MISSÃO:

Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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sábado, 21 de janeiro de 2012

PROMOÇÃO DA SAÚDE: CARTA DE OTAWA



Carta de Ottawa é um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em OttawaCanadá, em novembro de 1986. Trata-se de uma Carta de Intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal.
A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde foi uma decorrência das expectativas mundiais por uma saúde pública eficiente, focalizando em especial as necessidades dos países industrializados, e estendendo tal necessidade aos demais países. Mediante os progressos alcançados após a Declaração de Alma-Ata para a Atenção primária à saúde, o documento da OMS “As Metas da Saúde para Todos” e o debate ocorrido na Assembléia Mundial da Saúde sobre as ações intersetoriais necessárias, a Carta de Ottawa estabelece fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos.


21 DE NOVEMBRO DE 1986

A Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde, realizada em Ottawa em 21 de novembro de 1986, emite a presente Carta dirigida à execução do objetivo "Saúde para Todos no Ano 2000"
Esta Conferência foi, antes de tudo, uma resposta à crescente demanda por uma nova concepção de Saúde Pública no mundo.
Embora as discussões se centrassem nas necessidades dos países industrializados, levaram-se também em conta os problemas que atingem as demais regiões. A Conferência tomou como ponto de partida os progressos alcançados em conseqüência da Declaração de Alma Ata, em primeira instância, o documento "Os Objetivos da Saúde para Todos" da Organização Mundial de Saúde e o debate sobre a ação intersetorial para a saúde, discutido recentemente na Assembléia Mundial da Saúde.

PROMOVER A SAÚDE


A promoção da saúde consiste em proporcionar aos povos os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior controle sobre a mesma.
Para alcançar um estado adequado de bem estar físico, mental e social, um grupo deve ser capaz de identificar e realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou adaptar-se ao meio ambiente
A saúde, então, não vem como um objetivo, mas como a fonte de riqueza da vida cotidiana. Trata-se de um conceito positivo que acentua os recursos sociais e pessoais, assim como as aptidões físicas. Portanto, dado que o conceito de saúde como bem estar transcende a idéia de formas de vida sadias, a promoção da saúde não concerne, exclusivamente, ao setor sanitário.

PRÉ-REQUISITOS PARA A SAÚDE

As condições e requisitos para a saúde são: a paz, a educação, a moradia, a alimentação, a renda, um ecossistema estável, justiça social e a equidade. Qualquer melhora da saúde há de ter como base, necessariamente, estes pré-requisitos.

PROMOVER O CONCEITO

Uma boa saúde é o melhor recurso para o progresso pessoal, econômico e social, e uma dimensão importante da qualidade de vida. Os fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, de meio ambiente, de conduta e biológicos podem intervir a favor ou contra a saúde.
O objetivo da ação pela saúde é fazer com que essas condições sejam favoráveis para poder promover a saúde.

PROMOVER OS MEIOS

A promoção da saúde consiste em alcançar a equidade sanitária. Sua ação tem o objetivo de reduzir as diferenças no atual estado da saúde e assegurar a igualdade de oportunidades e promover os meios que permitam a toda a população desenvolver ao máximo sua saúde potencial. Isto implica uma base sólida em um meio que a apoie, acesso à informação, e possuir as aptidões e oportunidades que a levem a fazer suas opções em termos de saúde. As pessoas não poderão alcançar sua plena saúde potencial, a menos que sejam capazes de assumir o controle de tudo o que determine seu estado de saúde. Isto se aplica igualmente a homens e mulheres.

ATUAR COMO MEDIADOR

O setor sanitário não pode, por si mesmo, proporcionar as condições prévias nem assegurar as perspectivas favoráveis para a saúde, além do que, a promoção da saúde exige a ação coordenada de todos os implicados: os governos, os setores sanitários e outros setores sociais e econômicos, as organizações beneficentes, as autoridades locais, a indústria e os meios de comunicação. As pessoas de todos os meios sociais estão implicadas tanto com os indivíduos quanto com as famílias e comunidades. Aos grupos sociais e profissionais e ao pessoal do grupo sanitário corresponde, especialmente, assumir a responsabilidade de atuar como mediadores entre os interesses antagônicos e a favor da saúde.
As estratégias e programas de promoção da saúde devem adaptar-se às necessidades locais e às possibilidades específicas de cada país e região, e ter em conta os diversos sistemas sociais, culturais e econômicos.

