MISSÃO:

Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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quinta-feira, 10 de março de 2011

OSTEOPOROSE




VEJA O VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA!


     
 A Osteoporose das doenças metabólicas que atinge os ossos, é a mais frequente. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. Portanto, faz parte do processo normal de envelhecimento e é mais comum em mulheres que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior.
    

É importante ressaltar que a osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.



Nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea é assintomática. Quando a perda óssea é mais significativa e já acarreta alterações clínicas, observa-se uma diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal, devido a deformidades por compressão, acunhamento anterior do corpo vertebral ou fratura das vértebras. Como consequência de quedas, macro traumas ou mesmo traumas de baixo impacto, podem ocorrer também fraturas dos ossos longos (fêmur e radio). 



Deve-se diferenciar adequadamente os termos Osteoporose e Osteopenia: 

- Por Osteoporose, considera-se uma perda de massa óssea acima de 2,5 desvios padrões de uma curva de normalidade, medida em estudo populacional aberto, através da Densitometria Óssea. Este estado implica em alto risco de fratura, devendo ser mensurado a partir da instalação da menopausa ou, quando existirem outros fatores que o justifiquem.

O termo Osteopenia, é usado se referindo a qualquer condição que envolva uma redução fisiológica (em relação à idade) da quantidade total de osso mineralizado. A Osteopenia é considerada como se situando em zero e até menos de 2,5 desvios padrões, medidos através da Densitometria Óssea. 

A Osteoporose é doença; a Osteopenia, quase sempre não. Ambas as condições podem ser diagnosticadas precocemente e, evitadas ou atenuadas, através de programas de prevenção. 

A partir de 1991 devido o Consenso realizado por todas as Sociedades Americanas que tratam da osteoporose, elas passaram a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea que expressa o estado de deterioração do colágeno ósseo. Quanto melhor for a qualidade óssea menor a chance de ter fratura.


                                                                           Matriz Óssea

Pesquisadores começaram a estudar mais profundamente o tecido ósseo e verificaram que o risco de desenvolver osteoporose e fratura está diretamente relacionado com as deteriorações do colágeno ósseo.
A partir de 2000, uma nova tecnologia com Inteligência Artificial dos Projetos da Robótica da Nasa permitiu determinar o local mais apropriado do organismo humano que permite estudar minuciosamente o tecido ósseo. Essa região é a das metáfises das falanges dos dedos II-V. Nela é possível avaliar oito parâmetros e não apenas um como quando o exame é realizado na coluna lombar, como vem sendo orientado há mais de 25 anos. Na atualidade, avaliar apenas a densidade óssea estaremos fazendo uma análise do tecido ósseo muito restrita.

O aparecimento da osteoporose está diretamente ligado aos níveis de estrógeno do organismo. O estrógeno - hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.
As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. 

Para cada quatro mulheres, somente um homem desenvolve esta patologia. 

                              1              X              4

Embora pareçam estruturas inativas, os ossos se modificam ao longo da vida. 
O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários fatores como:

- genética;
- boa nutrição;
- manutenção de bons níveis de hormônios;
- prática regular de exercício.

Os hábito e costumes exercem grande influência, reduzir também a ingesta de todos os produtos que contenham muita xantina é essencial. 
Os três alcalóides principais das xantinas são: a cafeína (no café), a teofilina (no chá) e a teobromina (no cacau). É possível encontrá-los em bebidas, como o café, chá, cacau, colas e em medicamentos analgésicos, anti-histamínicos, etc. Estas substâncias são obtidas das plantas do género coffea L. (café), camellia sinensis ou thea sinensis (chá) e theobroma cacau (cacau). 
As xantinas são substâncias que potencializam diferentes ações do Sistema Nervoso Central devido à sua ação estimulante, que produz um estado de alerta de curta duração.


Café

  
Chá 

Chocolate

As células ósseas (osteócito) são as responsáveis pela formação do colágeno, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso. Apesar do cálcio ser um elemento essencial para a função de inúmeros processos biológicos e por essa razão ser ingerido em doses fisiológicas e ainda contribuir para a formação do tecido ósseo, o íon cálcio não exerce qualquer ação direta sobre a síntese do colágeno ósseo. Esta sim é que sempre deve ser ativada utilizando todos os recursos disponíveis por se tratar da estrutura de sustentação óssea. Portanto, ingerir cálcio em doses elevadas na presença de osso osteoporótico representa apenas uma estratégia de Marketing porque para se fixar no osso necessita de uma matriz primária adequada que é formada pelo colágeno ósseo. O efeito do cálcio em pacientes com osteoporose é semelhante ao de qualquer placebo (substância inerte).
A densidade mineral de cálcio é reduzida de 50,1% em pessoa normal para 1,3% quando portadora de osteoporose. O quadro osteoporose significa condição irreversível. O canal medular central do osso, a diáfise óssea, torna-se mais larga. Com a progressão da osteoporose, os ossos ficam esburacados e quebradiços. O colágeno e os depósitos minerais são desfeitos muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com o teor menor de colágeno ósseo surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.A deterioração do colágeno ósseo causa redução da resistência tensil e elevação do risco de fratura. Quanto maior for a perda de colágeno ósseo, mesmo diante de exercícios bem orientados as pessoas ficam mais susceptíveis as fraturas, muito comuns e diagnosticadas durante pequenos impactos.



