MISSÃO:

Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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domingo, 16 de junho de 2013

FISIOLOGIA AS AVESSAS DAS ESTÉTICAS!


 

Antes de iniciar sobre este vasto e polêmico (especialmente para os não que não entendem da fisiologia) tema...

Sobre o Metabolismo da Gordura:

Os lipídeos compõem-se de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, e são indispensáveis à diversas estruturas celulares e vias metabólicas, estando presentes em diversas formas no corpo humano, com destaque para: triglicérides, colesterol e ácidos graxos. 


Lipólise é um fenômeno fisiológico que, muito resumidamente, ocorre todas as vezes que o organismo precisa de energia para se manter quando estamos em jejum ou praticando alguma atividade física que demanda gasto energético por períodos prolongados como, por exemplo, em atividades aeróbias que duram, em geral, mais de 30 minutos, ou, e principalmente, no período de recuperação pós exercício intenso, como nos casos dos HIITs (EPOC). 
Nesse mecanismo, as células especializadas em armazenar gorduras para serem consumidas quando nosso corpo precisa, são acionadas por hormônios que ativam uma enzima chamada LHS (lípase hormônio sensível) que recebe esse nome por ser sensível a vários hormônios lipolíticos, tais como: adrenalina, noradrenalina, hormônio tireoidiano, cortisol, leptina, dentre outros e libera na circulação, ácidos graxos livres e glicerol que serão usados, por organelas chamadas MITOCÔNDRIAS, em todas as células do nosso corpo par produzir ATP, moeda enérgica que fornece energia para as funções celulares.


O homem primitivo, para sobreviver precisava caçar isso é “correr atrás do alimento e matá-lo para comer”. Ele só iria comer novamente se conseguisse repetir o processo. Durante a caçada o gasto energético era alto, portanto só sobreviveram aqueles que tinham bem desenvolvidos sistemas de armazenamento de energia. 
E, desta maneira, parece ter havido um processo de seleção natural, os indivíduos que não armazenavam energia suficiente, na forma de gordura, para os tempos difíceis, foram eliminados. E nós somos descendentes deste homem primitivo! 
O tempo passou... O Homem evoluiu... E hoje, qual nosso grau de dificuldade de conseguir alimento? Abrir a geladeira? Ir ao mercado da esquina? 
Os alimentos estão cada vez mais palatáveis, visualmente bonitos e calóricos, inclusive com combinações de ingredientes extremamente perigosos ou nocivos a saúde humana e, ainda, a obesidade é hoje uma pandemia! O mal do século! Nossa capacidade de armazenamento energético nos depósitos de gordura seria praticamente infinita se antes não morrêssemos das co-morbidades, isto é, das doenças associadas à obesidade como o diabetes, a hipertensão e a dislipidemia que causam doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral...
Um fenômeno perigoso! 


Sobre a Digestão e Absorção:

Mais de 90% de nossa ingestão de lipídeos é feita sob a forma de triglicérides (compostos de três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol). Depois de ingeridas, as gorduras chegam ao duodeno praticamente inalteradas. No duodeno libera-se a colicistocinina que induz a contração vesicular, resultando na excreção da bile, e promovendo a liberação do suco pancreático, rico em lipase, enzima que fraciona a gordura em partículas menores. 


Os produtos da digestão de triglicérides (ácidos graxos, monoglicerídeos, poucas quantidade de glicerol...) tendem a aglomerar-se e formar micelas, ocorrendo posteriormente sua absorção. 



Após a absorção, os produtos da digestão de lipídeos, são novamente convertidos em triglicérides e empacotados em partículas de lipoproteínas (quilomícrons e VLDL) que caem na circulação. Ao passar pelos capilares de determinados tecidos, especialmente no tecido adiposo, os triglicérides destas partículas são novamente dissociados em ácidos graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos são absorvidos pelos tecidos onde formarão novos depósitos de gordura, enquanto o glicerol é transportado para o fígado ou rins, onde será armazenado ou metabolizado. Em nosso corpo existem células especializadas em armazenar gorduras, são as células adiposas (adipócitos), que chegam a ser compostas de 95% de gordura, na forma de triglicérides. 