A PARTICIPAÇÃO ATIVA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE IMPLICA:

A elaboração de uma política pública sadia.
Para promover a saúde deve-se ir além do mero cuidado da mesma. A saúde tem que fazer parte da ordem do dia dos responsáveis pela elaboração dos programas políticos, em todos os setores e em todos os níveis, com o objetivo de faze-los tomar consciência das conseqüências que suas decisões podem ter para a saúde, e levá-los a assumir a responsabilidade que têm a esse respeito.
A política de promoção da saúde tem que combinar enfoques diversos, se bem que complementares, nos quais figuram a legislação, as medidas fiscais, o sistema tributário e as mudanças organizacionais. É a ação coordenada o que leva a praticar uma política sanitária, monetária e social, que permita uma maior equidade. A ação conjunta contribui para assegurar a existência de bens e serviços mais seguros, de uma maior higiene nos serviços públicos e de um meio ambiente mais limpo.
A política de promoção da saúde requer que se identifiquem e eliminem os obstáculos que impeçam a adoção de medidas políticas que favoreçam a saúde naqueles setores não diretamente implicados com a mesma. O objetivo deve ser conseguir que a opção mais saudável seja, também, a mais fácil de ser realizada pelos responsáveis na elaboração dos programas.

A CRIAÇÃO DE AMBIENTES FAVORÁVEIS

Nossas sociedades são complexas e estão relacionadas entre si de forma que não se pode separar a saúde dos outros objetivos. Os laços que, de uma forma intrínseca, unem o indivíduo e seu meio constituem a base de uma aproximação sócio-ecológica à saúde. O princípio que deve guiar o mundo, as nações e as comunidades tem de ser a necessidade de fomentar o apoio recíproco, de proteger-nos uns aos outros, assim como nossas comunidades e nosso meio natural. Deve-se colocar em destaque que a conservação dos recursos naturais do mundo todo é uma responsabilidade mundial.
A mudança do modo de vida, de trabalho e de lazer afeta de maneira muito significativa a saúde. O trabalho e o lazer devem ser fonte de saúde para a população. O modo como a sociedade organiza o trabalho deve contribuir para a criação de uma sociedade saudável. A promoção da saúde gera condições de trabalho e de vida gratificantes, agradáveis, seguras e estimulantes.
É essencial que se realize uma avaliação sistemática do impacto que as mudanças do meio ambiente produzem na saúde, particularmente nos setores da tecnologia, trabalho, energia, produção e urbanismo. Essa avaliação deve ser acompanhada de medidas que garantam o caráter positivo dos efeitos dessas mudanças na saúde pública. A proteção, tanto dos ambientes naturais como dos artificiais, e a conservação dos recursos naturais, devem fazer parte das prioridades de todas as estratégias de promoção da saúde.

O REFORÇO DA AÇÃO COMUNITÁRIA


A promoção da saúde começa na participação efetiva e concreta da comunidade na eleição de prioridades, na tomada de decisões e na elaboração e desenvolvimento de estratégias para alcançar melhor nível de saúde. A força motriz desse processo provém do real poder das comunidades, da posse e controle que tenham sobre seus próprios esforços e destinos.
O desenvolvimento da comunidade baseia-se nos recursos humanos e materiais com que conta a própria comunidade para estimular a independência e apoio social, assim como para desenvolver sistemas flexíveis que reforcem a participação pública e o controle das questões sanitárias. Isto requer um total e constante acesso à informação e à instrução sanitária, assim como à ajuda financeira.