Duas são as formas clássicas de Osteoporose: a fisiológica ou primária e outra, secundária, geralmente causada por outras doenças. 

A forma primária da osteoporose classifica-se em: 

•Tipo I : de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade osteoclástica acelerada - a osteoporose pós menopausa, geralmente apresentada por mulheres mais jovens, a partir dos 50 anos.

•Tipo II : de reabsorção óssea normal ou ligeiramente aumentada, associada a uma atividade osteoblástica diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose senil ou de involução, mais frequente nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e também no homem.

Obs.: A partir de 1999, RIGGS et al., em uma publicação científica, passaram a propor em não mais se utilizar a sinonímia osteoporose tipo I e tipo II, substituindo-as por um conceito unitário de osteoporose primária. 
É mais sensato considerar que os indivíduos, em determinadas fases da vida, apresentam maior atividade osteoclástica ou menor atividade osteoblástica, o que explicaria o conceito unitário de osteoporose.



A forma secundária está associada a uma grande variedade de condições mórbidas primárias, que acarretam em sua evolução, distúrbios na absorção intestinal de cálcio, 
diminuição precoce nos níveis de estrogeno (hipoestrogenismo), perda de massa muscular, diminuição da atividade do sistema enzimático citocromo P450, baixa absorção e metabolização da vitamina D.
São causas de osteoporose secundária as enfermidades do sistema endócrino (tireoidopatias, hipogonadismo, hipopituitarismo, síndrome de Cushing, diabetes, hiperparatireoidismo), o câncer (metástases, mieloma múltiplo), as doenças inflamatórias crônicas intestinais, as cirurgias gástricas e do sistema digestivo, o sedentarismo, a ingestão de alguns medicamentos (heparina, corticosteróides, retinóides, extratos tireoideanos, lítio, cádmio, metotrexate, hidantoinatos e gardenal), as doenças renais crônicas, as doenças difusas do tecido conectivo, a síndrome de má absorção e a baixa ingestão de cálcio. 

ATENÇÃO! Em qualquer dessas formas, a osteoporose cursa assintomática por longos períodos. As primeiras manifestações clínicas ocorrem quando já houve perda de 30% a 40% da massa óssea. 

Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos vem aumentando em todas as regiões geográficas e, com isso, também a prevalência da osteoporose. Esta, por sua vez, em função, principalmente das fraturas de fêmur e vértebra, diminui criticamente a qualidade de vida, principalmente na mulher, na terceira idade. 

  

SINTOMAS:

      A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.


DIAGNÓSTICO:

         O diagnóstico inicial da Osteoporose é primeiramente clínico, visto que, é uma sídrome multifatorial e não uma doença bem definida.
Por ser uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo, sem grande alteração da matriz mineral e não mineral, leva ela a uma fragilidade óssea e consequentemente ao aumento do risco de fratura.
Inúmeras doenças em seu desenvolvimento podem acarretar uma Osteoporose; porém, de todos os tipos de perda de massa óssea, talvez aquela que acomete as mulheres após a menopausa seja a mais comum.
O diagnóstico correto desta doença via de regra passa por uma boa anamnese e um bom exame clínico onde, dados como uma história familiar, perda de altura, abaixa ingesta de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Somente após esta abordagem é que, a pesquisa através da propedêutica armada deva ser utilizada.

DENSITOMETRIA ÓSSEA, ULTRA SONOMETRIA ÓSSEA, RX, HISTOMORFOMETRIA e PROVAS LABORATORIAIS, permitirão uma quantificação da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição.



São objetivos da medição de massa óssea quantificar a sua perda, predizer o risco de fratura, decidir sobre o tratamento mais conveniente e monitorar através de analises seriadas, os benefícios do tratamento.


EPIDEMIOLOGIA

Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.

Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são:

> Mulheres;
> Fumantes;
> Consumidores de álcool ou café em excesso;
> Diabéticos;
> Prática Inadequada de Atividade física, quer em excesso, quer na ausência.

PREVENÇÃO

Tentar prevenir as complicações causadas pela Osteoporose é possível desde que se adotem medidas específicas para tal.
O processo de remodelação óssea (reabsorção/ reparação), como na maioria dos tecidos vivos, passa por três períodos distintos durante a vida de qualquer indivíduo.

Primeira fase - Do nascimento a maioridade:

Nesta fase que se inicia no nascimento e que persiste até por volta dos 20-22 anos, a formação óssea é muito maior do que a reabsorção que, praticamente, inexiste.
É nesta fase que criança ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível. O ganho de massa óssea nesta fase é diretamente proporcional ao tipo de alimentação consumida, pratica de esportes, hábitos de vida e inexistência de doenças.
A quantidade máxima de massa óssea acumulada é definida como "Pico de Massa Óssea", e será preponderante no processo de envelhecimento.

Segunda fase - Da maioridade ao envelhecimento:

Nesta fase que, se inicia por volta dos 20-22 anos e que persiste na mulher até a menopausa, como regra temos a fase de neo formação óssea igual a fase de reabsorção óssea, o que caracterizará uma massa óssea constante.
Na ausência de doença e de fatores outros nocivos como má alimentação, fumo, excesso de ingestão alcoólica, sedentarismo, uso de fórmulas para o emagrecimento etc..., o "Pico de massa Óssea" será mantido.

