGRAMA DE TREINO EFICAZ E SEGURO!

ATIVIDADE FÍSICA... FAÇA A COISA CERTA! 

ORIENTE-SE COM O SEU PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA!

EXCELENTES ATIVIDADES FÍSICAS E ATÉ A PRÓXIMA!


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