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Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CÉREBRO...MAIS NEURÔNIOS!

            
CÉREBRO...

É ele que diferencia os humanos de todas as outras espécies, permitindo-nos realizar maravilhas como andar na Lua e criar obras-primas em literatura, pintura e música. Sim, o cérebro humano – uma massa esponjosa de 1,4 kg – já foi comparado a uma central telefônica e a um supercomputador.
Mas o cérebro é muito mais complicado que quaisquer desses equipamentos, um fato que os cientistas confirmam quase diariamente com cada nova descoberta. A extensão das capacidades do cérebro é desconhecida, mas ele é a estrutura viva mais complexa conhecida no universo.
Ficou curioso? Então, vamos explorar abaixo alguns fatos inusitados que você talvez ainda não saiba sobre seu cérebro.

Seu cérebro não tem descanso -
Acredite ou não, apesar do descanso ser muito importante para um funcionamento cognitivo normal, seu cérebro não desacelera quando você dorme. Ao contrário, ele até fica bem ativo. A ciência do sono ainda está sendo explorada, mas uma teoria popular é que o cérebro faz seu trabalho mais importante durante o sono – direcionando e organizando todas as informações importantes do dia na memória. Nosso cérebro é tão ativo à noite que ele secreta hormônios que imobilizam nossos corpos durante o sono para não nos machucarmos ao tentar agir sobre as ideias que passam pela nossa cabeça enquanto dormimos.

Seu cérebro é um pequeno gerador -
Nossos cérebros são cheios de neurônios – estima-se que esse número é próximo de 100 bilhões. Sempre que realizamos um pensamento, sinais elétricos são transmitidos entre esses neurônios formando caminhos nervosos. Enquanto estivermos vivos, esse processo nunca para. Cada neurônio em nosso corpo gera uma pequena quantidade de eletricidade. Multiplique essa energia por 100 bilhões e você terá eletricidade suficiente para acender uma lâmpada pequena. Então, da próxima vez que vir uma lâmpada sendo usada como metáfora para uma nova ideia, você saberá o porquê.

Seu cérebro tem um alto consumo -
Apesar de seu cérebro representar uma pequena parte do seu corpo, ele pode consumir até 20% das calorias que você queima num dia. Esse gasto calórico é usado primordialmente para a manutenção da saúde celular e para alimentar os impulsos elétricos que os neurônios utilizam para se comunicar. Pode ser por isso que um longo dia no escritório às vezes nos fazer sentir como se tivéssemos corrido uma maratona.

Bocejar refrigera o cérebro -
Normalmente nós associamos o bocejo com tédio ou cansaço. Cientistas chegaram a pensar que o bocejo era uma estratégia evolutiva de oxigenar nosso sangue. Quando você boceja, ele expande sua faringe e laringe, permitindo que grandes quantidades de ar passem para seu pulmão. Uma pesquisa da Universidade de Albany agora sugere que as pessoas bocejam para refrigerar seus cérebros. A teoria é que a privação do sono superaquece o cérebro e o bocejo é, na verdade, uma forma de dissipar esse calor.

Seu cérebro é na sua maior parte líquido -
Seu tecido cerebral é mole e gelatinoso. Além de ser composto por 80% de água, ele é constantemente irrigado pelo sistema circulatório. Estima-se que por volta de 1 litro de sangue passa pelo cérebro a cada minuto. O cérebro é também o órgão mais gorduroso que temos em nosso corpo.

Seu cérebro não sente dor -
Apesar de tudo que você sente ser processado no seu cérebro, ele em si não sente dor. Isso se dá porque ele não tem nenhum receptor de dor. Dores de cabeça são sentidas por receptores de dor na sua cabeça, por isso o nome é dor de cabeça e não dor de cérebro. Esse fato também ajuda os neurocirurgiões a realizarem cirurgias cerebrais complicadas com o paciente acordado.