Terceira fase - Envelhecimento:

Nesta fase, que inicia-se na mulher por volta da menopausa em virtude, principalmente, das quedas hormonais existentes, os fenômenos de reabsorção superam os de reparação.
O aumento da atividade dos Osteoclastos (células responsáveis pela reabsorção óssea) supera nesta fase a atividade dos Osteoblastos (células responsáveis pela formação óssea), ocorrendo com isso uma perda paulatina de massa óssea que pode evoluir para uma Osteopenia (forma leve) ou Osteoporose (forma mais grave).
Indivíduos portadores de Osteoporose, estatisticamente, tem maior número de fraturas que, dependendo do sítio de acometimento e tempo de hospitalização, pode acarretar incapacidade ou mesmo levar ao óbito.


Pelo acima exposto podemos verificar que a prevenção da Osteoporose é de importância capital, podendo ser realizada ainda na primeira fase da vida.

Se imaginarmos que o pico de massa óssea funciona como uma poupança óssea, quanto maior o pico de massa óssea obtido, maior será o tempo que teremos para que com o envelhecimento a sua redução atinja níveis de doença (Osteopenia/Osteoporose).

 Hábitos de vida saudáveis, alimentação rica em cálcio, atividade esportiva constante, exposição ao sol são as maneiras corretas de melhorar o pico de massa óssea. Nesta fase, a prevenção é fruto, entre outras variáveis, da correta orientação dos pais.

Uma vez iniciado o processo de envelhecimento a prevenção da Osteoporose torna-se imprescindível, podendo ser feita de duas maneiras diferentes.

A primeira, passa pela adoção de hábitos de vida saudáveis (baixa ingesta de café e álcool, atividade física regular, não uso de fórmulas para emagrecimento) e a segunda, pelo uso de medicações específicas para diminuir a atividade Osteoclástica.

É nesta segunda fase que o uso dos Bifosfonatos associados a suplementação de cálcio e vitamina D são de importância capital.


:RESUMO

       Fazer exercícios físicos regularmente, os exercícios resistidos (musculação) são os mais recomendados;
      Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras;
          A reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose.

TRATAMENTO:

Advertência: Esta matéria tem caráter meramente informativo! Não é aconselhamento, não é um consultório médico, nem uma farmácia.
Se necessitas de ajuda, consulte um profissional de saúde.        
Bisfosfonatos:

São considerados o tratamento de primeira linha no tratamento da osteoporose pós-menopausa. São também usados no tratamento da osteoporose no sexo masculino e na osteoporose induzida por glucocorticóides. Tratamentos de administração diário, semanal, mensal ou anual que agem aumentando a massa óssea reduzindo o risco de fraturas.

Exemplos: alendronato, risedronato, ibandronato, ácido zoledrônico

Reposição hormonal:
A reposição hormonal é importante tanto durante a prevenção quanto durante o tratamento. O estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres com osteoporose.

Exemplo: Estradiol

Modulador seletivo dos receptores de estrogênio (SERM):
SERM são uma classe de medicamentos que agem seletivamente nos receptores de estrogênio corporais. Normalmente, a densidade mineral óssea é precisamente regulada por um equilíbrio entre a atividade de osteoblastos e osteoclastos nos ossos trabeculares. Estrogênios exercem uma função essencial na regulação do processo de formação/reabsorção óssea por conta da ativação de osteoblastos. Alguns SERMs, como o raloxifeno, agem no osso reduzindo a reabsorção óssea pelos osteoclastos.

Exemplo: Raloxifeno

Administração de cálcio:
Para quem já tem a doença, o cálcio pode ser dado em dosagens de 1 mil a 1,5 mil miligramas por dia, com recomendação médica. Pode ser acompanhado por suplementos de vitamina D.

No entanto, é importante ter o conhecimento de que, no tecido ósseo o elemento cálcio exerce importante papel, porém, depende para a sua fixação do estado da matriz protéica(colágeno) que deve apresentar os estados definidos como: adequado ou limítrofe.

Sem a presença de uma adequada ou limítrofe estrutura de sustentação óssea, formada por 95% por colágeno ósseo, o cálcio não se fixará de forma adequada e não poderá exercer a sua ação originando a matriz secundária. Por essa razão, devemos sempre precedendo a ministração do cálcio com a finalidade de tratar a osteoporose, verificar o estado que se encontra a matriz protéica: adequada, limítrofe, inadequada ou deteriorada. Apesar do elemento cálcio ser importante para o funcionamento de vários órgãos sistemas, e por essa razão, deve ser ingerido diariamente, no caso da osteoporose instalada, quadro referido como de uma matriz mesenquimal deteriorada, diante do estado final de deterioração do colágeno ósseo, o íon cálcio desempenha uma ação ineficiente, porque estando a matriz protéica deteriorada não haverá, na tripla hélice do colágeno, ligações bioquímicas livres para o íon cálcio se fixar.



Calcitonina:
A calcitonina é um hormônio que tem a função de evitar que o cálcio saia dos ossos. Evita-se assim o processo de corrosão.

Atividade Física:
Atividade Física corretamente orientada (por um educador físico), também é usada como parte importante no tratamento e controle da osteoporose, podendo reduzir ou até, estabilizar a perda de massa óssea do indivíduo.

É primordial portanto, não levar uma vida sedentária e tomar banhos de sol, que ajuda na reposição de vitamina D.