DESENVOLVIMENTO DE APTIDÕES PESSOAIS

A promoção da saúde favorece o desenvolvimento pessoal e social, de forma a proporcionar informação e educação sanitária e a aperfeiçoar as aptidões indispensáveis à vida. Deste modo, incrementam-se as opções disponíveis para que a população exerça um maior controle sobre sua própria saúde e sobre o meio ambiente e para que opte por tudo o que propicie a saúde.
É essencial proporcionar os meios para que, ao longo de sua vida, a população se prepare para as diferentes etapas da mesma e enfrente as enfermidades e lesões crônicas. Isto só será possível através das escolas, lares, lugares de trabalho e ambiente comunitário, no sentido de que exista uma participação ativa por parte das organizações profissionais, comerciais e beneficentes, orientada tanto ao exterior como ao interior das próprias instituições.

REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS SANITÁRIOS

A responsabilidade pela promoção da saúde por parte dos serviços sanitários é dividida entre os próprios indivíduos, grupos comunitários, profissionais da saúde, instituições e serviços sanitários e os governos. Todos devem trabalhar em conjunto para conseguir um sistema de proteção da saúde.
O setor sanitário deve exercer um papel cada vez maior na promoção da saúde de tal forma que transcenda a mera responsabilidade de proporcionar serviços clínicos e médicos. Esses serviços devem tomar uma nova orientação que seja sensível às necessidades culturais dos indivíduos e as respeite. Assim mesmo deverão favorecer a necessidade, por parte das comunidades, de uma vida mais sadia e criar meios de comunicação entre o setor sanitário e os setores sociais, políticos e econômicos.
A reorientação dos serviços sanitários exige, igualmente, que se preste maior atenção à investigação sanitária, assim como às mudanças na educação e formação profissional. Tudo isto acabará produzindo uma mudança na atitude e organização dos serviços sanitários, de forma a girarem em torno das necessidades do indivíduo como um todo.

IRROMPENDO NO FUTURO

A saúde vive e se cria na vida cotidiana: nos centros educacionais, no trabalho e no lazer. A saúde é o resultado dos cuidados que cada um dispensa a si mesmo e aos demais, é a capacidade de tomar decisões e controlar a própria vida e assegurar que a sociedade em que vive ofereça a todos os seus membros a possibilidade de ser saudável.
Os cuidados com o próximo, assim como o planejamento holístico e ecológico da vida, são essenciais no desenvolvimento de estratégias para a promoção da saúde. Assim os responsáveis pela prática e avaliação das atividades promotoras da saúde devem ter sempre presente o princípio da igualdade entre os sexos em cada uma das fases do planejamento.

O COMPROMISSO A FAVOR DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Os participantes desta Conferência se comprometem a:
·         Intervir no terreno da política da saúde pública e advogar em favor de um compromisso político claro no que concerne à saúde e eqüidade em todos os setores;
·         opor-se às pressões que ocorram para favorecer os maus produtos, os meios e condições de vida insalubres, a má nutrição e a destruição dos recursos naturais. Ainda se comprometem a centrar sua atenção em questões de saúde pública tais como a contaminação, riscos profissionais, invasão e crescimento desordenado de áreas não povoadas;
·         eliminar as diferenças entre as diversas sociedades e no interior das mesmas, e tomar medidas contra as desigualdades, em termos de saúde, que sejam resultado do que se pratica nessas sociedades;
·         reconhecer que os indivíduos constituem a principal fonte de saúde; apoiá-los e capacitá-los em todos os níveis para que eles, suas famílias e amigos mantenham um bom estado de saúde; do mesmo modo se comprometem a aceitar que a comunidade é o porta-voz fundamental em matéria de saúde, condições de vida e bem estar geral;
·         reorientar os serviços sanitários e seus recursos na promoção da saúde; repartir o poder com outros setores, outras disciplinas e, o que ainda é mais importante, com o próprio povo;
·         reconhecer que a saúde e sua manutenção constituem a melhor meta e investimento possíveis e tratar a questão ecológica global que mantém nossas formas de vida. A Conferência convoca todas as pessoas interessadas a formar uma forte aliança em favor da saúde.