Seu cérebro está em constante mudança -
Apesar de que as dobras do cérebro permanecem iguais ao longo da nossa vida, o nosso cérebro sofre constantes mudanças em outras áreas. O fato é que o aprendizado de novas informações cria novos caminhos neurais e desenvolve nossa reserva cognitiva (uma das melhores defesas contra o declínio cognitivo). De maneira similar aos nossos músculos, quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso.     
            Divisão de Tarefas (Especialização Funcional)

O cérebro pode ser visto como um conjunto de sistemas, ou seja, de estruturas que compartilham uma mesma função.



Um sistema cuida, por exemplo, de processar imagens visuais, colando o que faz sentido como uma pessoa ou um objeto e separando-o do resto, então associando a imagem a uma identidade e um local no espaço; outro cuida de processar sons e associá-los a significados e símbolos visuais (como conjuntos de letras do alfabeto); outro cuida de representar seus objetivos, suas metas, e de traçar estratégias para alcançá-los; outro, ainda, trata de filtrar somente aquelas informações relevantes ao objetivo do momento, dando-lhes mais destaque do que as demais, que são praticamente apagadas em comparação.



Dado que o aprendizado depende de uso, o resultado dessa especialização funcional do cérebro, ou divisão de tarefas, é que só melhoram aqueles sistemas que são efetivamente usados com sucesso.



Se você passa todas as horas do dia lendo, ficará muito bom em atividades que envolvam a linguagem, o processamento semântico, vocabulário e geração de palavras – mas não desenvolverá suas habilidades motoras, musicais, ou de resolução de problemas, por exemplo.



Se sua vida é jogar xadrez, você se tornará muito bom em resolver problemas lógicos que envolvam análise espacial e a visualização mental de várias etapas – como no xadrez. 


É claro que as várias funções cognitivas ajudam umas às outras, mas isso tem limites.

Exercitar a memória é ótimo, mas não treina diretamente o raciocínio necessário para resolver problemas.

Ter um enorme vocabulário é muito bom para a leitura, mas não ajuda a melhorar a capacidade de concentração.

Para ter boa atenção, memória, visão espacial e raciocínio, é preciso portanto exercitar sua atenção, memória, visão espacial e raciocínio lógico. Variedade é fundamental.

E como na vida cotidiana usamos misturas de todas essas funções a cada momento, tê-las todas bem azeitadas é ótimo!



Durante décadas foi senso comum acreditar que os neurônios, as principais células que compõem o cérebro, eram apenas produzidos durante a gestação e no começo da infância, e só. De acordo com este dogma, havia pouca esperança de se repor os neurônios perdidos pelo envelhecimento, por acidentes ou por doenças.
Há quase 20 anos foi descoberto que o cérebro adulto continua a produzir novos neurônios ao longo da vida – fenômeno chamado de neurogênese. Já havia relatos de neurogênese especialmente em aves, mas a demonstração de que isso ocorria em humanos revolucionou as neurociências, provocando uma mudança de paradigma. Atualmente, há indícios de que os neurônios continuam a se formar mesmo em idosos afetados por doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer.
Diversos estudos têm sido publicados ultimamente, cobrindo desde o papel que os neurônios recém-nascidos podem ter na formação da memória, até as diversas atividades que podem alterar sua produção. Então, com base nessas últimas evidências, como podemos aumentar a produção de neurônios e como isso pode melhorar a saúde?
A produção de neurônios não ocorre de forma constante, sendo influenciada por uma série de fatores ambientais distintos. Por exemplo, o consumo de álcool tem mostrado que retarda a produção de novas células nervosas. Por outro lado, ela pode ser estimulada através de exercícios físicos. Foi demonstrado que camundongos que faziam exercícios produziam o dobro de neurônios do que os sedentários.
Mesmo utilizando de artifícios para produzir mais neurônios, não significa que os mesmos estarão disponíveis. A maioria deles morre em poucas semanas, como geralmente ocorre com outras células do nosso corpo. Porém, pesquisas com camundongos têm demonstrado que se os animais forem desafiados cognitivamente, essas células nervosas vão sobreviver. É como se o cérebro fabricasse novos neurônios para a eventualidade de precisar deles.
O interessante é que as pesquisas indicam que quanto mais difícil for a tarefa a ser realizada, maior a quantidade de neurônios que sobreviverão. Também indicam que é o processo de aprendizagem, e não apenas o desafio, que garantem essa sobrevivência. Então, se não houver o aprendizado, o desafio será em vão. Além disso, quanto mais tempo demorar para o aprendizado ocorrer, mais neurônios serão retidos, o que aparentemente significou um maior esforço.
A maioria das pesquisas é desenvolvida com animais de laboratório. Então, o que aconteceria com um ser humano se ele parasse de produzir novos neurônios no hipocampo? A medicina moderna, infelizmente, nos oferece uma população de “cobaias” prontas: pessoas que estão fazendo tratamento de quimioterapia. A quimioterapia afeta o processo de divisão celular necessário para a geração de novas células. Portanto, não deve ser coincidência que pacientes sob tratamento quimioterápico geralmente reclamam de dificuldade de aprendizagem e memória, uma síndrome também conhecida como “quimiocérebro”.