PROGNÓSTICO

Os pacientes com osteoporose têm grandes riscos de terem fraturas adicionais. O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro.

As fraturas no quadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um risco aumentado de trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. As fraturas das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode ser difícil de ser controlada, assim como uma deformidade. A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de aproximadamente 20%.


Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar a uma cifose severa (corcunda) que a pressão resultante nos órgãos internos pode incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.

Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre "com" a doença ao invés de morrer "da" doença.

INCIDÊNCIA NO BRASIL

Esta doença tem acentuada incidência sobre os brasileiros (em número que supera os 10 milhões), e cerca de 2000 pessoas morrem anualmente em consequência de complicações de fraturas devidas a esta doença (Revista Veja - 30 de janeiro de 2008).
A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e não invasivo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo. Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico.






Fontes:


Leia mais em:


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ESTÉTICA X SAÚDE

Movimento é uma Necessidade Fisiológica para o reino Animal, ou seja, sem movimento não existe reino Animal! É morte na certa, mais tarde ou mais cedo! Por incrível que possa parecer, Nós pertencemos a este Reino! A falta do movimento acarreta inúmeros distúrbios Físicos e Psicológicos. E também com influência direta na nossa Estética Corporal! 



Necessidades Fisiológicas são as necessidades vitais de sobrevivência: alimentação, hidratação, descanso, proteção contra frio e o calor, necessidades sexuais e o próprio Movimento.

Benefícios puramente estéticos podem ser conquistados relativamente rápidos por diferentes métodos e procedimentos! Muitas vezes inclusive, com prejuízo à algo muito maior e fundamental, que é a saúde! 
Esta que deveria ser a razão primeira para todo e qualquer tipo de estrutura dos Milhares de Procedimentos Inventados a cada dia que, nos são empurrados goela abaixo pelos diferentes meios de comunicação que insistem em nos mostrar belos Peitos, Braços, Pernas e Bundas! Porém... Não conseguimos Ver o que está por dentro, não é mesmo!



Diferentes Programas de Treinamento auxiliados por Dietas e Equipamentos "mirabolantes" são esparramados pela mídia a todo o momento! E mais esdrúxulos ainda são as nomenclaturas! Puro Marketing e jogada comercial para vendê-los! E muitas vezes enganar!
Diversas modalidades de Movimentos, Exercícios Físicos ou Atividades Físicas já consagradas, inclusive com estudos Acadêmicos (Científicos), podem realizar maior e melhor efeito, quando devidamente planejadas, orientadas e sistematizadas.



Em geral para se iniciar um programa de atividade física, o importante é procurar um evento físico que lhe proporcione motivação para a realização! Não importa qual! Já é um começo! E trabalhar em cima desta motivação! Vencida a barreira da inatividade, estabelecer metas e objetivos segundo seus interesses e também necessidades. Para isso uma orientação profissional poderá ser necessário. Encontraremos objetivos de curto, médio e também os de longo prazo, é natural!
Evidentemente algumas atividades são mais eficazes que outras para este ou aquele objetivo e/ou necessidade. Trabalhando diferentemente com maior ou menor abrangência sobre diferentes Capacidades Física (Força, Resistência, Flexibilidade, Capacidade Aeróbia ou Anaeróbia, etc.)
O que devemos ter em conta é que a Saúde interfere diretamente sobre a nossa condição Estética; e que nem sempre o inverso é verdadeiro! Assim você pode "construir" um corpo belo, invejável e desejável, utilizando recursos que, muito provavelmente, irão causar danos à sua Saúde!
Não é também definitivamente verdadeiro afirmar que se é necessário realizar longos treinos para ser eficaz os resultados! Uma perfeita combinação dos estímulos de Intensidade (carga), Volume (tempo) e Densidade (frequência) tendem a ser mais produtivos!
O que é realmente importante é você ter ao seu lado um profissional capaz de avaliar suas reais necessidades aliados aos seus objetivos para estruturar de forma eficaz, segura e econômica a melhor rotina, independentemente dos meios e recursos a ser utilizados! Sempre priorizando a Saúde! E assim o estético virá de forma duradoura! Para toda a Vida!

Abraços Saudáveis!

sábado, 18 de setembro de 2010

DORES NA COLUNA

  
A coluna é responsável por manter o corpo de pé, mas cobra um preço alto pela tarefa. As dores nas costas figuram entre as primeiras causas de afastamento do trabalho e de aposentadoria por invalidez. Mas por que as costas doem tanto?
Pesquisas indicam que o maior vilão é a predisposição genética, em 70% dos casos. Hábitos e pequenos deslizes na rotina colaboram para agravar o tormento. Saiba como evitá-los.

Os grandes Vilões:

          As dores nas costas roubam qualidade de vida, mas podem desaparecer com alguns cuidados simples. Essa máxima é defendida por especialistas que atribuem aos maus hábitos a maior parte dos males da região compreendida entre o pescoço e os glúteos.
Ficar atento a detalhes como a posição ao sentar-se evita problemas crônicos e traz alívio rápido, como exemplifica o ortopedista Edilson Machado, membro da Sociedade Mundial de Coluna:
"– A mochila com o material escolar deve ter, no máximo, 10% do peso da criança e ficar sempre bem firme junto ao corpo. Quando pesada demais ou solta, pode causar lesões agudas como entorses e distensões. A postura inadequada também causa desvios posturais crônicos, de difícil tratamento no futuro" – alerta.

