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Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

ESCOLIOSE

A ESCOLIOSE – GUIA PRÁTICO

 

Definição: A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (caracteriza-se por uma proeminência ou maior volume da musculatura e pode ser correlacionada com a magnitude da deformidade espinhal).
A escoliose é uma deformidade vertebral que pode ter diversas origens. As escolioses de um, ou outro grupo etiológico, podem ter prognósticos muito diferentes, pela distinta progressividade e gravidade de suas curvas.
Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso opô-la à atitude escoliótica (que é "apenas" postural). E desta maneira identificamos esta assim:
1) Sem gibosidade e
2) Sem rotação vertebral...
A atitude escoliótica, é diferente da escoliose, e deve-se, em 8 entre 10 casos, a uma desigualdade de comprimento dos membros inferiores, e desaparece com o paciente na posição horizontal.

Existem três grandes causas para a escoliose:

1) A escoliose congênita (de nascença) decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido;

2) A escoliose neuromuscular é causada por problemas como fraqueza muscular ou do controle precário dos músculos, ou paralisia decorrente de doenças como paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida e pólio;

3) A escoliose idiopática não possui causa conhecida. A escoliose idiopática em adolescentes é o tipo mais comum.

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna. A maioria dos casos ocorre em meninas. O encurvamento geralmente se agrava durante os surtos de crescimento. A escoliose em crianças é menos comum e geralmente atinge igualmente tanto meninas quanto meninos.

Identificando...

A) Caracterizada pela alteração da coluna no plano frontal;

B) QUANTO À FORMA DA CURVA:

b.1) Curva simples – à direita ou à esquerda (escoliose em “C”);

b.2 Cuva dupla – escoliose em “S”


C) PODE SER AINDA:

c.1) ESTRUTURAL – A CURVATURA É IRREVERSÍVEL, apresentando rotação das vértebras para o lado da convexidade da curva;

c.1.1) A GIBOSIDADE
Proeminência costal do lado convexo da curvatura escoliótica, na verdade, é uma rotação das vértebras e do gradil costal, no sentido posterior para o lado da convexidade da curva;
Na região torácica, a gibosidade é reproduzida pela rotação vertebral, e das costelas posteriormente;
Na região lombar, pela posteriorização dos processos transversais das vértebras e por uma elevação dos músculos eretores da espinha.
Esta se acentua com o movimento de flexão anterior da coluna.

IMPORTANTE! A presença da gibosidade informa que a ESCOLIOSE É ESTRUTURAL.


c.2) NÃO-ESTRUTURAL - também chamada de FUNCIONAL OU POSTURAL, por não apresentar alterações estruturais ou rotacionais das vértebras:

c.2.1) A curva desaparece quando o tronco é fletido à frente;

c.2.2) Normalmente aparece nos adolescentes, proveniente de má postura;

c.2.3) Outras causas podem ser diferença de comprimentos de membros inferiores, disfunções da pelve

c.2.4) A CURVATURA É REVERSÍVEL.

D) CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A LOCALIZAÇÃO DAS CURVATURAS ESCOLIÓTICAS:

d.1) Cervicotorácicas;
d.2) Torácicas;
d.3) Toracolombares;
d.4) Lombares;
d.5) Lombossacrais.


E) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS:

1) A ESCOLIOSE ESTRUTURAL NÃO PODE SER CORRIGIDA POR TERAPIA DE REEDUCAÇÃO POSTURAL.

2) Toda inclinação lateral da coluna promove um mecanismo rotacional das vértebras, posteriormente.

3) A gravidade da escoliose é determinada pelo ângulo da curvatura (Ângulo de Cobb*) e rotação das vértebras:
3.a) Escoliose leve – menos de 30 graus
3.b) Escoliose moderada – entre 30 e 50 graus
3.c) Escoliose grave – acima de 50 graus. Normalmente, está associada a alterações no coração e pulmões. Nestes casos, geralmente a cirurgia corretiva é indicada.


4) Sobre as Curvaturas:
4.a) Curvatura principal – a mais importante da escoliose. É também a maior curvatura, geralmente, na região torácica.
4.b) Curvatura compensatória – é aquela que se desenvolve acima ou abaixo da curvatura principal. Ela tende a manter o alinhamento corporal normal e pode ser estrutural ou não. Geralmente, apresenta menor angulação que a curvatura principal.
4.c) A VÉRTEBRA APICAL – é a mais deslocada do eixo vertical da coluna; esta informa o ápice da curvatura escoliótica, indicando também através do Ângulo de Cobb qual curvatura é a principal.
4.d) Vértebra de transição – é a vértebra “neutra”, situada em cada extremidade da curvatura, que faz a transição de uma curvatura para outra.

F) EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO NA MUSCULAÇÃO -

É raríssimo encontramos indivíduos sem nenhum grau de escoliose, especialmente em naqueles vindo de longo período de sedentarismo. Dessa forma, estes geralmente apresentam uma ESCOLIOSE NÃO-ESTRUTURAL que como visto são corrigíveis desde que feito um trabalho adequado desde o primeiro dia na musculação. Mais uma vez, reforço a importância de um processo de avaliação funcional bem feita que forneça todos os dados necessários ao professor e que este SAIBA como trabalhar com esses dados.
Indivíduos com menos de 20 graus de escoliose tanto ESTRUTURAL (e esta deve ser corrigida com o treinamento) quanto a NÃO-ESTRUTURAL, quando muito bem acompanhados e orientados, dificilmente terão algum problema na sua prática da musculação.
Já os indivíduos entre 20 e 50 graus de Escoliose (geralmente é Estrutural) deveriam (e esta é uma análise generalizada minha!) passar também por um treinamento de reeducação postural de modo a estabilizar melhor a coluna antes de começarem a musculação. E ainda como recomendações gerais, observar com muito cuidado e em que momento a real necessidade da progressão das cargas verticais sobre a coluna.

G) TRATAMENTO COM COLETES - Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.

Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar cada um deles adequadamente. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A órtese exata será decidida pelo paciente e o médico.
Um colete para as costas não reverte a curva. Em vez disso, usa a pressão para alinhar a coluna vertebral. O colete pode ser ajustado com o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.
A decisão do momento apropriado para se operar é variável. Após os ossos do esqueleto cessarem o crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por conta disso, talvez o cirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente. Curvas de 40° ou mais geralmente precisam ser operadas.


H) CIRURGIA - A cirurgia consiste em corrigir a curva (embora não completamente) e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos até que o osso seja recuperado. Às vezes, a cirurgia é feita através de um corte nas costas, no abdômen ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.

Muitas vezes, as limitações impostas pelos tratamentos afetam o lado emocional e podem ameaçar a autoimagem, principalmente para adolescentes. Apoio emocional é importante.

Fisioterapeutas e ortopedistas (especialistas em aparelhos ortopédicos) podem ajudar a explicar os tratamentos e a assegurar que o colete se encaixe confortavelmente.

* SOBRE O ÂNGULO DE COBB -

Quem foi Cobb afinal ?

O Dr. John Robert Cobb (1903-1967) foi um ortopedista Norte Americano, que se especializou no tratamento da escoliose. Seu nome entrou para a história da medicina graças ao método criado por ele para quantificar a curvatura da coluna vertebral. O ângulo de Cobb, como ficou conhecido, foi descrito pela primeira vez em um artigo publicado em 1948 [1]. Neste paper foi descrito o método utilizado por ele para medir o chamado "ângulo da curva" em Raios-X. Dr Cobb acreditava que esta era a melhor forma de medir as curvas de escoliose e creio que muitos concordaram com ele pois ainda hoje é um método amplamente utilizado.

Qual o significado do ângulo de Cobb?

O ângulo de Cobb é uma medida mundialmente utilizada para quantificar a angulação frontal da escoliose em uma radiografia de incidência A-P. A tomada de decisão em relação ao tratamento baseia-se no grau e na progressão da curvatura da escoliose, sendo que a gravidade da escoliose é diretamente proporcional à angulação da curva.

Sua classificação é feita da seguinte maneira:

- As escolioses menores de 10º são consideradas normais e não requerem tratamento médico;
- Escoliose leve: menos de 20º;
- Escoliose moderada: de 20 a 40º;
- Escoliose grave: de 40 a 50º ou mais.

É importante ter em mente que o ângulo de Cobb possui significativas limitações, tais como o fato de não avaliar adequadamente a rotação vertebral pois mede a curva em apenas um plano (duas dimensões). Nesse sentido, podemos considerar que este método tem um ponto falho em avaliar uma deformidade que na realidade é tridimensional.
Uma outra fonte de erro seria a escolha de vértebras diferentes como referência para a mensuração do ângulo. Ex: Um profissional pode considerar a vértebra T11 como referencial inferior enquanto outro pode considerar T10. Na verdade, esta diferença pode resultar em uma pequena discrepância no resultado numérico provavelmente sem maiores repercussões, pois ninguém indicará (assim é o esperado!) colete ou cirurgia se o paciente não tiver pelo menos uma curvatura considerável.
A mensuração da curvatura pode também variar discretamente entre uma radiografia e outra devido a fatores como: Se o paciente estava mais ou menos ereto durante a radiografia. Neste ponto fatores como fadiga muscular podem representar fatores de erro.
No entanto, considerando estes "desvios" (para não fugir do tema! hehehe!), nenhum outro método é capaz de substituir completamente o método de Cobb, considerando a relação entre praticidade e a confiabilidade dos resultados ainda é o principal método de escolha para avaliação da escoliose.


EXCELENTES TREINOS! ATÉ O PRÓXIMO!

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