Podemos resumir essas principais descobertas em alguns conceitos simples:
•    Milhares de novos neurônios são produzidos no cérebro adulto todo dia, particularmente numa região chamada de hipocampo que afeta os processos de aprendizado e memória.
•    Em poucas semanas, a maior parte desses novos neurônios morrerá, a não ser que o cérebro seja desafiado a aprender algo novo. O aprendizado efetivo, especialmente o que requer um grande esforço, pode manter esses novos neurônios vivos.
•    Apesar dos novos neurônios não serem essenciais para boa parte da aprendizagem, a sua falta pode afetar o processo de aprendizagem e a memória. Portanto, estimular a neurogênese, pode auxiliar na redução do declínio cognitivo e manter o cérebro em forma.

Então, comece já a se engajar em atividades que estimulam a produção de neurônios, como exercícios físicos, e em atividades que desafiem seu cérebro e resultem em aprendizado, garantindo a sobrevivência desses neurônios, como o estudo formal ou os exercícios de raciocínio e lógica. Desta forma, você aumenta as suas reservas cerebrais funcionais (ler abaixo) e fica mais resistente ao declínio cognitivo e a doenças neurodegenerativas. Como os neurônios continuam a se multiplicar até o final da vida, nunca é tarde demais para começar a formar essa reserva. E, também nunca é cedo demais para começar, pois terá mais tempo de formar uma reserva maior.


Reservas Funcionais


Diz a lenda que só usamos 10% do cérebro. Isto não é verdade: usamos o cérebro todo, o tempo todo – de maneiras diferentes.

Considerar que só 10% são usados poderia levar a pensar que os outros 90% servem de reserva em caso de necessidade (por exemplo, após lesões cerebrais) - o que naturalmente não pode ser verdade, já que cada parte do cérebro tem sua função.

Acredita-se, contudo, que existe uma outra forma de reserva funcional no cérebro: na forma de conexões sinápticas ricas entre os vários sistemas e suas partes, que representam caminhos alternativos para o processamento de informação, sobretudo em casos de necessidade.

Como conexões sinápticas são mantidas e modeladas dependendo do seu uso, a consequência é que um cérebro usado bastante, e de maneiras bastante variadas, terá uma maior riqueza de boas conexões disponíveis para uso alternativo.

Esses cérebros, portanto, devem ser mais resistentes aos danos decorrentes do envelhecimento, ou de doenças.

De fato, o maior fator de proteção contra a demência senil e a demência neurodegenerativa é simplesmente a educação formal: quanto mais tempo se passa na escola, menor se torna a probabilidade de um dia ter sinais da doença de Alzheimer, por exemplo.

Um dos ganhos com a educação formal, que pode ser considerada um longo período de aprendizado intenso e sistematizado, é provavelmente a formação de uma extensa rede de conexões, muitas das quais talvez redundantes, que formam uma reserva mental, podendo ser recrutadas alternativamente em caso de necessidade.

Isso explicaria, por exemplo, por que algumas pessoas permanecem em forma e pensando com clareza ao longo de toda sua vida enquanto outras pessoas não.

Essas reservas mentais, contudo, precisam, podem, e devem ser mantidas ao longo da vida, já que as sinapses têm o poder de serem desfeitas, refeitas e fortalecidas o tempo todo de acordo com o uso ou a falta dele.