          Grande parte das dores nas costas advém de problemas musculares, cuja solução passa por sessões de fisioterapia. Antes de o tratamento começar, no entanto, é necessário fazer uma avaliação postural adequada. De acordo com o resultado do exame, serão priorizados grupos musculares específicos relacionados com a dor.
A coluna é como um mastro de navio, que se mantém em pé e firme contra as forças externas. Em vez de cordames, temos músculos. Na fisioterapia, trabalha-se com dois focos: primeiro reduzimos a inflamação. Em seguida, fortalecemos os músculos para sustentarem melhor a coluna. O objetivo é acabar com a dor a longo prazo.

1 - Mochila:


          O acessório é o principal vilão das costas de crianças e adolescentes. O peso excessivo e a frouxidão das tiras que o sustentam nos ombros podem causar lesões agudas, como estiramento de ligamentos, além de estimular a formação de uma postura inadequada, provocando problemas crônicos ao longo dos anos. Para evitar danos, siga algumas orientações:
- A mochila deve ter, no máximo, 10% do peso da criança e apresentar uma tira de suporte na cintura, além das outras duas que a sustentam nas costas.
- Dê preferência aos modelos acolchoados, justos ao corpo, para não balançarem durante o caminhar.
- A melhor opção são as pastas com rodinhas, que aliviam bastante o peso.
- Se for com rodinhas, preste atenção na alça: deve ficar em uma altura confortável para o estudante. Se for baixo demais, a criança terá de se curvar, e isso pode causar problemas.

2 - Calçados:


          Calçados inadequados podem repercutir na saúde da coluna. Os especialistas condenam os extremos: saltos altos ou baixo demais, como as rasteirinhas. Ambos podem provocar sobrecarga na coluna e nos pés. Evite usá-los ou, pelo menos, tente não calçá-los diariamente.
Palmilhas ajudam a manter o pé mais firme no sapato – mas só as adote após orientação médica. O calçado ideal deve ter um salto nem tão alto nem tão baixo. Tênis de corrida podem ser adotados para o uso diário, mas não podem ter o amortecedor alto a ponto de deixar o pé inclinado como uma espécie de salto alto.

3 - Sedentarismo:


       Quem passa horas sentado tende a ter mais dores. Isso porque o sedentarismo enfraquece a musculatura e provoca aumento de peso, uma combinação explosiva. Sem força e com sobrepeso, cresce a pressão do corpo sobre as vértebras (estruturas ósseas que formam a coluna). Essa pressão espreme o chamado disco vertebral, cartilagem que dá flexibilidade às costas.
          As lesões mais comuns entre os sedentários ocorre na região lombar. O sedentarismo também acentua problemas de postura. Ao assistir à TV por horas a fio ou passar o dia na frente do computador, a coluna se adapta às posições inadequadas que podem causar desconforto.

4 - Predisposição Genética:


        Estudos recentes indicam que a genética é responsável por 70% dos casos de degeneração da coluna ou problemas como hérnia de disco. Os 30% restantes são resultado de maus hábitos como sedentarismo e falta de alongamento, por exemplo. O envelhecimento também tem sua parcela de culpa. Com o passar dos anos, os discos vertebrais começam a secar e a rachar, o que favorece o aparecimento de hérnias de disco. A forte influência dos genes não deve ser encarada como uma desculpa para relaxar nos cuidados com as costas. Se você está com dor, procure um especialista.

 5 - Altura Diferente das Pernas:


          Pessoas com um desnível de mais de 30 milímetros entre uma perna e outra têm mais chances de sofrer dores nas costas. Ao caminhar, o paciente é obrigado a inclinar o corpo para um dos lados, na tentativa de compensar a discrepância na altura, o que pode provocar um intenso desconforto.
Nesses casos, o uso de palmilhas é recomendado, mas deve ser sempre acompanhado de alongamentos e de reforço muscular. Mas a cirurgia não pode ser descartada. Existem técnicas capazes de reduzir a diferença de altura das pernas e evitar que o indivíduo incline o corpo.

6 - Atividade Física mal Executada:


          Exercícios físicos são muito bons para manter a saúde das costas, mas quando mal executados se tornam vilões. Abdominais devem ser feitos com a perna dobrada e elevação suficiente para que o músculo se contraia, sem forçar as costas. Quando o exercício é feito com a perna esticada, exige-se das costas, o que pode provocar dor.
          Para a prática de esportes que envolvem rotação do tronco, como tênis e squash, faça um preparo específico para a musculatura lombar, dorsal e abdominal. Na natação, evite levantar demais a cabeça e não deixe as pernas afundarem. Antes de escolher uma atividade física, busque sempre a orientação prévia de um profissional.

7 - Obesidade:



          O sobrepeso é um grande inimigo. A cada dois quilos a mais do que o ideal, o risco de problemas aumenta em 5%. O peso em excesso dificulta a manutenção de uma boa postura. Para evitar incômodos desnecessários, faça exercícios físicos orientados e cuide da alimentação. Fuja de comidas gordurosas e calóricas. Em casos de obesidade severa, procure um médico para avaliar a necessidade de cirurgia.