Resumidamente teríamos seis passos desde a ingestão até o acúmulo de gordura no tecido adiposo: 



1. Ingestão;



2. Fracionamento de triglicérides no intestino; 



3. Síntese de triglicérides na mucosa intestinal (quilomícrons) e fígado (VLDL); 



4. Fracionamento dos quilomícrons e VLDL pela lipoproteína lípase dos adipócitos (resultando em ácidos graxos e glicerol); 



5. Entrada de ácidos graxos nos adipócitos e ida do glicerol para o fígado e rins;



6. Síntese de triglicérides nos adipócitos.




Assim como os carboidratos, os lipídeos são oxidados em gás carbônico (CO2) e água (H2O). Porém seus átomos de carbono têm baixos estados de oxidação, levando a “queima” de gordura a liberar mais que o dobro de energia que a mesma quantidade de carboidrato ou proteína. Além disso, por serem compostos apolares, as gorduras são armazenadas em estados anídricos, ao contrário da glicose que requer mais que o dobro de seu peso seco em água. Por esses motivos, os lipídeos nos fornecem mais de seis vezes a quantidade de energia quando comparado ao mesmo peso úmido de glicogênio. 



O primeiro passo para o uso de triglicérides como energia é sua hidrólise em ácidos graxos e glicerol, mediada pela hormônio-sensitivo-lipase, em seguida, estes subprodutos são transportados para os tecidos ativos. 



O glicerol sofre transformações e é imediatamente aproveitado na glicólise sob a forma de 3-fosfogliceraldeído e degradado a piruvato que pode entrar no ciclo de Krebs.



A degradação dos ácidos graxos ocorre nas mitocôndrias. Em um processo denominado beta-oxidação as moléculas de ácidos graxos são transformadas em Acetil-CoA, que em seguida entra no ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico) onde são totalmente degradas. 



O processo acima pode ser resumido em quatro estágios



1. Hidrólise dos triglicérides contidos nos adipócitos em glicerol e ácidos graxos; 



2. Aproveitamento do glicerol na glicólise; 



3. Beta oxidação dos ácidos graxos, resultando em Acetil-CoA; 



4. Entrada da Acetil-CoA no ciclo de Krebs.




No "combate" a tudo isso, é comum vermos na mídia, geralmente em revistas ou sites do seguimento de Beleza e Estética, frases do tipo: "Faça sessões com determinado equipamento que as gorduras liberadas são absorvidas pelo sistema linfático e são eliminadas naturalmente…”

Ora... Sabendo que o sistema linfático é um sistema acessório do circulatório e que todo excesso de liquido e substâncias de peso molecular maior que estão ao redor das células são absorvidas e transportadas por esse sistema e posteriormente despejadas dentro do sangue venoso por um orifício localizado na junção das veias jugular e subclávia dos dois lados do corpo, próximos do coração. Esse sistema nada mais é do que um transportador desse líquido absorvido, que depois de entrar nos linfáticos recebe o nome de linfa. Nesse trajeto até o sangue venoso passa por estruturas chamadas linfonodos que filtram esse líquido. Até aí a gordura mobilizada nada sofreu! Nenhuma transformação mágica aconteceu! 
A gordura continua a ser gordura, com todo o potencial energético que ela tem! 
A menos que em algum processo de determinada "terapia" estética realize a TRANSMUTAÇÃO de uma substância em outra, ocorrendo assim uma Alquimia! E a  gordura é transformada em... O quê mesmo?  
Químicos (alquímicos) buscam esta Fórmula desde os primórdios da humanidade! Pelo que sabemos nunca foi documentado cientificamente! 
Lógico que transformações (e não transmutações) ocorrem na química, no nosso organismo não é diferente... mas elas acontecem dentro do organismo por processos fisiológicos e metabólicos que requerem determinadas condições com alguns elementos ou substâncias para acontecerem! 
Vamos nos lembrar que existe uma Lei Universal (Lei da Conservação da Energia) que diz... "a energia não pode ser criada nem destruída: a energia pode apenas transformar-se". 
Desta maneira, por exemplo, a Energia Química dos Nutrientes é convertida em Energia Cinética (movimentando músculos) e Energia Térmica (produzindo calor).

E isto é DEFINITIVO! 

ESTA LEI NÃO MUDA EM LUGAR NENHUM DO UNIVERSO! 
... E MUITO MENOS DENTRO DAS CLÍNICAS ESTÉTICAS!