Por isso, nunca é tarde para investir em formar reservas cerebrais; e se você teve um bom começo na vida, investir na manutenção das suas reservas, e até aumentá-las, é uma boa ideia.

The Bronx Aging Study, publicado no New England Journal of Medicine e

liderado pelo Dr. Joe Verghese, um neurologista, acompanhou quase 500

pessoas por mais de20 anos, observando o que elas realmente fazem em seu

cotidiano e qual é a relação entre tais escolhas e a saúde do cérebro. A

pesquisa mostrou que as pessoas que participavam pelo menos quatro vezes

por semana de atividades mentais estimulantes, como jogos interativos e

dança, tinham uma probabilidade de 65 a 75% maior de permanecerem em

boa forma do que aqueles que não realizavam essas atividades. O Dr. David

Bennett, no Rush University Medical Center, chegou recentemente a uma

conclusão parecida, depois de seguir mais de 2000 pessoas durante vários

anos. Ao longo do tempo do estudo, 134 pessoas do grupo morreram.

Nenhuma delas tinha sido diagnosticada com Alzheimer ou teve sequer um

leve declínio cognitivo. Mas 36% apresentavam no cérebro os emaranhados de

fibras e as placas características de Alzheimer – apenas não tinham sintomas

Essas pessoas aparentemente tinham acumulado reservas cerebrais

suficientes para não mostrar sinais clínicos da doença, o que significa que

mantinham boas habilidades de pensar apesar do Alzheimer já instalado.


Plasticidade Cerebral


O fato de você ter uma personalidade bem definida e agir como “você” o tempo pode levá-lo a pensar que seu cérebro muda muito pouco ao longo da vida. Na verdade, muita coisa muda no cérebro ao longo da vida - e como resultado da sua própria atividade.



Essa capacidade de reorganização do cérebro conforme o uso é chamada de plasticidade cerebral. É justamente isso que lhe proporciona guardar registros da história de vida que define “você”, por exemplo, ou aprender a ler ou dirigir, ou modificar a representação da sua mão esquerda no cérebro quando você se torna um exímio violinista.



Em casos mais drásticos, é também a plasticidade cerebral que torna possível a reorganização funcional por trás de reaprender a andar, a falar ou a usar a mão após derrames ou infartos cerebrais, quando parte dos neurônios morrem, e até mesmo levar uma vida bastante normal quando todo um lado do cérebro é removido na infância devido a doenças congênitas.



Como o cérebro custa caro em termos de energia e nutrientes, faz sentido que seus recursos sejam desviados para aquelas funções que são usadas de maneira bem-sucedida. Como resultado, quanto menos se usa uma função cerebral, pior ela fica – ao mesmo tempo que quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante: para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso. 


Vivemos na “Era do Conhecimento” onde sociedade, empresas e profissionais enfrentam novos desafios, incertezas, turbulências, ambientes em constantes mudanças e intensa competição.
Nessa Era, o ativo mais crítico para o desempenho de uma empresa são suas pessoas, e, consequentemente, seus cérebros. Torna-se crucial para uma empresa manter seus profissionais com elevada capacidade de mudar e aprender, maximizando a utilização da capacidade intelectual, de compreensão e interpretação de informações, raciocínio lógico, criatividade, inovação, atenção concentrada, resistência ao estresse e elevada capacidade de memorização.

A neurociência traz descobertas muito estimulantes sobre a capacidade do cérebro de se adaptar e aprender, em qualquer idade, desde que adequadamente estimulado através de treinamento constante: quanto mais o cérebro é usado, melhor ele fica.

Pesquisas indicam que o cérebro inicia um processo de declínio cognitivo já a partir dos 25 anos de idade. É possível, contudo, manter o cérebro afiado, adiar o declínio das suas funções e habilidades, e minimizar esse declínio, com atitudes ao alcance de todos: engajar-se em atividades regulares de exercícios físicos e mentais, como estimulação para o cérebro.

Fonte: Salthouse, T. A., 2009, When does age-related cognitive decline begin?