CONVOCAÇÃO À AÇÃO INTERNACIONAL

A Conferência convoca a Organização Mundial de Saúde e os demais organismos internacionais a advogar em favor da saúde em todos os foros apropriados e a dar apoio aos diferentes países para que se estabeleçam programas e estratégias dirigidas à promoção da saúde.
A Conferência tem a firme convicção de que, se os povos, as organizações governamentais e não governamentais, a Organização Mundial de Saúde e todos os demais organismos interessados juntarem esforços para a promoção da saúde e em conformidade com os valores sociais e morais inerentes a esta, o objetivo "Saúde para Todos no ano 2000" se tornará uma realidade.
A presente Carta foi elaborada e adotada por uma conferência internacional organizada conjuntamente pela Organização Mundial de Saúde, o Ministério de Saúde e Bem Estar Social do Canadá e a Associação Canadense de Saúde Pública. Duzentos delegados de 38 países se reuniram em Ottawa de 17 a 21 de novembro de 1986 para trocar experiências e conhecimentos dirigidos à promoção da saúde.
A Conferência favoreceu um diálogo aberto entre leigos e profissionais da saúde e de outros setores, entre representantes dos órgãos governamentais, comunitários e associações beneficentes, assim como entre políticos, administradores e técnicos sanitários. Os participantes coordenaram seus esforços para definir claramente os objetivos futuros e reforçar seu compromisso individual e coletivo até o objetivo comum de "Saúde para Todos no ano 2000"
Esta Carta para a ação reflete o espírito das cartas que a precederam, nas quais foram definidas as necessidades dos povos. A Carta apresenta os enfoques e estratégias para promover a saúde, que os participantes consideraram indispensáveis para produzir um progresso real. O informe da Conferência examina em detalhes as questões discutidas, oferece exemplos concretos e sugestões práticas para conseguir um desenvolvimento real e aponta a ação que se exige das nações e grupos interessados.
O avanço até um novo conceito de saúde pública já é evidente em todo mundo. Este avanço tem sido confirmado não só pelas experiências como também pelos compromissos reais das pessoas convidadas a participar na qualidade de especialistas.
Os países que estiveram representados nesta Conferência foram os seguintes : Antígua, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Checoslováquia, Dinamarca, Escócia, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Gana, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Islândia, Israel, Itália, Iugoslávia, Japão, Malta, Nova Zelândia, Noruega, País de Gales, Polônia, Portugal, República Democrática da Alemanha, Republica Federal da Alemanha, República da Irlanda, Romênia, Saint Kitts e Nevis, Suécia, Sudão, Suíça e União Soviética.