Se por algum método a tal da gordura virou uma outra substância, a sua ENERGIA POTENCIAL AINDA CONTINUA LÁ, "ESCONDIDA" EM ALGUM ALUGAR, SOBRE OUTRA FORMA! A ENERGIA NÃO PODE SER DESTRUÍDA, APENAS TRANSFORMADA, e ela terá que ser transformada em outra energia, por exemplo em energia cinética (MOVIMENTO) para poder SAIR DO CORPO! 

MAS A ENERGIA CONTINUA A PERCORRER SEU CAMINHO! 
POR EXEMPLO NESTE PROCESSO, DO MOVIMENTO, PARTE DELA VIROU ENERGIA CINÉTICA (QUALQUER EXERCÍCIO QUE VOCÊ TENHA REALIZADO) E AINDA ENERGIA TÉRMICA QUE SE DISSIPA POR ONDAS DE CALOR PELO CORPO ATÉ SAIR DELE! 
AGORA SIM A ENERGIA QUE ESTAVA DENTRO DA CÉLULA DA GORDURA PASSOU DE DENTRO DO ORGANISMO PARA FORA DELE! 

Outra frase comum: “A gordura sai pela urina…”


Quantas vezes seu médico solicitou para você exames para dosar colesterol na urina? Triglicérides na urina?
Nunca? 

Já perguntou o porquê? 

E a resposta é obvia: porque não sai pela urina!
 

Óleo e água não se misturaram! Mesmo no sangue, para que os lipídeos circulem, eles precisam estar ligados a proteínas (são as lipoproteínas).

Se viemos de um processo evolutivo onde a prioridade era armazenar (o alimento era escasso e difícil de se conseguir) agora é fácil entender por que não jogamos energia fora. 
Se em exames existirem a presença, por exemplo, de glicose na urina, isto não é NORMAL! Possivelmente teremos um caso de diabetes... Se são encontradas proteínas na urina, provavelmente existe algum tipo de doença renal. PORTANTO... NÃO É NORMAL A GORDURA SER ELIMINADA PELA URINA! 

Mesmo que exista uma presença de glicerol na urina isto é um indicativo de alteração do metabolismo. O glicerol é um dos substratos da quebra dos triglicerídeos armazenas dos adipócitos, esse glicerol costuma ser reutilizado na produção de glicose para normalizar sua concentração no sangue e evitar a hipoglicemia durante o jejum.
Então... Se for encontrado algum tipo de gordura na urina... NÃO É NORMAL! ALGUMA ALTERAÇÃO METABÓLICA ESTÁ OCORRENDO! CORRA PARA O MÉDICO! 

É comum também a expressão… “A gordura é eliminada pelas fezes…”


Exceção feita quando ela ainda no sistema digestório e não chega a ser absorvida pelo intestino! Continua seu transito para a evacuação...

Agora... Uma vez já dentro do corpo, fora do sistema digestório, presente no sistema metabólico e/ou circulatório... a gordura não tem caminho de volta para o Intestino e ser eliminada por esta via.

Outro raciocínio simples: seria muito bom se tivéssemos um “caninho” que ligasse o sistema circulatório aos intestinos e todos os excessos de gorduras do nosso corpo pudessem ser assim eliminados! Não haveria obesidade, não acham? Ninguém com dislipidemia, certo? Creio também que não estaríamos vivos, já que o armazenamento de gordura, e que tem sim sua importância (em níveis desejáveis!) nessa concepção seria algo impossível.

Sobrou então a eliminação pelo suor! 

Leitores... até produzimos sebo pelas glândulas sebáceas, mas daí, eliminar gorduras mobilizadas nos tratamentos estéticos por essa via… ABSURDO! NÃO CAIAM MAIS NESTA! 

De alguma forma, e profissionais com má fé tem sua parcela de culpa, a fisiologia do metabolismo das gorduras foi deturpada, confundida, misturada e até estuprada! 
Intencionalmente ou não, uma explicação clara, na maior parte das vezes, não é fornecida aos clientes! 
Seja na Medicina Estética, Fisioterapia Dermatofuncional, Esteticistas ou outras áreas aplicadas à Estética, é comum vermos importantes formadores de opinião disseminando estes FALSOS conceitos. E como! INFELIZMENTE! 