Aprendizado

Seu cérebro não é um computador: além de ficar melhor quanto mais é usado (ao contrário do computador, que vai quebrando aos poucos), ele não tem como adquirir programas prontos para serem usados.Ao contrário, precisa construí-los aos poucos, a partir dos pedaços mais básicos.

Essa construção de programas é o processo de aprendizado: a modificação efetiva do cérebro conforme o uso que resulta em um desempenho cada vez mais adequado do comportamento desejado, ou seja, um desempenho melhor.

A base do aprendizado é considerada a modificação das sinapses, ou seja, das conexões entre neurônios no cérebro.

Conforme algumas ficam mais fortes e outras mais fracas, a modificação sináptica efetivamente remodela os circuitos entre neurônios e, com isso, o comportamento.

Por exemplo, os neurônios que representam a ideia “Paris” passam a ter sua atividade associada à atividade de outros neurônios, que representam a imagem da torre Eiffel e a ideia “França”, e dissociada da atividade dos que representam, digamos, “Alemanha”.

Essa modificação sináptica com o uso acontece a vida toda, ainda que ocorra mais facilmente (ou seja, com menor necessidade de insistência e repetição) quando somos jovens. E mais: é um processo rápido, que já pode ser observado assim que um novo comportamento é aprendido.

Como é incremental, associando informações, o aprendizado de programas complexos – dirigir, escrever, tocar piano, jogar basquete – precisa acontecer aos poucos, em degraus de complexidade crescente. E mais: como é um processo direcionado pelo uso bem-sucedido, o aprendizado depende de prática e motivação.

Quanto mais se pratica, mais chance o cérebro tem de reforçar as modificações sinápticas que constituem o que está sendo aprendido.

Quanto mais motivação se tem, mais se pratica, mais importância se dá ao aprendizado, e portanto mais facilmente acontecem as modificações sinápticas do aprendizado.

Por que é importante manter o cérebro ativo?

- Aprender é modificar o cérebro com experiência. Quanto mais você se esforça, mais aprende, e melhor você fica naquilo que pratica.


- Por isso, o melhor remédio para a memória, a atenção e o raciocínio é... usar a memória, a atenção e o raciocínio!


- Manter o cérebro ativo também é fundamental para evitar as perdas que vêm com a idade.


- Motivação é fundamental. Vendo seu desempenho melhorar, você ganha autoconfiança e vontade de continuar aprendendo e mantendo seu cérebro sempre ativo.


- O cérebro custa caro em energia e nutrientes; todas as capacidades que não são usadas vão aos poucos enfraquecendo para ceder recursos às funções que são de fato úteis.


- Por isso é importante manter o cérebro ativo com atividades variadas. Mas isso não basta; um estilo de vida saudável também é fundamental.

Investir na melhoria e manutenção das suas capacidades de atenção, memória, linguagem, visão espacial e raciocínio lógico, é um ótimo negócio – como o programa de exercícios cognitivos propostos pelo Cérebro Melhor lhe oferece. Mas isso não basta para ficar de bem com seu cérebro, ou para atingir o bem-estar e fazer dele um estado cada vez mais frequente em sua vida.

Pesquisas indicam que o cérebro inicia um processo de declínio cognitivo já a partir dos 25 anos de idade. É possível, contudo, manter o cérebro afiado, adiar o declínio das suas funções e habilidades, e minimizar esse declínio, com atitudes ao alcance de todos: engajar-se em atividades regulares de exercícios físicos e mentais, como estimulação para o cérebro. 



Assim como saúde não é simplesmente a ausência de doença, o bem-estar não é simplesmente a ausência de mal-estar. Mais do que isso, o bem-estar envolve ficar de bem com o próprio cérebro: encontrar paz, saúde e felicidade com o cérebro que temos, e sobretudo mantê-las. 



Bem-estar é algo que se conquista e se mantém ativamente – e a neurociência hoje oferece informações preciosas sobre vários dos fatores mais importantes para tal: saúde mental e física, com a sensação de pleno domínio das suas capacidades, muita atividade física, e contando com ajuda de medicamentos quando necessário; motivação, auto-satisfação e auto-confiança; felicidade, mas tristeza também, nas horas certas; sono bom e abundante; sintonia com as próprias emoções; atitudes positivas e sensação de controle sobre a própria vida, inclusive com o poder de buscar alguns estresses voluntariamente, evitar os indesejados e dosar a ansiedade; poder de se expressar, de manifestar em palavras e comportamento seus desejos e opiniões; interação social; muito carinho e apoio moral; e a sensação de ter um propósito na vida. 