8 - Gravidez:

          Muitas mulheres reclamam de dor durante a gestação. A primeira impressão é de que o peso seria o grande culpado, mas não é. Apesar de a balança influenciar nas estatísticas, a causa principal é outra. Grande parte das grávidas sente o problema nos primeiros meses, quando a barriga ainda não despontou. Esse é um indicativo de que as dores podem ser resultado dos hormônios liberados no início da gestação.
          Para evitar o desconforto, faça atividades físicas para reforçar a musculatura e invista em exercícios de alongamento e relaxamento. Em alguns casos, especialistas recomendam até mesmo a prática de esportes mais intensos para reduzir o desconforto hormonal que se reflete nas costas.

9 - O Peso da Idade:

          A coluna é alvo de doenças que aparecem em diferentes faixas etárias. Na infância e na pré-adolescência, por exemplo, é muito comum as meninas sofrerem com a espondilólise vertebral, uma falha estrutural das vértebras. Uma vértebra começa a escorregar por cima da outra, movimento que causa fortes dores.
        Em pacientes com mais de 60 anos, quando a osteoporose é mais frequente, pode ocorrer o achatamento do corpo vertebral (fratura por insuficiência). É comum também ocorrer um desgaste das superfícies articulares (artrose), que causa forte desconforto e dificulta o movimento.

10 - Estresse:

      Mal da vida moderna, o estresse mantém o corpo em estado de alerta. É como se o indivíduo estivesse constantemente sob perigo. Por causa disso, a musculatura se contrai e comprime os discos da coluna cervical, e a dor é inevitável. A dica é fazer sessões de relaxamento para aliviar a tensão. Alongamentos e reforço muscular são indicados e ajudam a reduzir o incômodo. Causas emocionais também colaboram para o tensionamento. A depressão, por exemplo, é um dos gatilhos para a dor nas costas.

Dor Reincidente:

          Há uma região particularmente dolorida para a maioria: a lombar. Pesquisas indicam que oito entre 10 adultos sentem ou sentiram em algum momento um desconforto na região. Em alguns casos, o problema passa sem a intervenção de um médico ou fisioterapeuta. Mas metade dos pacientes voltará a ter dor. Um estudo da Universidade de Ohio (EUA) revela que uma das razões é um comportamento típico após o primeiro episódio. Com medo de sentir o desconforto novamente, as pessoas evitam movimentos bruscos e deixam de fazer exercícios. Em vez de proteger as costas, aumentam a chance de reincidência por falta de alongamento e contração excessiva.


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Fonte: Zero Hora

sábado, 21 de agosto de 2010

ENTENDENDO OS MISTÉRIOS DO ABDOMEN





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           Apesar de muitos acharem que se preocupar com o abdomen é um apenas um detalhe, algo que se define somente a preocupações estéticas, o desenvolvimento da parede abdominal constitui um dos objetivos básicos da maioria dos programas de exercícios de condição física geral. No entanto, muitos indivíduos têm como único objetivo ter uma “barriga de tanquinho”, e não sabem o porque da importância de ter uma musculatura abdominal bem desenvolvida. Na mulher, o trabalho abdominal assume particular destaque, nomeadamente após algumas condições específicas da mulher, tais como a gravidez e parto, devendo, no entanto, ser encarado com certo cuidado, dado ao fato de estar associado ao aumento da pressão intra-abdominal e ao possível desencadeamento da condição clínica de incontinência urinária de esforço. 

          Esses músculos tão comentado por todos, praticantes de atividades físicas ou não, foco de todos nós, cada dia que passa aparece novas suposições sobre ele que tem grande importância para nosso corpo e seu funcionamento. O abdomen é o responsável pela saúde dos membros superiores e tórax. Ele nos proporciona boa postura, é o Centro da Força de nosso corpo, isto quer dizer que qualquer movimento seja de membros superiores ou inferiores, parte do Centro, ou seja, do abdomen e ele ainda ajuda no processo digestivo, respiratório, parto e vômito, é isso mesmo, toda a contração necessária para essas atividades naturais partem do abdomen.

     Enquanto está sentado em seu computador lendo este texto, seu abdomen está lhe ajudando a manter uma boa postura na cadeira. São os músculos abdominais que fazem total suporte para sustentar a região lombar de sua coluna (parte posterior do abdomen), evitando a sobrecarga desta região. Caso esteja com seu abdomen fraco, fatalmente terá tendência a cair com o quadril para frente gerando um estresse muito grande na região lombar. Quando fortalecemos nossos músculos abdominais estamos protegendo automaticamente nossa coluna, aumentando sua flexibilidade, força nas costas e adquirindo uma boa postura.

Mas vamos do início:

1º - ANATOMIA DA MUSCULATURA ABDOMINAL:

          O abdômen humano é a parte do tronco entre o tórax e a pelve (quadril). É a maior cavidade que temos no nosso corpo. Ele "guarda" a grande maioria dos órgãos, como o estômago, intestino delgado, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, bexiga, útero, óvarios; além da arteria aorta abdominal e da veia cava inferior. O abdomên não apresenta arcabouço ósseo, tendo suas estrutura composta por paredes musculares. Apenas a parte posterior é formada pelas vértebras, de T12 até a última sacral, pois há uma continuidade entre o abdomên e a pelve.

          O abdômen se subdivide em reto abdominal (direito e esquerdo), os oblíquos interno e externo do abdômen e o transverso do abdômen.