Os equipamentos que usam diferentes formas de energia para indução de lipólise extracorpórea, tais como ultrassom, laser de baixa potência, eletrolipólise, radiofrequência, lipocavitação focalizada, dentre outros, mobilizam os triglicerídeos armazenados nos células de gordura quebrando essas moléculas e liberando na circulação ácidos graxos livres e glicerol. 
E a ajuda externa, promovida nestes tratamentos, pode ser um grande acessório para tratar justamente a gordura localizada mais resistente ao metabolismo. Porém, imediatamente após a sessão de tratamento, se faz necessário alguma atividade física intensa, seja aeróbia ou anaeróbia para "aproveitar" esta gordura mobilizada e disponível. Os lipídeos liberado e não consumidos (metabolizados) para produzir ATP, moeda energética utilizada na atividade física, pode ser reesterificado e novamente armazenado nas células adiposas. 
Outra informação importante é a associação de dieta equilibrada, com baixo consumo de gorduras e carboidratos.

Isso vale também para tratamentos que induzem apoptose do adipócito, mecanismo de morte celular programada que leva a célula a se fragmentar e esses fragmentos são degradados por macrófagos, células especializadas em remover detritos do nosso corpo. E parece ser exatamente este processo que ocorre pelo novo e revolucionário método, a CRIOLIPOLISE, que será descrita mais abaixo! 

Faz-se necessário uma urgente atualização por parte dos professores e formadores de opinião e uma verdadeira força tarefa para desvincular esse raciocínio simplista dos clientes que se submetem aos tratamentos estéticos. 
Portanto ao se escolher um bom método para combater a gordura localizada com técnicas estéticas, devemos assegurar que o material liberado da células de gordura vai ser oxidado nas mitocôndrias para não sofrer reesterificação e depósito posterior novamente.

E neste sentido, dizem os especialistas, que uma das técnicas mais revolucionárias que o mercado disponibiliza com efeitos rápidos é a Criolipólise.


Tratamento promete congelar a gordura localizada...
Já ouviu falar em criolipólise? O novo método dermatológico elimina gordura localizada, sem cirurgias!

Já imaginou perder aquela gordurinha localizada que não sai nem com academia nem com reza brava, sem dor e sem esforço? Pois é isso que promete a criolipólise, novo tratamento que utiliza o congelamento para nocautear as células de gordura.
A criolipólise foi a sensação do 68º Encontro da Academia Americana de Dermatologia, realizado em março de 2013 em Miami (EUA). Conhecida nos Estados como coolsculpting, o método está também no Brasil, onde já é aplicado largamente em algumas clínicas particulares.

O grande "benefício" da criolipólise, dizem os propagandistas, é o fato de ser um método que não requer cortes, agulhas ou anestesia. “Este é o diferencial do procedimento: não é invasivo e destrói a célula", apontam os dermatologistas. "Os procedimentos para gordura localizada que existiam até o momento apenas diminuiam a célula de gordura, sem destruir o adipócito."

Vou lembrar que se a célula está ali, desde que o Homem é Homem, é por que deve ter alguma função! E TEM! 
Destruir a célula parece ser Agressivo! Por exemplo, a Lipo também destrói a célula, só que arrancando-a do corpo! Muito mais invasivo e traumático.E muitos especialistas já discutem sobre este procedimento, com muitas contradições e opiniões...

Continuando... Outra vantagem, segundo os especialistas deste método, é que o tratamento conseguiria alcançar as gordurinhas mais difíceis de serem eliminadas (até mesmo com lipoaspiração). “Abdome, flancos (pneuzinhos), parte interna das coxas e gordura das costas podem ser tratadas”, afirmam. Além disso, não há o risco de aumento de gordura na circulação sanguínea, como acontece com alguns outros equipamentos, o que faria o procedimento mais seguro.
Alguns especialistas ainda olham com receio para o novo método, e apontam que ainda é preciso tempo – e mais informações – para julgá-lo eficiente ou não. “Não há evidências publicadas em revistas de prestígio nem em congressos médicos que deem suporte científico a esse método”, alerta Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade da Disciplina de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Mas Como funciona?

A criolipólise é feita através de um aparelho chamado Zeltiq, que literalmente “mata” as células de gordura de frio. Desta maneira o tratamento elimina a gordura localizada logo abaixo da pele. O aparelho, com uma ponteira que é acoplada à pele, faz uma sucção dos tecidos (da pele e abaixo dela) e induz a um resfriamento controlado da gordura (que está abaixo desta pele), como explica Solange Pistori Teixeira, dermatologista da Unifesp Universidade de São Paulo) e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Durante o tratamento, o equipamento ataca somente as células de gordura da região selecionada, sugando a pele e gordura que está por baixo e resfriando a região a -10º C durante uma hora. A pele é protegida por uma película de gel durante a sessão. Convém lembrar que esta sucção é apenas para o resfriamento da região! Não está sendo retirado nada do corpo neste momento! 