Embora por muito tempo o foco de boa parte dos estudos em neurociência tenha sido sobre doenças e causas variadas de infelicidade e mal-estar, uma bem-vinda extensão do enfoque nos últimos anos fez com que a neurociência passasse a se interessar também pelo normal: como o cérebro se mantém saudável, o que nos causa prazer e felicidade, o que é o bem-estar e como alcançá-lo. Eis algumas lições aprendidas até o momento, que podem ser usadas por você também:



Diversos estudos indicam que o exercício físico é importante e contribui para uma vida saudável. Como já foi comentado em artigos anteriores, o exercício físico também é essencial para a saúde cognitiva, auxiliando não só o corpo, mas também o cérebro a se manter em forma.
Atualmente, pesquisadores estão descobrindo que apenas informar a população sobre os benefícios da atividade física não é o bastante. Uma abordagem puramente informativa não é motivadora o suficiente para fazer as pessoas mudarem seus estilos de vida e se tornarem mais ativas.
De acordo com um estudo recente publicado no American Journal of Public Health, a forma mais eficaz de fazer com que adultos mudem seus hábitos e aumentem a atividade física foi através de estratégias comportamentais. Essas estratégias se baseiam em feedback, estabelecimento de metas, auto-monitoramento, sugestão de exercícios e dicas. 
E não devemos esquecer também, as atividades com o nosso cérebro!
Podemos adotar algumas estratégias para manter os hábitos de exercícios para o cérebro no cotidiano:
  • Memorizar os números de telefone ao invés de anotá-los;
  • Tentar fazer suas compras no supermercado sem uma lista;
  • Fazer perguntas aleatórias a si mesmo como “O que eu estava vestindo no último sábado?” ou “O que eu almocei na terça-feira?”.
O importante é descobrir quais estratégias funcionam para você e se dedicar ao treino mental.

O cérebro humano é uma massa gelatinosa que representa aproximadamente 2% do peso corporal e é composto em 80% por água. Além disso, consome até 20% da nossa energia para manter cada um dos seus 100 bilhões de neurônios, que juntos geram eletricidade suficiente para acender uma lâmpada pequena.
O cérebro é realmente um órgão fantástico! É considerado também o mais importante do corpo, pois é o único que não é (e talvez nunca será) transplantável. Por esse e outros motivos é que devemos cuidar muito bem dele. Para lhe auxiliar nessa tarefa, preparamos abaixo uma lista de resoluções que todos devemos colocar em prática. Aproveite para compartilhá-la com seus amigos e familiares!

Dormir bem (e ainda tirar um cochilo de vez em quando) -
Acredite ou não, apesar do descanso ser muito importante para um funcionamento cognitivo normal, seu cérebro não desacelera quando você dorme. Ao contrário, ele até fica bem ativo. A ciência do sono ainda está sendo explorada, mas uma teoria popular é que o cérebro faz seu trabalho mais importante durante o sono – direcionando e organizando todas as informações importantes do dia na memória.
Além do sono noturno, pesquisas sugerem que tirar um cochilo à tarde não apenas refresca a mente, mas pode tornar você mais inteligente também. 

Controlar o stress -
Desestressar é uma maneira cientificamente aceita de se melhorar a memória e outras habilidades cognitivas. Entretanto, aparelhos digitais nos fornecem acesso instantâneo a informações e podem aumentar o estresse. Recomendamos a leitura do artigo ”Seu cérebro na era digital”, e crie oportunidades para tirar umas férias dos aparelhos digitais de vez em quando.
A meditação também tem sido considerada uma ótima forma de limpar a mente e reduzir stress, conforme podemos ler em “Meditação - pode ser mais fácil do que você pensa”. Um estudo descobriu que mesmo vinte minutos diários de meditação, quatro dias por semana, pode gerar um aumento notável em suas habilidades de tomada de decisão, atenção e memória.