        O reto abdominal segue pelas quinta, sexta e sétima costelas e o processo xifóide do esterno à sínfise púbica. Ele flexiona as colunas lombar e torácica. Ou seja, ele realiza a flexão do tronco e do quadril.

         O obliquo externo do abdômen segue entre os ângulos inferiores das últimas oito costelas ao ângulo externo da metade média da crista ilíaca. Ele flexiona contralateralmente (para o lado oposto) e faz a rotação das colunas lombar e torácica. O oblíquo interno do abdômen segue entre o ângulo exterior do meio dos dois terços da crista ilíaca e as sétima, oitava e nona costelas. Ele flexiona e, ipsilateralmente (para o mesmo lado), faz a rotação das colunas lombar e torácica.

      O transverso do abdômen segue entre as seis costelas inferiores e a metade média do ângulo interno da crista ilíaca, a linha Alba (formada pela face sobreposta dos músculos abdominais) e o púbis. Sua principal função, envolvendo a coluna vertebral, é a de auxiliar a rotação lateral ipsilateral das colunas torácica e lombar. Além de promover a contenção dos órgãos e vísceras e auxiliar o diafragma no movimento respiratório. Importante músculo estabilizador do Tórax e Lombar!

       A musculatura abdominal além de guardar e protejer nossos órgãos internos é responsável pela manutenção de nossa postura, associada à ação dos músculos eretores da coluna e dos membros inferiores. Alterações no padrão de força dessa musculatura podem prejudicar a postura, facilitando o aparecimento de eventuais problemas posturais e dores associadas.

2º - ENTENDENDO A EFICIÊNCIA DOS EXERCÍCIOS ABDOMINAIS:


     Para melhor entendermos como trabalhar o músculo abdominal é preciso primeiramente saber como ele é constituído em relação as suas fibras musculares e qual tipo de contração é mais eficaz para essa musculatura.

       As fibras musculares esqueléticas diferem-se quanto ao tempo que levam para se contrair, podendo haver uma diferença de até cinco vezes mais tempo no estímulo e resposta de contração, se compararmos as fibras de contração lenta com as rápidas.

      As fibras musculares lentas estão adaptadas à realização de trabalho contínuo, possuem maior quantidade de mitocôndrias (organelas responsáveis pela produção de energia), maior irrigação sanguínea e grande quantidade de mioglobina, capaz de estocar bastante oxigênio. As fibras rápidas, por sua vez, são pobres em mioglobina, estão presentes em músculos adaptados à contrações rápidas e fortes.

      O abdomên por ter grande função de sustentação do corpo humano, mantendo o tronco ereto contra a gravidade, tem sua em sua composição uma maior quantidade de fibras lentas, porém é sabido que também tem muitas fibras rápidas, responsáveis pelos movimentos dinâmicos e velozes realizados pelo tronco e quadril, principalmente quando nos referimos aos desportos e atividades físicas.

    No que se refere à contração muscular, devemos saber que existem dois tipos de contrações musculares: contração isotônica e contração isométrica.

     A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo encurta enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga que está sendo erguida pelo músculo. Divide-se em concêntrica e excêntrica. Na concêntrica a contração vence a resistência e há o encurtamento muscular e na excêntrica a resistência vence a contração havendo o alongamento muscular.

     A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento externo do músculo não se altera, pois a força gerada pelo músculo é insuficiente para mover a carga à qual está fixado. No corpo, a maioria das contrações é uma combinação de ambas contrações.

      Ambos os estímulos são utilizados pela musculatura abdominal em nosso dia-a-dia. Então devemos trabalhar este grupamento muscular em sua especificidade, ou seja, devemos realizar exercícios dinâmicos e estáticos, para trabalhar todos os tipos de fibras musculares e nos prepararmos para as condições mais diversificadas do nosso cotidiano.

3 º - COMO OBTER UM ABDÔMEN DEFINIDO:


         Primeiramente, é preciso avaliar a quantidade de gordura sobre os músculos abdominais (ou, em termos mais simples, o tamanho da "barriguinha"), pois como sabemos, é possível definir o abdômen com a prática de exercícios abdominais, porém a definição ficará escondida pela camada de gordura.

     Se for o caso, deve-se avaliar a possibilidade de um programa de emagrecimento, associado a exercícios aeróbios, além de outros exercícios para promover a perda de peso. A prática de exercícios físicos ajudará na queima de calorias de maneira global, permitindo assim a diminuição do percentual de gordura na região abdominal, tornando a definição abdominal mais visível.

      Na hora de escolher qual tipo de abdominal realizar, devemos ter em mente que o abdômen é um músculo como outro qualquer do nosso corpo, ele precisa do estímulo mais adequado, seguido de repouso e supercompensação para então desenvolver. Com isso, deve-se trabalhar esta musculatura como um todo, trabalhando todas as partes do abdômen, realizando os movimentos naturais de cada segmento muscular (flexão do tronco, flexão do quadril, flexão associada à rotação do tronco, flexão lateral do tronco), Uma outra área do abdômen de grande importância, que a maioria das pessoas freqüentemente se esquecem é o abdômen transverso. Esta parte do abdômen tem grande importância na respiração, na contenção de vísceras e órgãos, e no aumento da pressão intra-abdominal, que é uma força resultante da pressão do abdômen e do diafragma, que protegem a coluna lombar contra a pressão intra-discal, efeito nocivo exercido sobre a coluna pela força da gravidade.