A explicação para o processo é simples: as células de gordura são extremamente sensíveis ao frio, por isso, o resfriamento intenso e controlado ajuda a combatê-las. "A baixa temperatura provoca a desagregação (dissolução) de gordura e danifica as células, que são eliminadas naturalmente pelo organismo ao longo de, em média, dois a três meses”, aponta Teixeira.

No início, o paciente sente como um puxão firme e um frio intenso, mas suportável, na região aplicada. Logo após, a sensação é de formigamento na região. Os especialistas garantem que essas sensações são suportáveis e passageiras, e que o paciente não sente dor durante, nem depois do tratamento.
Segundo os especialista, as células congeladas (com seu conteúdo, as gorduras) durante o procedimento são interpretadas pelo organismo como células, ou corpo estranhos, sendo atacadas pelo sistema de defesa do corpo e liberadas lentamente pelo sistema linfático e metabolizadas no fígado, sem comprometer seu funcionamento (???). Hummmm...

A recuperação da criolipólise é imediata (só fica uma vermelhidão no local tratado e um inchaço que pode durar até duas semanas) e os resultados podem ser percebidos em até dois meses após a primeira aplicação. “Em cada sessão perde-se cerca de 20% a 25% da gordura da região aplicada. O número de sessões varia de acordo com a espessura de gordura de cada uma e do resultado esperado pelo paciente. Mas a média de sessões são de duas a três por região”, diz a dermatologista Monica Felice. 

O preço de cada sessão, vale ressaltar, é bem salgado!
Os especialistas garantem que os resultados são permanentes – desde que o paciente tome cuidados para não voltar a engordar. 

Contraindicações...

Apesar de ser um tratamento que promete revolucionar a área estética, a criolipólise não é recomendada para pessoas com sobrepeso ou obesas. Os especialistas alertam que o procedimento só é indicado para retirar gorduras localizadas em pessoas que estejam com o peso ideal, sendo utilizada para definir as linhas do corpo – e não para emagrecer.

Além de pessoas obesas ou com sobrepeso, pessoas com diabetes, hérnia no local a ser tratado, urticária ao frio, crioglobulinemia (doença relacionada ao frio) e gestantes não podem realizar o tratamento. 
Pessoas com menos de 18 anos também não podem fazer a criolipólise.
Mas os especialistas apontam que as contraindicações são mínimas. “O mais importante é que pacientes com diabetes, problemas cardíacos ou com outras contraindicações para cirurgia podem fazer criolipólise”. Mas alguns cuidados devem ser tomados, como respeitar o intervalo entre as sessões – que deve ser de seis a oito semanas – se for necessária mais de uma intervenção, e também que o cálculo de peso ideal seja feito corretamente e levado em consideração.
Os efeitos colaterais também são mínimos, dizem: vermelhidão, inchaço, pontos arroxeados e dormência da pele são comuns após o tratamento e são transitórios. Mas o que preocupa os especialistas é outro aspecto.
“Esse tratamento, como tantos outros, oferece uma promessa de resultado milagroso que não dependeria dos esforços do indivíduo." O que na realidade não é tão verdadeiroa assim! 

Falsas Promessas...

E por falar em resultados milagrosos, algumas clínicas estão “vendendo” a criolipólise com a promessa de eliminar a gordura visceral - aquela que fica entre os órgãos internos e pode levar a alterações metabólicas como aumento de glicose, triglicérides, problemas circulatórios e cardíacos.
Segundo os médicos, isso é impossível: “Para gordura visceral, apenas dieta e exercício resolvem. Nem mesmo a lipo retira”, apontando que nenhum tratamento estético pode eliminar essa gordura - o que também seria muito perigoso, devido à sua proximidade com fígado, pâncreas, rins e até mesmo o coração. “A criolipólise não elimina a gordura visceral, só aquela mais externa, especialmente de regiões como abdome, flancos e a ‘gordurinha do sutiã’".

O que os médicos enfatizam é que, apesar do respaldo da FDA, o tratamento ainda é muito recente, e há poucas pesquisas que comprovem sua eficácia e segurança. Difícil vai ser segurar o entusiasmo das pessoas que querem perder a gordurinha localizada.