Comer de forma saudável -
Uma dieta rica em antioxidantes, folhas verdes, castanhas e peixe, também conhecida como mediterrânea, beneficia o corpo em uma grande variedade de formas diferentes. Então, não seria de se surpreender que pesquisadores médicos estejam falando dos efeitos positivos dessa dieta também para o cérebro humano, como está divulgado no artigo “Dieta mediterrânea pode proteger contra Alzheimer”.
Peixes como a cavala e o salmão são especialmente bons para o cérebro porque são ricos em ômega-3, uma gordura saudável que é também comentada em “Por que o ômega-3 ajuda seu cérebro?”. Portanto, uma dieta bem equilibrada, rica em ômega-3 e antioxidantes é uma das melhores coisas que você pode fazer pela saúde do seu cérebro.

Ampliar a convivência social -
A saúde mental parece depender em grande parte de estarmos conectados a outras pessoas. Uma pesquisa comentada no artigo “Socialização melhora o funcionamento do cérebro” demonstrou que a socialização e exercícios mentais têm efeitos muito similares em termos de melhorar as funções cerebrais. Então, programe-se para rever mais amigos e sair mais de casa no próximo ano.

Praticar exercícios físicos -
Resultados de estudos publicados sugerem que pessoas com boa forma física também possuem cérebros em boa forma. E pesquisadores descobriram que realmente exercitar o corpo promove a saúde cerebral, como foi divulgada no artigo “Corpo em forma = cérebro em forma?”, tanto para crianças quanto para adultos.
Exercício aeróbico, durante trinta a sessenta minutos por dia, três dias por semana, está provado causar um impacto positivo nas funções cerebrais. Você pode ler no artigo “Turbine seu cérebro com exercícios físicos”, o exercício não precisa ser extenuante e deve ser feito dentro das fronteiras da sua condição física: uma caminhada também causa efeitos positivos.

Exercitar o cérebro -
O fato é que o aprendizado de novas coisas cria novos caminhos neurais e desenvolve nossa reserva cognitiva (uma das melhores defesas contra o declínio cognitivo). De maneira similar aos nossos músculos, quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso.
Um estudo muito importante verificou que atividades que estimulam o cérebro podem atrasar o surgimento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA) e encurtar a sua duração, comentado no artigo “Mais um motivo para se praticar exercícios cerebrais”. A reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida cognitivamente rico ajuda as pessoas a compensar nos estágios iniciais da DA. Mesmo que a pessoa tenha a doença, ela poderá desfrutar da sua vida normal por um período maior de tempo. A duração da doença é reduzida, e os sintomas somente aparecem no momento em que as defesas naturais do cérebro (através da formação de reservas cognitivas) são derrotadas.
Muitos neurocientistas de destaque têm difundido a mensagem de que o uso excessivo de televisão pode não ser saudável. Um dos mais notáveis é o Dr. Amen, que acredita que assistir televisão é um dos principais fatores para o aumento de TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) em nossa sociedade. No artigo “A televisão estraga nosso cérebro?”, relata um estudo onde os pesquisadores concluíram que comportamentos sedentários durante o tempo de lazer estão associado a um desempenho mental mais baixo. Então, procure sair do sofá e se dedicar a atividades que ocupem tanto o seu corpo como o seu cérebro.
Dados obtidos nos EUA e em vários países da Europa sugerem que quanto mais cedo uma pessoa se aposenta, mais rápido é o declínio da sua memória.  É Comentado esse estudo no artigo “A aposentadoria pode também aposentar a memória“ e uma hipótese que os pesquisadores consideram plausível para explicar esse efeito é a de que os trabalhadores fazem mais exercício mental do que os aposentados porque o ambiente de trabalho é mais estimulante e desafiador em termos cognitivos.

MITOS SOBRE O CÉREBRO:

1. Humanos têm o cérebro maior que todos os outros animais. Embora nós sejamos os mamíferos mais inteligentes, nós não temos os maiores cérebros do planeta. Baleias e elefantes têm cérebros maiores que humanos, mas seus cérebros são obviamente menos desenvolvidos. O que nos torna únicos é a nossa relação entre peso cerebral e peso corporal, que gira em torno de 1:50 para humanos. Para os outros mamíferos é em torno de 1:180, enquanto para a maioria dos pássaros é 1:220.

