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Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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sexta-feira, 30 de março de 2012

NEURÔNIOS


 Vida e Morte do Neurônio 

A vida e morte do neurônio

 Não faz muito tempo que os cientistas acreditavam que nascíamos com todos os neurônios que sempre teríamos. Mas em 1962, o cientista Joseph Altman desafiou essa crença quando notou evidências de neurogênese (o nascimento de neurônios) numa região do cérebro de camundongos adultos chamada de hipocampo. Posteriormente ele relatou que neurônios recém-nascidos migravam do seu local de nascimento no hipocampo para outras partes do cérebro.
Essas descobertas sobre a neurogênese no cérebro adulto surpreenderam os cientistas, mas muitos ainda acreditavam que elas não se aplicavam aos humanos. Foi quando Elizabeth Gould descobriu evidências de neurônios recém-nascidos em chimpanzés, e Fred Gage e Peter Eriksson demonstraram que o cérebro adulto humano também produzia novos neurônios.
O sistema nervoso central (que inclui o cérebro e a coluna vertebral) é composto de dois tipos básicos de células: os neurônios e as da Glia*. Estima-se que as células da glia superam em quantidade os neurônios em até nove vezes, mas mesmo em menor número são os neurônios que desempenham os papéis principais no cérebro. Os neurônios são mensageiros de informações, utilizando impulsos elétricos e sinais químicos para transmitir informações entre áreas diferentes do cérebro, e entre o cérebro e o resto do sistema nervoso.
Apesar da maioria dos neurônios já estarem presentes no cérebro desde o nosso nascimento, há evidências de que a neurogênese ocorre ao longo de toda a vida. Os neurônios nascem em regiões do cérebro que são ricas na concentração de células precursoras neurais (também chamadas de células-tronco neurais). Essas células têm o potencial de gerar quase todos, se não todos, os diferentes tipos de neurônios e glia encontrados no cérebro.
Uma vez que o neurônio nasce, ele tem que viajar para o lugar do cérebro onde ele vai trabalhar. Isso ocorre através de um complexo sistema de longas fibras de células da glia e de sinais químicos que guiam os neurônios através do cérebro até o seu destino final.
Nem todos os neurônios sobrevivem a essa jornada migratória de duas a três semanas. Cientistas acreditam que apenas um terço dos neurônios chega ao destino final e se estabelece de forma efetiva. Nesse processo chamado de diferenciação, um dos menos compreendidos da neurogênese, o novo neurônio passa a se assemelhar aos seus vizinhos e começa a desenvolver canais de comunicação com os mesmos.
Os demais neurônios não conseguem se diferenciar ou morrem, mas há também os que sobrevivem à jornada, mas acabam em lugares errados. Mutações nos genes que controlam a migração criam regiões de neurônios deslocados ou malformados que podem causar distúrbios como a epilepsia infantil ou retardamento mental. Alguns pesquisadores suspeitam que a esquizofrenia e a dislexia são em parte o resultado desses neurônios perdidos.
Apesar dos neurônios serem as células mais longevas do nosso corpo e um grande número de novos neurônios morrerem durante o processo de diferenciação e migração, a vida de alguns neurônios saudáveis também pode sofrer reveses. Danos físicos ao cérebro e à coluna vertebral, como um traumatismo ou um derrame (AVC), podem matar neurônios imediatamente ou lentamente matá-los de falta de oxigênio e nutrientes necessários à sua sobrevivência. Algumas doenças do cérebro, como as de Parkinson, Alzheimer e Huntington, são o resultado da morte não natural de neurônios.
Cientistas buscam entender cada vez mais sobre a vida e morte dos neurônios na esperança de desenvolver novos tratamentos, e possivelmente até curas, para doenças e distúrbios cerebrais que afetam milhões de pessoas no mundo todo.
Para nós é importante entendermos os fatores que afetam a vida e morte dos neurônios para podermos garantir uma vida mais longa e com bem-estar, tomando atitudes que promovam o nascimento de novos neurônios e adiem a sua morte, tais como: exercícios físicos, estímulos cognitivos (jogos para o cérebro), alimentação balanceadasono adequadosocialização e controle do estresse.

* Glia ou Neuróglia -  As células da glia, geralmente chamadas neuróglia, nevróglia ou simplesmente glia (grego para "cola"), são células não neuronais do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. Geralmente arredondadas, no cérebro humano as células da glia estão, aproximadamente, em mesmo número que os neurônios.  Ao contrário do neurônio, que é amitótico, nas células gliais ocorre a mitose.
Por décadas, neurocientistas acreditaram que os neurônios eram os responsáveis por toda a comunicação no cérebro e sistema nervoso e que as células gliais, embora nove vezes mais numerosas que os neurônios, apenas os alimentavam.
Novas técnicas de imagem e instrumentos de “escuta” mostram que as células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as outras sobre as mensagens trocadas pelas células nervosas. As células gliais são capazes de modificar esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo influenciar o local da formação das sinapses.
Devido a essa proeza, as células gliais podem ser essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. Experiências para provar isso estão em andamento.

Função

As principais funções das células da glia são cercar os neurônios, e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantêm a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso.
As células de glia têm a importante função de produzir moléculas que modificam o crescimento de dendrites e axónios. Descobertas recentes no hipocampo e cerebelo indicam que também participam ativamente nas transmissões sinápticas, regulando a libertação de neurotransmissores ou libertando-os elas mesmas e libertando ATP que modela funções pré-sinápticas.
São cruciais na reparação de neurônios que sofreram danos: no sistema nervoso central a glia impede a reparação - os astrócitos alargam e proliferam de modo a produzirem mielina e moléculas que inibem o crescimento de um axónio lesado, no sistema nervoso periférico as células de Schwann promove a reparação regressando a estado de desenvolvimento mais jovem.

Tipos de Glia

Microglia -

Micróglia consiste em macrófagos especializados, capazes de fagocitar, que protegem os neurônios. São as menores de todas as células gliais e correspondem a 15% de todas células do tecido nervoso. Da microglia fazem parte as células ependimárias e as células de Schwann.
Já da macroglia fazem parte os Astrócitos, Oligodendrócitos e os Glioblastos.


Macroglia -

Os tipos de células da macróglia são astrócitos, oligodendrócitos, glioblastos.
LocalizaçãoNomeDescrição
SNCAstrócitos
Forma estrelada; sinalização celular; a comunicação neurónio-astrócito dá-se em ambas as direcções; os pés dos astrócitos ligam neurónios e vasos sanguíneos (função nutritiva).
SNCOligodendrócitos
Fabricação da mielina a partir de lípidos e proteínas; neurónios do SNC revestidos por oligodendrócitos.
SNCCélula radial (Glioblastos)
Na retina esta é a principal célula glial e participa na comunicação bidireccional dos neurônios...

Fontes: 

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