Outro alerta importante é que o aparelho Zeltiq (ver imagem - certificado pela FDA e pela Anvisa) já ganhou um “genérico”, que está em operação em algumas clínicas para fazer a criolipólise, com um preço mais baixo. 

Porém, esse outro aparelho não tem registro na Anvisa e existem relatos de queimaduras por frio e outras complicações. CUIDADO!
É preciso muito cuidado na hora de escolher a clínica para realizar o tratamento, verificando se o local, o corpo médico e o aparelho são certificados para fazer a criolipólise. 
A segurança ter que vir sempre em primeiro lugar.
Vamos ficar atentos a novos estudos! Cautela! 

Não há até o momento, evidências publicadas em revistas de prestígio nem em congressos médicos que deem suporte científico a esse método.

MAIS UMA VEZ... CAUTELA!


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terça-feira, 11 de junho de 2013

ESTRESSE

ESTRESSE 

 

ESTRESSE - Estresse (português brasileiro) ou stresse (português europeu) pode ser definido como:
(a) -  a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e;
(b) - o desgaste físico e mental causado por esse processo.

O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças de muitos tipos, especialmente as cardiovasculares.




Os agentes estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo necessário para o processo de adaptação, dividem-se em 4 tipos:

1) Acontecimentos Biográficos Críticos: são acontecimentos localizáveis no tempo e no espaço, que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social.
Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc;

2) Estressores Traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a capacidade adaptativa do indivíduo (estruturando um trauma);

3) Estressores Quotidianos: são acontecimentos desgastantes do dia-a-dia, que interferem no bem-estar do indivíduo e que veem essas experiências como ameaçadoras, dolorosas, frustrantes ou como perdas.
São exemplos: problemas com o peso ou a aparência, problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.);

4) Estressores Crônicos: são situações ou condições que se estendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse (exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e  situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).

Agentes Estressores:

a) desprezo amoroso;
b) dor e mágoa;
c) luz forte;
d) níveis altos de som;
e) eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crônicas, desemprego e amnésia;
f) responsabilidades: dívidas não pagas e falta de dinheiro;
g) trabalho/estudo: intimidação ("bullying"), provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos;
h) relacionamento pessoal: conflito e decepção;
i) estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia;
j) exposição de estresse permanente na infância (abuso sexual infantil).


SAG - (Síndrome da Adaptação Geral)

Essa teoria, chamada general adaption syndrome em inglês, é a teoria original de Seyle (1936), segundo a qual o organismo reage à percepção de um estressor com uma reação de adaptação (ou seja, o organismo se adapta à nova situação para enfrentá-la), que gera uma momentânea elevação da resistência do organismo.
Depois de toda tensão deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e excitação necessário para a manutenção da saúde.

Hummmm.... Conhecemos estes procedimentos de algum lugar não é mesmo?
Pois é! O funcionamento é igual para todo o tipo de Estresse, inclusive para os Esforços Físicos!

Retornando... Assim se o organismo continuar sendo exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial, o que, a longo prazo, pode gerar problemas de saúde. Na atividade física chamamos de overuse ou overtraining!

Esse processo atravessa três fases:

1) Reação de Alarme: a glândula hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico que age sobre as glândulas supra-renais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticóides, como o cortisol. Este por sua vez inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de aminoácidos no sangue, que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentando assim o nível de açúcar no sangue - a excessiva produção de açúcar poder levar a um choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do sistema imunológico.

2) Estágio de Resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de corticóides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.

3) Estágio de Esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas supra-renais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.


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segunda-feira, 10 de junho de 2013

ESCOLIOSE

A ESCOLIOSE – GUIA PRÁTICO

 

Definição: A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (caracteriza-se por uma proeminência ou maior volume da musculatura e pode ser correlacionada com a magnitude da deformidade espinhal).
A escoliose é uma deformidade vertebral que pode ter diversas origens. As escolioses de um, ou outro grupo etiológico, podem ter prognósticos muito diferentes, pela distinta progressividade e gravidade de suas curvas.
Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso opô-la à atitude escoliótica (que é "apenas" postural). E desta maneira identificamos esta assim:
1) Sem gibosidade e
2) Sem rotação vertebral...
A atitude escoliótica, é diferente da escoliose, e deve-se, em 8 entre 10 casos, a uma desigualdade de comprimento dos membros inferiores, e desaparece com o paciente na posição horizontal.