Resumo:
A Carta de Ottawa defende a promoção da saúde como fator fundamental de melhoria da qualidade de vida, assim como defende a capacitação da comunidade nesse processo, salientando que tal promoção não é reponsabilidade exclusiva do setor saúde, mas é responsabilidade de todos, em direção ao bem-estar global. Por conseguinte, o documento estabelece, através de seus itens, alguns critérios que considera importantes no direcionamento das estratégias de saúde. São eles:
  • A solidez dos pré-requisitos fundamentais para a saúde: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade;
  • A defesa de causa: a necessidade de a saúde ser reconhecida, por todos os setores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos, como o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade de vida;
  • A capacitação, através da garantia de oportunidades e recursos igualitários para todas as pessoas no intuito de realizar completamente seu potencial de saúde, através de ambientes favoráveis, acesso à informação, a experiências e habilidades na vida, e a liberdade para a escolha de uma vida mais sadia;
  • A mediação, através da demanda de uma ação coordenada de todos os setores envolvidos na promoção da saúde: governo, setores sociais e econômicos, organizações voluntárias e não-governamentais, autoridades, indústria, mídia, assim como os indivíduos, famílias e comunidades. A adaptação dos programas de saúde às necessidades locais e às possibilidades de cada país e região, bem como o respeito às diferenças sociais, culturais e econômicas;
  • A construção de políticas públicas saudáveis, em que a saúde conste como prioridade em todos os setores, através da legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais;
  • A criação de ambientes favoráveis, através da mudança dos modos de vida, de trabalho e de lazer, assim como a proteção do meio-ambiente e conservação dos recursos naturais, contribuindo para um significativo impacto sobre a saúde da população;
  • O reforço da ação comunitária, no desenvolvimento de prioridades e na definição de estratégias de promoção de saúde. A incrementação do poder das comunidades, na posse e controle de seu próprio destino, na aprendizagem e no desenvolvimento de sistemas de reforço da participação popular na direção dos assuntos de saúde;
  • O desenvolvimento de habilidades especiais da população, através da educação em saúde e da capacitação, proporcionando a escolha de opções mais saudáveis para sua própria saúde e para o meio-ambiente;
  • A reorientação dos serviços de saúde, através do compartilhamento da responsabilidade entre indivíduos, comunidade, grupos, profissionais da saúde, instituições e governos, no sentido de todos trabalharem juntos e com o mesmo objetivo, promovendo a abrangência dos recursos e o incentivo à pesquisa;
  • A objetivação de um futuro construído sobre o poder decisório da população, em que as preocupações com a qualidade de vida, com o meio-ambiente e a importância da parceria façam parte do planejamento e da implantação de atividades de promoção da saúde;
  • Os compromissos com a promoção da saúde como objetivo fundamental dos participantes da Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, através da atuação nas políticas públicas, da defesa do meio-ambiente, da luta pela igualdade social, do incentivo à capacitação e do reconhecimento da saúde como o desafio maior dos governos. A conferência conclama a todos os interessados juntar esforços no compromisso por uma forte aliança em torno da saúde pública;
  • A conclamação da OMS e demais organizações internacionais em prol da defesa da promoção da saúde em todos os fóruns apropriados e a exortação do apoio aos países no estabelecimento de estratégias e programas direcionados a tal objetivo.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_de_Ottawa
http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=202


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO


  
O calendário de vacinação de crianças no Brasil terá imunização contra mais duas doenças a partir do segundo semestre deste ano. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18). São duas vacinas injetáveis, uma para paralisia infantil e outra chamada de pentavalente, contra cinco doenças, que incorpora componentes contra uma enfermidade a mais do que a empregada até então, a tetravalente.
No caso da poliomelite, a distribuição de doses orais (a gotinha) será mantida. Enquanto a injetável usa o vírus morto, a segunda tem organismos vivos atenuados, quer dizer, enfraquecidos. Em outros países do mundo, a imunização por via oral contra a paralisia infantil já foi deixada de lado. O Brasil não tem caso da doença há mais de 20 anos, mas em 2011 duas suspeitas de poliomelite foram registradas. A opção de manter as duas modalidades é recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) até que a doença seja eliminada no mundo inteiro.


Na prática, a campanha contra a paralisia infantil manterá duas fases. Na primeira, em 16 de junho, crianças com menos de cinco anos receberão a dose oral, mesmo se já tiverem sido imunizadas antes. Na segunda, em agosto, os postos de saúdevão distribuir outras vacinas que estiverem atrasadas.A versão injetável, aplicada a bebês de dois a quatro meses, é considerada mais eficiente e com menos riscos de efeitos colaterais. Um reforço será feito entre seis e 15 meses.

Da penta à heptavalente:

A outra vacina incluída no calendário imuniza crianças aos dois, quatro e seis meses contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B. A pentavalente incorpora a prevenção à hepatite, antes aplicada separadamente. Com a implantação da pentavalente haverá uma economia de R$ 700 mil ao ano, devido à redução no preço da vacina, além de reduzir custos de transporte, armazenamento e material, como seringas e agulhas.
Haverá reforço contra três dessas enfermidades entre o primeiro e o segundo anos de vida e entre quatro e seis anosde idade. Récem-nascidos continuam a receber uma dose contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, de modo a prevenir transmissão da mãe para a criança.
Daqui quatro anos, o ministério promete que outras duas doenças serão imunizadas, tornando-a heptavalente. A própria poliomielite e a meningite C serão incluídas conjugada. “As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal”, observa o ministro Alexandre Padilha.
A vacina heptavalente será desenvolvida em parceria com laboratórios Fiocruz/Bio-manguinhos, Instituto Butantan e Fundação Ezequiel Dias. A tecnologia envolvida é resultado de um acordo de transferência entre o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, e o laboratório Sanofi.