2. As dobras do cérebro aumentam à medida que se aprende. O cérebro de todo mundo tem dobras. As dobras do nosso cérebro permitem ao cérebro ter uma área superficial maior num espaço pequeno. Cientistas acreditam que a grande área superficial proporcionada pelas dobras é uma das razões que nos torna melhores pensadores do que outros mamíferos no reino animal. Ao longo dos anos, nosso cérebro muda em várias áreas, mas as dobras que nosso cérebro desenvolveu permanecem iguais até o dia da nossa morte.

3. Você pode aprender por osmose. Quem não gostaria de poder aprender coisas novas apenas por absorção de mensagens, como ouvindo a mensagens subliminares, ao invés de ter que estudar? Estudos recentes têm demonstrado que ver ou ouvir mensagens subliminares por uma fração de segundo não necessariamente ajuda no aprendizado. Outros estudos têm desafiado a afirmativa de que você pode aprender um idioma enquanto dorme simplesmente ouvindo a gravações. Infelizmente, praticamente todo aprendizado requer esforço consciente.

4. Um cérebro danificado nunca sara. Uma lesão cerebral leve, como uma concussão, geralmente sara por completo. Aqueles que sofrem danos severos por AVC, sangramentos e lesões físicas podem se recuperar, pelo menos parcialmente, e mesmo pessoas em coma durante anos tem ocorrido de acordarem. Nosso cérebro possui habilidades maravilhosas de se reparar. Mas é importante também desenvolver suas reservas funcionais e exercitar suas habilidades cognitivas.

5. Drogas e álcool criam buracos no cérebro. O uso intenso de narcóticos pode certamente danificar seu cérebro, porém não forma buracos no tecido cerebral. Outra falácia é que células cerebrais morrem por causa do consumo de álcool. O que realmente acontece é que o abuso de álcool e drogas retarda a atividade em certas áreas do cérebro e, como resultado, imagens do cérebro parecem mostrar buracos nessas áreas. Portanto, essas imagens representam simplesmente que essas áreas do cérebro têm níveis de atividade reduzidos... o que já não é uma boa coisa. A clínica do Dr. Amen é famosa por este tipo de imagem e várias delas podem ser encontradas aqui.

6. Usamos apenas 10% do nosso cérebro. Embora você nunca utilize toda a sua capacidade cerebral ao mesmo tempo, o valor de 10% é simplesmente um mito. No artigo da Scientific American intitulado Do People Only Use 10 Percent of Their Brains? (As pessoas usam apenas 10% do cérebro?), o neurologista Barry Gordon da Escola de Medicina John Hopkins em Baltimore explica, “Na verdade nós usamos virtualmente todas as partes do cérebro e o cérebro (quase todo) está ativo o tempo todo.” E acrescenta, “Vamos colocar dessa forma: o cérebro representa 3% do peso corporal e utiliza 20% da energia corporal.”

7. Nosso cérebro é cinza. Embora seja verdade que uma parte do nosso cérebro seja cinza claro – todos já ouvimos o termo “substância cinza”, que refere-se aos corpos celulares dos neurônios – outras partes do nosso cérebro são brancas, vermelhas, rosadas e mesmo pretas. A “substância branca” consiste de feixes nervosos que conectam as células nervosas, enquanto as áreas vermelhas e rosadas possuem essa cor por causa do sangue e dos vasos sanguíneos. As áreas pretas são encontradas no diencéfalo e têm essa cor por causa da neuromelanina, que é similar ao pigmento no nosso cabelo e pele.

Agora, lembre-se que o que realmente conta não é apenas ler este artigo, ou qualquer outro que trata de atividades saudáveis, mas praticar suas recomendações um pouco todo dia. Comece dando o primeiro passo hoje – por que esperar até o ano que vem? Depois continue com passos pequenos, porém constantes, e logo você verá que essas práticas se internalizarão na forma de hábitos. O que você está esperando?


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