Existem três grandes causas para a escoliose:

1) A escoliose congênita (de nascença) decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido;

2) A escoliose neuromuscular é causada por problemas como fraqueza muscular ou do controle precário dos músculos, ou paralisia decorrente de doenças como paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida e pólio;

3) A escoliose idiopática não possui causa conhecida. A escoliose idiopática em adolescentes é o tipo mais comum.

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna. A maioria dos casos ocorre em meninas. O encurvamento geralmente se agrava durante os surtos de crescimento. A escoliose em crianças é menos comum e geralmente atinge igualmente tanto meninas quanto meninos.

Identificando...

A) Caracterizada pela alteração da coluna no plano frontal;

B) QUANTO À FORMA DA CURVA:

b.1) Curva simples – à direita ou à esquerda (escoliose em “C”);

b.2 Cuva dupla – escoliose em “S”


C) PODE SER AINDA:

c.1) ESTRUTURAL – A CURVATURA É IRREVERSÍVEL, apresentando rotação das vértebras para o lado da convexidade da curva;

c.1.1) A GIBOSIDADE
Proeminência costal do lado convexo da curvatura escoliótica, na verdade, é uma rotação das vértebras e do gradil costal, no sentido posterior para o lado da convexidade da curva;
Na região torácica, a gibosidade é reproduzida pela rotação vertebral, e das costelas posteriormente;
Na região lombar, pela posteriorização dos processos transversais das vértebras e por uma elevação dos músculos eretores da espinha.
Esta se acentua com o movimento de flexão anterior da coluna.

IMPORTANTE! A presença da gibosidade informa que a ESCOLIOSE É ESTRUTURAL.


c.2) NÃO-ESTRUTURAL - também chamada de FUNCIONAL OU POSTURAL, por não apresentar alterações estruturais ou rotacionais das vértebras:

c.2.1) A curva desaparece quando o tronco é fletido à frente;

c.2.2) Normalmente aparece nos adolescentes, proveniente de má postura;

c.2.3) Outras causas podem ser diferença de comprimentos de membros inferiores, disfunções da pelve

c.2.4) A CURVATURA É REVERSÍVEL.

D) CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A LOCALIZAÇÃO DAS CURVATURAS ESCOLIÓTICAS:

d.1) Cervicotorácicas;
d.2) Torácicas;
d.3) Toracolombares;
d.4) Lombares;
d.5) Lombossacrais.


E) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS:

1) A ESCOLIOSE ESTRUTURAL NÃO PODE SER CORRIGIDA POR TERAPIA DE REEDUCAÇÃO POSTURAL.

2) Toda inclinação lateral da coluna promove um mecanismo rotacional das vértebras, posteriormente.

3) A gravidade da escoliose é determinada pelo ângulo da curvatura (Ângulo de Cobb*) e rotação das vértebras:
3.a) Escoliose leve – menos de 30 graus
3.b) Escoliose moderada – entre 30 e 50 graus
3.c) Escoliose grave – acima de 50 graus. Normalmente, está associada a alterações no coração e pulmões. Nestes casos, geralmente a cirurgia corretiva é indicada.


4) Sobre as Curvaturas:
4.a) Curvatura principal – a mais importante da escoliose. É também a maior curvatura, geralmente, na região torácica.
4.b) Curvatura compensatória – é aquela que se desenvolve acima ou abaixo da curvatura principal. Ela tende a manter o alinhamento corporal normal e pode ser estrutural ou não. Geralmente, apresenta menor angulação que a curvatura principal.
4.c) A VÉRTEBRA APICAL – é a mais deslocada do eixo vertical da coluna; esta informa o ápice da curvatura escoliótica, indicando também através do Ângulo de Cobb qual curvatura é a principal.
4.d) Vértebra de transição – é a vértebra “neutra”, situada em cada extremidade da curvatura, que faz a transição de uma curvatura para outra.

F) EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO NA MUSCULAÇÃO -

É raríssimo encontramos indivíduos sem nenhum grau de escoliose, especialmente em naqueles vindo de longo período de sedentarismo. Dessa forma, estes geralmente apresentam uma ESCOLIOSE NÃO-ESTRUTURAL que como visto são corrigíveis desde que feito um trabalho adequado desde o primeiro dia na musculação. Mais uma vez, reforço a importância de um processo de avaliação funcional bem feita que forneça todos os dados necessários ao professor e que este SAIBA como trabalhar com esses dados.
Indivíduos com menos de 20 graus de escoliose tanto ESTRUTURAL (e esta deve ser corrigida com o treinamento) quanto a NÃO-ESTRUTURAL, quando muito bem acompanhados e orientados, dificilmente terão algum problema na sua prática da musculação.
Já os indivíduos entre 20 e 50 graus de Escoliose (geralmente é Estrutural) deveriam (e esta é uma análise generalizada minha!) passar também por um treinamento de reeducação postural de modo a estabilizar melhor a coluna antes de começarem a musculação. E ainda como recomendações gerais, observar com muito cuidado e em que momento a real necessidade da progressão das cargas verticais sobre a coluna.

G) TRATAMENTO COM COLETES - Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.

Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar cada um deles adequadamente. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A órtese exata será decidida pelo paciente e o médico.
Um colete para as costas não reverte a curva. Em vez disso, usa a pressão para alinhar a coluna vertebral. O colete pode ser ajustado com o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.
A decisão do momento apropriado para se operar é variável. Após os ossos do esqueleto cessarem o crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por conta disso, talvez o cirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente. Curvas de 40° ou mais geralmente precisam ser operadas.


H) CIRURGIA - A cirurgia consiste em corrigir a curva (embora não completamente) e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos até que o osso seja recuperado. Às vezes, a cirurgia é feita através de um corte nas costas, no abdômen ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.

Muitas vezes, as limitações impostas pelos tratamentos afetam o lado emocional e podem ameaçar a autoimagem, principalmente para adolescentes. Apoio emocional é importante.

Fisioterapeutas e ortopedistas (especialistas em aparelhos ortopédicos) podem ajudar a explicar os tratamentos e a assegurar que o colete se encaixe confortavelmente.

* SOBRE O ÂNGULO DE COBB -

Quem foi Cobb afinal ?

O Dr. John Robert Cobb (1903-1967) foi um ortopedista Norte Americano, que se especializou no tratamento da escoliose. Seu nome entrou para a história da medicina graças ao método criado por ele para quantificar a curvatura da coluna vertebral. O ângulo de Cobb, como ficou conhecido, foi descrito pela primeira vez em um artigo publicado em 1948 [1]. Neste paper foi descrito o método utilizado por ele para medir o chamado "ângulo da curva" em Raios-X. Dr Cobb acreditava que esta era a melhor forma de medir as curvas de escoliose e creio que muitos concordaram com ele pois ainda hoje é um método amplamente utilizado.

Qual o significado do ângulo de Cobb?

O ângulo de Cobb é uma medida mundialmente utilizada para quantificar a angulação frontal da escoliose em uma radiografia de incidência A-P. A tomada de decisão em relação ao tratamento baseia-se no grau e na progressão da curvatura da escoliose, sendo que a gravidade da escoliose é diretamente proporcional à angulação da curva.

Sua classificação é feita da seguinte maneira:

- As escolioses menores de 10º são consideradas normais e não requerem tratamento médico;
- Escoliose leve: menos de 20º;
- Escoliose moderada: de 20 a 40º;
- Escoliose grave: de 40 a 50º ou mais.

É importante ter em mente que o ângulo de Cobb possui significativas limitações, tais como o fato de não avaliar adequadamente a rotação vertebral pois mede a curva em apenas um plano (duas dimensões). Nesse sentido, podemos considerar que este método tem um ponto falho em avaliar uma deformidade que na realidade é tridimensional.
Uma outra fonte de erro seria a escolha de vértebras diferentes como referência para a mensuração do ângulo. Ex: Um profissional pode considerar a vértebra T11 como referencial inferior enquanto outro pode considerar T10. Na verdade, esta diferença pode resultar em uma pequena discrepância no resultado numérico provavelmente sem maiores repercussões, pois ninguém indicará (assim é o esperado!) colete ou cirurgia se o paciente não tiver pelo menos uma curvatura considerável.
A mensuração da curvatura pode também variar discretamente entre uma radiografia e outra devido a fatores como: Se o paciente estava mais ou menos ereto durante a radiografia. Neste ponto fatores como fadiga muscular podem representar fatores de erro.
No entanto, considerando estes "desvios" (para não fugir do tema! hehehe!), nenhum outro método é capaz de substituir completamente o método de Cobb, considerando a relação entre praticidade e a confiabilidade dos resultados ainda é o principal método de escolha para avaliação da escoliose.


EXCELENTES TREINOS! ATÉ O PRÓXIMO!

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