Nesta quarta-feira (18/01/2012), o Ministério da Saúde anunciou mudanças no calendário de vacinação brasileiro a partir deste ano. Veja abaixo perguntas e respostas sobre as novidades:
- O que muda no calendário de vacinação?
Duas novas vacinas serão introduzidas: a injetável contra paralisia infantil (poliomielite) e a pentavalente, que age contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Hib (haemophilus influenza tipo B), que causa meningite, pneumonia e outras infecções bacterianas graves.

A campanha contra poliomielite de 16 de junho segue normal e todas as crianças receberão a gotinha.A partir de agosto de 2012. A injetável contra pólio, no entanto, só será dada às crianças que estão começando o calendário de vacinação em 2012.
- Qual a diferença da vacina injetável para a gotinha?
A injetável (Salk) usa o vírus da poliomielite em sua forma inativa. A gotinha (Sabin) usa o vírus “atenuado” – ou seja, “menos ativo". A Salk é mais segura e está sendo utilizada em países que já eliminaram a doença.

- Isso quer dizer que a vacina em gotas vai acabar?
Não por enquanto. O Brasil continuará oferecendo as duas formas, para crianças de idades diferentes. Quando a doença for erradicada mundialmente, apenas a vacina injetável será oferecida.

- Com qual idade a criança vai receber a vacina injetável?
A imunização injetável será aplicada aos dois meses e aos quatro meses de idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos seis meses e aos 15 meses.

- Qual a diferença da vacina pentavalente?
Ela combina em uma só imunização a atual vacina tetravalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Hib) com a usada contra hepatite B.

Em até quatro anos, ela deve se transformar em uma vacina “heptavalente”, unindo a imunização contra pólio injetável e a contra meningite C.
- Quando as crianças vão receber a vacina pentavalente?
Aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade. Aos doze meses, elas vão receber um reforço com a vacina tríplice bacteriana, a DTP (contra difteria, tétano e coqueluche) e, depois, novamente, entre quatro e seis anos de idade.

Além disso, recém-nascidos continuam recebendo a vacina contra hepatite B nas primeiras doze horas de vida.
- O que muda no calendário?
Antes, as crianças tinham que ser vacinadas do nascimento até os seis meses de vida. Agora, as vacinas BCG (contra tuberculose) e contra a hepatite B serão dadas ao nascer e depois somente com dois meses – quando as crianças receberão a dose da nova vacina pentavalente e da poliomelite injetável.

As outras duas vacinas que antes eram aplicadas aos dois meses - vacina oral Rotavírus Humano e vacina pneumocócida 10 – não têm mudanças.
As segundas doses das vacinas de poliomielite injetável e da pentavalente serão realizadas aos quatro meses.
A vacina pentavalente ainda terá uma terceira dose de aplicação, aos seis meses. Neste período, a criança também receberá a dose da vacina oral contra a poliomelite e a vacina pneumocócica 10.
Mudanças no calendário de vacinação (Foto: arte/G1)
Fontes: 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CORRA NO VERÃO! MAS... CUIDADO!


Siga as dicas para correr no verão sem passar mal...

Problemas como desidratação e insolação podem atrapalhar o seu ritmo de treino! 


Para praticar atividade física ao ar livre, é preciso saber se proteger do calor. Caso contrário, vários problemas podem colocar seu treino em risco: hipertermia, moleza, desidratação ou até mesmo cãibras, ainda mais se você for um corredor que pegou leve o ano todo e resolveu investir no exercício só na estação mais quente. "É essencial se preocupar com o horário da corrida ao ar livre, priorizar tecidos leves e manter o corpo sempre hidratado", afirma o fisiologista Diego Barros, do HCor. Confira os problemas mais comuns dessa época e veja o que especialistas recomendam para evitá-los.