        O abdômen transverso é desenvolvido através de exercícios respiratórios, posturais e de estabilização, realizados de forma voluntária e consciente, através de atividades como musculação, yoga, tai chi chuan, pilates, rpg, entre outros.

        Sugestão: A musculatura abdominal pode ser trabalhada em dias alternados, ou separar a fase de treinamento intercalando as áreas do abdômen a serem trabalhadas. Numa fase do treinamento é aconselhável utilizar um volume grande com pouca intensidade, ou seja, muita repetição e praticamente nada, ou muito pouca sobrecarga. E numa outra fase do treinamento, deve-se diminuir o volume e aumentar a intensidade, invertendo todo o processo. Em relação à velocidade de execução do movimento, deve-se trabalhar com baixas velocidades no intuito de gerar um estímulo tênsil, para hipertrofiar o abdômen – neste caso, a fase excêntrica deve ser bem mais lenta que a fase concêntrica, numa escala de 2:1 ou 3:1 – e usar velocidade média a alta, no intuito de gerar um estímulo metabólico e de resistência da musculatura. Também é aconselhável desenvolver a força estática da musculatura, através de sustentação em flexão do tronco e quadril, assim como através de exercícios posturais.

      Realizando os exercícios regularmente e conseguindo diminuir o percentual de gordura abdominal, você terá um abdômen definido e bem desenhado, promovendo uma boa postura, uma boa capacidade respiratória, um bom equilíbrio na relação postural no que diz respeito à região anterior e posterior do tronco, assim como também terá um melhor controle urinário, por ter bem desenvolvido a musculatura do assoalho pélvico.


Apresento algumas dicas que você deverá ter em conta aquando da realização dos exercícios abdominais:

1. Execução:

Respire fundo, com a coluna ainda apoiada no chão, e comece o movimento soltando o ar durante toda a flexão da coluna até o ponto em que somente a coluna lombar esteja apoiada no chão. Segure a posição de máxima flexão por um ou dois segundos e volte lentamente à posição inicial.


2. Concentração:

A concentração no movimento de flexão da coluna interfere expressivamente na eficiência e intensidade da contração dos músculos abdominais. Evite ficar conversando durante a execução dos exercícios. Quanto maior o conhecimento sobre o posicionamento dos músculos abdominais e os movimentos que estes realizam na coluna vertebral, maior a capacidade de concentração e maior a intensidade e eficiência da contração muscular.



3. Séries e Repetições:

O número de séries e repetições para os exercícios abdominais, como para qualquer outro músculo do corpo, varia de acordo com a intenção do exercício. Para hipertrofiar os músculos abdominais os exercícios devem ser realizados numa média de 3-5 séries de 8-15 repetições cada. O número de repetições deve aumentar se sua intenção for melhorar a resistência da parede abdominal.

Lembre-se de que a resistência que você utiliza e a concentração na contração e na técnica do movimento é que determinam a intensidade do exercício. Portanto, a intensidade, no caso da hipertrofia, deve ser alta o bastante para não permitir repetições acima de 15 ou 20.


4. Resistência:

Para os iniciantes a resistência utilizada deve ser o peso das alavancas do próprio corpo. Em casos de indivíduos com os músculos abdominais muito fracos, a colocação dos braços ao lado do tronco diminui a intensidade do exercício e facilita o movimento.
Conforme a musculatura abdominal for ficando mais forte, o uso de resistência nos membros superiores ou inferiores, bem como a alteração das posições dos braços e das pernas para dificultar a contração é recomendada.
A resistência deve ser utilizada principalmente para ajustar o número de repetições desejadas.


5. Velocidade e Controle do Movimento:


Os movimentos realizados nos exercícios abdominais, como para qualquer outro músculo do corpo, devem ser conduzidos durante toda a amplitude articular. Movimentos bruscos devem ser evitados por permitirem momentos onde a inércia e a força da gravidade prevalecem sobre a contração muscular, o que aumenta os risco de lesão para a coluna vertebral.


6. Variações:

É muito importante utilizar variações de ângulos e direções dos movimentos da coluna para melhor estimular cada um dos músculos abdominais. Porém, a introdução de exercícios mais complexos só deve ser realizada após a perfeita assimilação da técnica dos exercícios mais simples. Um iniciante não possui técnica nem estrutura muscular para realizar a maioria das variações dos exercícios abdominais, o que facilita o erro e aumenta os riscos de lesões articulares.

As variações são importantes porque:

a) promovem um estímulo que o músculo não está acostumado, induzindo assim à adaptação;
b) permitem que o músculo seja estimulado a partir de ângulos diferentes e;
c) não deixam que os exercícios se tomem maçantes e desmotivadores.



          Relativamente à questão da perda da barriga através de abdominais, a resposta é definitivamente não, os abdominais são para tonificar os músculos abdominais, ou seja, torná-los mais fortes. Uma boa maneira de se perder a barriga é associando um exercício aeróbico (como corrida, natação, ciclismo, spinning, ginástica aeróbica, etc...) que irá queimar as gordurinhas, com os exercícios musculares localizados que deixarão seus músculos mais fortes e portanto aumentando o metabolismo, acelerando o processo de emagrecimento.

Uma barriga saliente pode ter diversas causas como: herança genética, alteração hormonal, retenção de líquido, excesso de peso, etc.



 


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