1) Hipertermia 

A hipertemia acontece quando o corpo atinge uma temperatura muito alta, prejudicando o funcionamento de muitos órgãos e o próprio metabolismo. "A partir de 41 graus, começam os riscos graves à saúde, incluindo desmaios e perda de consciência, além de sangramentos no nariz", afirma o médico do HCor. Para evitar essa reação do corpo, é preciso praticar exercícios em horários em que o sol esteja mais ameno, utilizar roupas que facilitem a transpiração e não se esquecer de beber água.  

2) Desidratação 

"Com a redução de líquidos no corpo, o sangue fica mais espesso, a pressão arterial cai e rins, fígado e coração passam a ter funcionamento prejudicado", afirma o fisiologista Diego Barros. "Em estágios mais severos, ocorre perda de coordenação, confusão mental e até a morte." 



Além de água, o corpo perde sais minerais quando exposto ao sol. "Numa corrida de intensidade moderada, o atleta pode perder até um quilo do peso corporal", afirma o especialista. O cardiologista Nabil Ghorayeb, do HCor, afirma que a reposição apenas com água costuma ser suficiente. "Caso a perda ultrapasse dois quilos, isotônicos são indicados. Além de água, eles contêm altas doses de sais minerais", diz. 



Terminada a corrida, o cardiologista recomenda outro cuidado: 'Evite bebidas alcoólicas em seguida ao treino. Tome apenas água ou suco de frutas na primeira hora para repor carboidratos e líquidos". 

3) Cãibra

Durante a corrida, as altas temperaturas do verão podem levar à perda de água e à queda no nível de sódio do corpo. "Além da perda de sódio pelo suor, há o uso deste sal, presente no músculo, quando acaba o glicogênio (substância que serve de fonte de energia para as atividades). Como resultado, há o aumento de contrações espontâneas dos músculos, ou seja, as cãibras, afirma o ortopedista Moisés Cohen, da UNIFESP. 



Para evitar esse problema, é importante: 

1.Alongar e aquecer a musculatura antes de iniciar a atividade física; 
2.Hidratar-se antes, durante e após a atividade física; 
3.Tomar isotônicos durante os intervalos de corridas intensas;
4.Ingerir carboidratos nas refeições, evitando o uso de proteína muscular como forma de energia. 


4) Preguiça típica do calor 

A causa dessa moleza do verão pode ser a redução da pressão arterial, provocada pelas altas temperaturas. "Para reduzir a preguiça, é conveniente fazer refeições mais leves, de fácil digestão, e manter uma garrafa de água sempre próxima", recomenda o fisiologista Diego Barros, do HCor. 

5) Insolação 

O excesso de sol pode causar sintomas como falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura. "Para evitar a insolação, é necessário evitar os raios entre 10 e 15 horas, passar sempre protetor solar, usar bonés e beber água sempre", indica Diego Barros. 

6) Queimaduras na pele 

Não adianta passar protetor solar uma vez só no dia e achar que ele vai durar durante toda a corrida. "É preciso repassar a cada duas horas, pois o suor atrapalha a durabilidade do protetor", afirma a dermatologista Gabriela Casabona, de São Paulo. 



Tenha cuidado também na escolha da camiseta, preferindo um modelo com proteção UV no tecido. "Nada de roupas que impeçam a troca de calor com o ambiente, como tecido de nylon e moletom. Use algodão ou dry-fit, já que ambos também ajudam a prevenir desidratação e hipertermia", aconselha o cardiologista Nabil Ghorayeb. 

7) Desconforto na vista 

O uso de óculos escuros é muito mais do que uma questão estética. "Óculos de qualidade, que absorvem e refletem os raios solares durante a prática de esportes, ajudam a prevenir doenças oculares, como a catarata", esclarece o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares. Segundo ele, a luz ultravioleta pode causar sensação de corpo estranho nos olhos, dor e irritação ocular. "O desconforto costuma aparecer de seis a dez horas após a exposição aos raios solares e pode chegar à perda da visão com o passar do tempo", afirma.  


Fonte: http://www.minhavida.com.br/